Saturday, December 31, 2011






De purpurina, cores vivas e sol incerto são feitos os meus amanheceres.


Nas minhas madrugadas não despontam certezas arrogantes nem ignorantes expectativas. Tudo o que desejo não vai além da TOTALIDADE.


Em cada momento, queda e arraial disfarçado de vitórias múltiplas.


Nas minhas madrugadas de orvalhos aquecidos pelas fadas do "ontem" descartado canta o SILÊNCIO de quem sabe, de experiência feito, que a Vida é mesmo isto: o prazer infantil de nada saber e tudo receber de mãos abertas, em plena reza de gratidão vestida de confettis e chuva de estrelas dançantes em plenos voos de desvario contente.




Felizes madrugadas para todos em 2012 e adiante...




















Milagrosas e límpidas além-palavras de Renata Fagundes.








"Alma leve tem formato de borboleta."



Renata Fagundes




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"Mandei uma arta de despejo para todos os sentimentos pequenos e desnecessários.


Não, eu não sou boazinha nem mereço uma medalha. É que, quando o amor ocupa a nossa casa, não sobra espaço para mais nada."




Renata Fagundes


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"Aprendi que meninas boazinhas coleccionavam elogios e presentes. Eu coleccionava bolinhas de gude e cicatrizes. Hoje, enquanto algumas esperam viver um conto de fadas, eu já beijei príncipe que virou sapo, construí castelos para morar sozinha, despedi a fada madrinha, escolhi viver com o "lobo", ouvi várias histórias mas resolvi escrever a minha."


Renata Fagundes


Agenda 2012...






Substituír os pensamentos, sentimentos, acções que nos minimizam e colocar no lugar deles os PENSAMENTOS POSITIVOS, os SENTIMENTOS POSITIVOS, as ACÇÕES POSITIVAS que nos AMPLIAM.






Em vez de "Eu não consigo...." coloco "EU CONSIGO".



Em vez de "Eu não sou amada..." coloco "EU SOU AMADA."



Em vez de "Eu não tenho sorte..." coloco "EU TENHO SORTE E SOU ABENÇOADA COM TODAS as GRAÇAS DO UNIVERSO QUE DE MIM CUIDA."



Em vez de "Eu não tenho..." coloco "EU TENHO TUDO O QUE NECESSITO."



Em vez de "É impossível..." coloco "É POSSÍVEL."



Em vez de "medo"...coloco AMOR.



Em vez de "ontem"... coloco HOJE.



Em vez de "Se eu conseguir..." coloco "ESTÁ FEITO."



Em vez de desculpas para não VIVER...coloco "VIDA".






Anotadíssimo na AGENDA de 2012.



Imagem preferida de 2011.




Sim, é esta mesma, pá. E este "pá" vem carregado de significado e uma valente palmada nas costas da pessoa a quem o digo: "pá!".


Tradução do que lá está escrito:


"Eles riram-se dos nossos óculos.


Nós rimo-nos dos seus gritos."




E "´mai nada" que isto de VIVER tem o seu lado prático. Se tivesse de escolher uma imagem FAVORITA deste conturbado ano de 2011 não penderia para a Revolução egípcia pela qual passei - oh, sim, estou a passar ainda! - nem para a crise económica mundial, nem tão pouco para uma fotografia minha de espectáculos ou eventos espalhados pelo mundo.


A minha imagem favorita é mesmo esta: a mãe e o filho com óculos "à totó" e roupas de "fugir à polícia", troçando de quem se ri deles.


Isto porque a imagem carrega em si MUITA coisa boa, "pá"!


Que SEJAMOS mais de nós mesmos e que se lixe quem critica, fala mal, deita a baixo porque são esses quem nunca REALIZA nada e se odeia a si mesmo através da crítica aos que se MOVEM.




Terminando este ano com a imagem "im-perfeita" desta mãe e filho dos anos setenta.


Mais AUTENTICIDADE e CORAGEM para 2012. Que falem e os deixemos enterrar-se nos mexericos. Enquanto os cães ladram, a caravana passa.




Desejando que as vossas caravanas AVANCEM na direcção dos vossos sonhos e que os vossos PASSOS vos levem onde reside a FELICIDADE. Dentro e fora de vós.


Pá!

Friday, December 30, 2011

José e Pilar - Amor


José Saramago (escritor português vencedor do Prémio Nobel da Literatura) e Pilar, jornalista e sua esposa.
Este vídeo é um excerto do filme realizado, de seu título "José e Pilar", antes da morte física do escritor.
O excerto que aqui fica está impregnado de imensa Beleza e Inteligência, ambos intimamente associados, ao contrário da opinião desatenta da maioria.
Fica aqui também a sugestão do livro, disponível no mercado português, que traduz muitas das conversas presentes no filme.
Um génio CRIATIVO pouco estimado pelo seu próprio país (acorda, PORTUGAL!) mas reconhecido pelo mundo. Saramago, sua mensagem literária e ideológica (pelas quais foi excomungado pelos poderes políticos portugueses) viverão para sempre na sua obra.

"Sou um escritor atípico. Só escrevo porque tenho ideias. Sentar-me a pensar que tenho de inventar uma história para escrever um livro nunca me aconteceu e nunca me acontecerá. Necessito de algo que me sacuda por dentro e que se me agarre com força para que eu entenda que ali há qualquer coisa para contar."
José Saramago
Tabu-Sol, 2008

Que façamos o que nos vai na ALMA. Que fique LÍMPIDO o que queremos SER e FAZER no mundo e que nenhuma das mil desculpas justifiquem que não O/NOS realizemos. Para quem QUER FAZER, os motivos para avançar são sempre maiores do que os motivos para permanecer estagnado.
Senão temos nada a dizer, então que seja no nosso SILÊNCIO que a REALIZAÇÃO tem lugar, prenha de ACÇÕES que tragam mais valias a este mundo.
Limpezas domésticas.

É isso aí, Caio!
Os fins de ano, de ciclo, de etapas, de aventuras, de capítulos servem para fecharmos a casa e a limparmos de todo o lixo que pesa, cheira mal e não serve à nossa Felicidade e Enriquecimento.
Tudo e todos que não estejam em sintonia com o nosso AMOR, VERDADE, vontade de FAZER e SER coisas bonitas, que vão com o vento e que todos os Deuses os bendigam.

Limpar a casa, por dentro, é ESSENCIAL. Só assim se cria espaço para o que SERVE, o que traz FELICIDADe, o que ENRIQUECE. Este é o tempo, a ponte, a passagem de avião ou balão de ar ideais para isto.
Esvaziar, deitar fora o que não serve. E deixar entrar o NOVO, o BELO, o MAIS MADURO, MAIS PURO, MAIS TUDO.
Anotadíssimo na agenda mental e do coração. Para mim, para todos nós.

Brinquem muito, dancem, sorriam e riam às gargalhadas que a Vida é só AGORA. Sempre.
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Thursday, December 29, 2011













Já FUI, foi, fomos...








2011 já era, graças a Deus e a todos os anjinhos de todas as religiões possíveis e imaginárias.




Se pensar bem no assunto, o balanço até que não foi mau.




De ter passado por uma Revolução ( a egípcia, para os distraídos) e ter visto a minha vida em reviravoltas de muitas outras ordens, ao ter dado mais um passo de repúdio ao assédio sexual de que continuo a ser alvo no meu trabalho no Cairo (e sempre que saio à rua, mas isso é outra história), à instabilidade generalizada, também há que ter em conta o lado POSITIVO da moeda:




* Os muitos e BONS amigos feitos durante este ano um pouco por todo o mundo.......




*As viagens de trabalho pelo mundo inteiro que me abriram perspectivas profissionais e pessoais........




* Ter começado, em grande, a escrever o meu livro para o qual eu nunca tive tempo........




*O nascimento da minha sobrinha, trazendo mais uma Luz e Inspiração à minha vida........




*As desilusões que tanto me ensinaram e me fortaleceram.




*A saúde - minha. da minha família e amigos - e o AMOR que existe dentro de mim e ao meu redor, apesar de me aperceber que neste mundo existo muita maldade e escuridão.




* As leituras, as actuações em palco, as aulas e workshops que dei nas quais cresci de forma surpreendente, ao mesmo tempo que fazia outros crescerem comigo.......




* A maturidade que VEJO na minha forma de SER e, consequentemente, de DANÇAR...............................................................




*O canal aberto de criatividade e inspirações que o Universo colocou ao meu dispôr, obrigando-me a trabalhar no duro mas sempre com AJUDAS preciosas vindas sabe Deus de onde........




* As novas fontes de Saber que vieram até mim....




* A LUZ e PAZ dentro de mim, apesar de todo o caos existente ao meu redor.








2011 foi o ano da travessia dos desertos, vários desertos. Foi também o ano da MATURIDADE.




Por isso eu estou GRATA.




Por isso também estou preparada para montar o meu CAVALO de FOGO e voar, VOAR muito por este novo ano que agora me dá a mão. Bem-vindo 2012!








Santa Ignorância.




A ignorância é uma característica humana muito frequente e, de certo modo, SUB-estimada.


Senão fosse pela minha ignorância, jamais teria realizado os sonhos que vou acumulando. Essa mesma ignorância permitiu que me lançasse no vazio, com a fé das crianças, sem sonhar sequer do preço que me seria exigido pagar.

A ignorância permitiu também que, um dia, não muito longínquo, eu dissesse que escreveria um livro sobre Dança Oriental e o Egipto mas do ponto de vista da experiência pessoal e cá vim para o Egipto, construí a minha carreira em condições desumanas, com todos os entraves e coisa - muita coisa - e tal. Aqui estou escrevendo o TAL livro que decidi, um dia, escrever.

Se eu soubesse - Santa ignorância - do trabalhão e do tempo que teria de investir neste livro, provavelmente, nunca me teria proposto escrevê-lo e não estaria agora a "passar-me dos carretos" pensando para mim mesma:

"Como admiro os escritores! Nunca imaginei que escrever um livro fosse tão difícil e moroso..."



Ah, pois é...aqueles que julgam tudo saber, pouco FAZEM. Porque, com o saber, vêm os medos e todos sabemos que os medos nos paralizam.





Por isso, brindo em antecipação ao lançamento do meu livro - para quando eu e Deus quisermos - e, "vaya, hombre!", à abençoada ignorância que me tem permitido realizar de TUDO.





Este mundo em que vivemos é, deliciosamente, louco.

Tuesday, December 27, 2011

Alquimias...


Que do quotidiano ordinário possam extrair-se as mais raras pérolas.
Que do lixo se faça o novo, renovado, limpo, purificado.
Que do caos se CRIE a Ordem. Novas Ordens.

Que da dor se crie a ALEGRIA.
Que da lágrima se faça Oceano de risos profundos.
Que da morte nasça a VIDA.
Que do engano nasça o SABER.
Que da desilusão nasça o CONHECIMENTO.
Que da traição nasça a compaixão pelas fragilidades alheias (e nossas).
Que no negro se façam CORES nem existentes no arco-íris.
Que da escuridão se faça LUZ.
Que do erro nasçam novos horizontes, salto qualitativos e quantitativos da CRIAÇÃO humana.
Que da noite do desespero nasça o dia da ESPERANÇA.
Que do feio nasça o BELO.
Que da tristeza nasça a CELEBRAÇÃO.
Que de muitos "nãos" nasça o SIM que tudo cobre.
Que da VIDA, de tudo isto que navega entre o branco e o preto, nasça a DANÇA porque é isso mesmo que a DANÇA é: pura ALQUIMIA.






"Quem quer casar com a Corachinha?" que é como quem diz:

"Voulez vous coucher avec moi, cet soir?"










É daquelas confusões "danadas para cacete" (como dizem os nossos irmãos brasileiros).





Os intercâmbios culturais são, potencialmente, enriquecedores e direi até fatais. Tão enriquecedores que se tornam fatais. Como se a mente e o corpo não tivessem capacidade de armazenamento e processamento de tanta riqueza... (upps! Hoje devo ter apanhado essa doença contagiosa da "diplomacia"...espero que passe com uns comprimidos naturais e umas tisanas da avózinha).










Confusão recorrente entre homens e mulheres egípcios e árabes:



-" Quero casar contigo." - Diz o homem, mal acabou de conhecer a mulher na sua mira.



Tradução: "Quero ir para a cama contigo (e não me refiro à partilha de um belo soninho reparador...ok?) e assinar uns papéis legais que te definam como minha esposa evita esse embaraço de sermos mal falados e, eventualmente, irmos presos (no Egipto, um homem e uma mulher não podem viver juntos ou sequer partilhar momentos de intimidade dentro de uma casa sob a ameaça de serem denunciados por vizinhos maldosos e presos).





Esta intimidade é proíbida por LEI (não sabiam que, no Egipto, a intimidade entre duas pessoas é assunto público?! Pois ficam a saber.).


Ora no que dá esta invasão do Estado entre homem e mulher?! Dá no assédio sexual brutal em todos os espaços públicos do Egipto e dá nessa confusão, essa sim FATAL, entre o desejo sexual puramente animal e o amor. Confundem-se os dois, não se sabe onde começa e acaba um e outro. Os homens e as mulheres estão tão sedentes de sexo e contacto humano que se casam, precipitadamente, sem conhecer o seu futuro marido/esposa, sem sentimentos profundos de nada sobre nada apenas para poderem ir para a cama um com o outro.


Se o casamento é a única porta legal para o sexo, então que venham os casamentos.



Vejo o teu rabo e apetece-me saltar-te para cima mas não posso fazê-lo.





Que fazer, que fazer?!





CASAS-TE COMIGO e o assunto está resolvido.










É impressão minha ou isto é i-lógica de loucos?!





Bem vindos ao Egipto!!!


Perguntam-me porque vivo no Cairo!!!


É frequente dividir as reacções à cidade do Cairo em duas classes bem demarcadas: as do que odeiam a cidade e dos que a amam.

Creio que esta é uma forma simplista de colocar a questão.

Para mim, o Cairo odeia-se e ama-se, simultaneamente.

A sua complexa natureza, diversidade de contrastes, riqueza assim o exigem. Nela está contido o miraculoso e o monstruoso. Tal como a natureza Humana, o Cairo não se deixa catalogar por bonzinho ou mauzinho. Os cowboys e os índios são uma e a mesma pessoa, tornando a vida por cá um tumulto de sensações, choques, aprendizagens que podem elevar-nos ou, simplesmente, enlouquecer-nos.


Ontem à noite recordei porque AMO-ODEIO esta cidade e porque cá vivo.

Assisti a mais um espectáculo sufi no Palácio "El Khoury" (na zona do Hussein, onde também se encontra o famoso mercado de "Khan el Khalili" ) e participei numa sessão se "zaar" no coração do Cairo (numa das muitas zonas onde os agentes turísticos e "amigos" egípcios não nos levarão, nem em sonhos).


Ter músicos egípcios como amigos tem destes privilégios.

O espectáculo sufi acrescenta sempre ALGO ao que eu já sabia. Apercebo-me do PORQUÊ deste espectáculo ser patrocinado pelo Estado egípcio. Sendo sufi e, exclusivamente apresentado e criado por HOMENS, o teor do mesmo é RELIGIOSO, MUÇULMANO.

Para quem não entende as letras das canções apresentadas, esse pormenor passa ao lado. O pessoal quer apenas ver homens girando com as suas saias redondas e coloridas. Para a maioria, trata-se apenas de um espectáculo visual. Para mim não.


As letras louvam o Profeta Mohamed e Alá, envergando símbolos muçulmanos discretamente imbuídos de uma Sabedoria mais antiga que vê o Ser Humana como uma partícula dançante de um Universo também ele dançante.

Aprecio a ALMA de alguns dos bailarinos de "tannoura" ( quer dizer, literalmente, "saia") e músicos. Mirando em direcção ao céu, entoando cânticos de amor apaixonado a Alá, é fácil entender porque este é um espectáculo à parte da cena PROÍBIDA ("haram") onde a Dança Oriental se encontra como Senhora e Rainha. O mundo patriarcal que louva a um Deus e a um Profeta continuam a sobrepor-se à existência inegável de uma forma de ADORAR a VIDA feminina. Sendo também um espectáculo de teor muçulmano, conforma-se com a maioria e com o poder instituído. É perversa esta relação da ARTE com a POLÍTICA.


Depois dirigimo-nos para uma sessão de "zaar", não daquelas que fazem para turistas ver (já de si, muito raras) mas uma sessão espontânea que se pratica na mesma casa há muitas gerações.

Chamo ao "zaar" o psicólogo para o povo. Mulheres (e alguns homens) chegam de cada bairro em determinados dias da semana e pagam a músicos e cantores para as libertarem de tudo o que de negativo levam dentro de si. Para os mais supersticiosos, trata-se de um exorcismo. Os demónios e espíritos maléficos ("djinns") que penetraram no corpo daquela pessoa são libertados/expulsos através da música e da dança. Gosto da ideia!


Para um observador atento, não é difícil perceber que este ritual é um salva-vidas numa sociedade em que a maioria das mulheres ainda vive na pobreza, em ambientes de violência, sem amor ou realização que não seja a de procriar.

Através da música e da dança, libertam pressões, tristezas, tragédias, feridas abertas, raivas, revoltas internas que não ousam expressar de outra forma e por aí fora (que isto de SER MULHER no Egipto tem MUITO que se lhe diga).


Mais curioso ainda é que os mais conceituados músicos e cantores do "zaar" são MULHERES.

Elas tocam percussão e cantam com as vozes poderosas construídas de muito sofrer e viver, as mãos gordas e monumentais que mais parecem frangos caseiros, os olhos negros penetrantes de cumplicidade na alegria e na dor.


Não pude deixar de pensar na diversidade e riqueza imensa deste país, desta cidade. Aos olhos do estrangeiro, turista superficial, trata-se apenas de caos e repressão. Para quem QUER conhecer a fundo e abre o coração a este solo mágico, as REVELAÇÕES são imensas, lindas, indizíveis.

Monday, December 26, 2011



"Porque não é pela via da linguagem que eu hei-de transmitir o que em mim existe.

O que existe em mim não há palavras que o diga."


Antoine de Saint- Exupéry

Sunday, December 25, 2011

Chet Baker: Every Time We Say Goodbye (From Let's Get Lost)



Genial Chet Baker.
Adoro o cantarolar perfeitamente encaixado em cada nota, como que embalado num "swing" que sabe onde devem caír todos os dós e os rés. O "jazz" que traduz esse jogo subtil da Vida, nunca sabendo onde tudo isto vai desaguar, a sensualidade de cada tom, meio tom - aparentemente perdidos - mas mais achados do que uma orquestra filarmónica cujos ensaios duraram o ano inteiro.
Gosto do inesperado do vídeo, da ausência de pretensiosismo de Chet Baker cantando como se estivesse cozinhando na sua cozinha, numa manhã calma de Domingo.
E gosto tanto E SEMPRE de TALENTO. Deste. De muitos outros.

Saturday, December 24, 2011



Venham as Danças, o AMOR,
a CRIAÇÃO de tudo o que nos eleva.


"Chegámos ao tempo em que tudo é música."

Rumi

وهلأ لوين؟ Where Do We Go Now - Official Trailer



Nadine Labaki, actriz, escritora e directora de cinema libanesa, já me tinha como uma das suas grandes admiradoras. Difícil resistir a tanto talento, inteligência e bom gosto!
Agora as comportas desta barragem de águas emocionais rebentaram de todo com o seu último filme "Where do we go now".
Para mim, temos FILME para durar e dar que falar pelo mundo inteiro. Bem o merece.
Definição de obra de ARTE: algo que nos toca no coração e na alma, alterando a visão e/ou consciência que temos de nós mesmos e do mundo. Missão cumprida.
A não perder!
Enquanto uns nos empurram para a escuridão, o Universo providencia OUTROS que nos empurram, doce e maternalmente, para a LUZ.


Presentes de Natal inesperados.


A Alice (no país das Maravilhas) vestida de Mamã Natal, montando a sua rena (o nosso cão Gil, a criatura de Deus mais famosa de Palmela e arredores pelos seus dotes de Don Juan carente) preparadinhos para distribuir presentes.

A viagem começará em Palmela, seguirá para o Polo Norte (para não quebrar demasiado a tradição) e depois seguirá para o céu de onde eles enviarão presentes para todas as crianças do mundo.

Assim se constroem os Sonhos e se mantém a inocência tão essencial e quase perdida neste mundo meio desalmado onde vivemos.

Feliz Natal a todos!

Friday, December 23, 2011

Judy Garland - Have Yourself A Merry Little Christmas


Doçura TOTAL.
Judy Garland, criando clássicos, como fez em toda a sua brilhante carreira.
A magia do Natal, daquela que só nasce dentro de nós.

Dedicado a todos os meus amigos, fans, família biológica e de alma (espalhada pelo mundo), pessoas que me apoiam condional ou incondicionalmente, também dedicado aos que magoam e desiludem porque esses também são meus mestres e me impulsionam das formas mais ESSENCIAIS e ELEVADAS.

Por todo o AMOR e PROSPERIDADE recebidos até hoje e desejando que TUDO isto de MARAVILHOSO se multiplique - para mim e todos nós - em 2012.

"Have yourselves a Merry little Christmas..."
Até já, 2012!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Pintura de Frida Kahlo, "Viva la VIDA"!!!




E a velha bruxa disse


à Branca de Neve:


"Agora vai e VIVE."



Com o conhecimento (maçã), com a consciência (maçã), com o amor puro (maçã), com a paixão de estar VIVA (maçã), com a ousadia de questionar e não te cristalizares em certezas ocas (maça), com a VONTADE de errar e aprender, experienciar e EVOLUÍR (maçã), com a coragem de SERES tu mesma (maçã), com a lucidez para entenderes que Divinos somos nós todos (maçã) e que o Amor-Deus nunca está fora de nós (maçã).



Vai e vive...

Thursday, December 22, 2011



O Natal é sempre que nós quisermos.

Quando saímos da nossa zona de conforto, como tenho feito nos últimos anos, encontramos o ESSENCIAL e aprendemos a reconhecer o acessório, aquilo que não merece a nossa atenção-energia.
Só experienciando a escuridão se pode SENTIR o que é a LUZ.

Desejo um Natal feliz para todos, indepedentemente das circunstâncias que os rodeiam, da sua religião ou credos de qualquer espécie.

O meu Natal será passado a trabalhar, incessantemente, a projectar com a mente e com o coração TUDO o que quero ver MATERIALIZADO na minha vida, HOJE e AMANHÃ.

Bacalhau e farófias cá em casa, a sombra de uma árvore e de um presépio imaginados com pureza e alguns amigos chegados que nem sequer são cristãos. Um Natal imperfeito, mais que perfeito, se nós assim o soubermos SENTIR.

Paz, compreensão, AMOR e fé para todos...




"Nobody puts baby in the corner"...


(citação famosa do filme "Dirty Dancing")


Ah, pois não, que não põem.


Se a baby não quiser meter-se na cama com o baby, encostam-na à berma do prato e só uma perseverança e um geniozinho DAQUELES a tira de lá.



Bem...se a cena da Dança Oriental no Cairo já era uma máfia de chulos e prostitutas disfarçados de estrelas glamourosas e seus "maridos", então agora...digo: "Take a walk in the wild side". E eu que nem estou NADA, mas NADA habituada a lidar com todo o tipo de cobras e lagartos. Então não estou!


Teimosamente, arrogantemente (vá lá, faço o gostinho ao dedo de tantos que insistem em chamar-me arrogante sem, ao menos, me conhecerem), digo:


"Queridos babies, esta baby (moi memme!) não dança em troca de cama que isto de uma mulher se deitar com monstros das bolachas não é para mim.


Queridos babies, embora boicotem e me queiram castigar pela ousadia de não me prostituir, terão de preparar-se parItalica uma baby que nunca diz que não a um desafio.


Queridos babies, olhem-se ao espelho e reparem que nem todas as mulheres fingem apreciar Frankensteins com dinheiro em caixa em troca de dinheiro e favores profissionais.


Queridos babies, acreditem: "nobody puts THIS baby in the corner."


Tenho dito (desculpa aos babies que não falam inglês e lêem este blogue, amanhem-se com a tradução).





Notícias do Egipto.






O caso dos ladrões alexandrinos que mereciam um Óscar de Hollywood.


Se há qualidade que não falta aos egípcios é a IMAGINAÇÃO e uma capacidade assustadora para REPRESENTAR de forma tão convincente que deixaria o Anthony Hopkins e a Meryl Streep desempregados, caso competissem com os egípcios nas lides teatrais.




O carácter neptuniano deste povo, com seus enlevos mentais, divagações poéticas, extremismos românticos, amor pela evasão e pelo sonho têm muito que se lhe diga.


O sentido de humor é outra arma de sobrevivência deste povo que tem, para não enlouquecer totalmente, de rir-se das maiores barbaridades e até do sofrimento.




Saiu nos jornais, há cerca de uma semana atrás, a notícia de um par de ladrões de Alexandria que roubaram um táxi da seguinte maneira:




Um taxista fazia a sua ronda pela cidade (numa zona permeada por cemitérios islâmicos), buscando potenciais clientes. Entrou um homem para o veículo, indicando onde pretendia ir. Poucos metros depois deste primeiro cliente ter entrado, outro homem mandou parar o táxi pedindo a mesma direcção do cliente que já se encontrava dentro do táxi.




No Egipto, é comum um mesmo táxi levar um ou mais clientes simultaneamente, se os seus destinos pretendidos forem idênticos ou ficarem na direcção um do outro.




O taxista parou o veículo para recorrer o segundo potencial cliente e perguntou ao primeiro se este se importava que levassem outra pessoa, visto que ambos se dirigiam para a mesma zona.


O cliente original, sentadinho que nem um anjo no banco de trás do carro, sorriu docemente e disse que não, não se importava nada, que deixasse lá entrar o homem que eram todos compatriotas e amigos e coisa e tal.




Postos a caminho, o taxista comentou com o segundo cliente que teria de levar o senhor do banco de trás ao seu destino e que depois seguiriam para o local onde ele queria ir. Teriam de dar prioridade a quem entrou primeiro no táxi, como manda o código cortês dos taxistas egípcios.




O segundo cliente, sentado no banco ao lado do condutor, ficou em silêncio por momentos, até irromper da seguinte forma:


-De que senhor está a falar?!


-O senhor que chegou primeiro e está no banco de trás do carro. Não reparou nele?- Afirmou o taxista, apontando para o banco de trás.


-Mas nós estamos sozinhos no carro, não existe nenhum senhor no banco de trás do carro. - Insistiu o segundo cliente, olhando para trás, fingindo fitar o vazio.


- Como não existe nenhum senhor no banco de trás?! Não o vê? - Respondeu o taxista, confuso.


- Não vejo ninguém. O senhor deve estar cansado, bem vejo!


- Como não vê ninguém? Está um senhor sentado atrás de si.


-O meu amigo está confuso, asseguro-lhe que não existe ninguém neste táxi, excepto nós os dois.


A conversa de "malucos" continuou durante uns instantes até se ter instalado a maior confusão.




Neste momento, o primeiro cliente, tranquilo e de expressão angelical, informou o taxista:


-Não se preocupe. Ele não me consegue ver. Sou um espírito. Uahhha, ahhha, ahhha, ahh, ahhha!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!




Foi neste momento que o taxista travou a fundo, deixando o táxi no meio da estrada e correndo, aterrorizado, aos gritos pela rua fora, gritando a este e a outros mundos paralelos por socorro.




Os dois cúmplices (o espírito e o segundo cliente) viram o pobre homem fugindo, à beira de um ataque de coração, e riram a bom rir, enquanto roubavam o táxi e todos os bens que lá se encontravam dentro.


Não se trata de ficção: isto aconteceu. Isto É o Egipto.


"Welcome to Egypt!"










Diz que disse à moda egípcia.


O Egipto continua nas boas do mundo de forma sensacionalista, ao bom estilo da imprensa mundial.

O período pós-revolucionário comprovou aquilo que sempre me pareceu a mim: que, dada a oportunidade de existirem eleições democráticas e honestas neste país, a maioria dos egípcios dariam a vitória à Irmandade Muçulmana.



Chamaram-me pessimista, Velho do Restelo de cabelos aloirados e outros mimos a que já estou habituada. Isto de uma Mulher ter uma VOZ activa ainda incomoda muita gente.


O que previa veio a confirmar-se, para desgosto meu e de muitos que olham a Irmandade Muçulmana com justificada desconfiança e até terror.

A verdade é que o povo teve o direito que merecia a votar mas a verdade é também que um povo sem educação académica e/cívica não está preparado para a Liberdade ou para a Democracia. Estas requerem cultura, cérebros que funcionam, pessoas educadas que sabem distinguir religião de política, campanhas eleitorais de compra de votos, sermões religiosos de lavagens cerebrais. Ora o Egipto, com o tanto que o amo porque é aqui que trabalho e vivo como qualquer outro egípcio, é um país com uma esmagadora percentagem de iletrados (pessoas que não sabem, sequer, ler e escrever). Para as massas deste país, a educação que recebem chega das mesquitas e dos sermões que os "cheiques" lá lhes dão, passando mensagens de extremismo religioso, ódio ao Ocidente e prometendo que o Paraíso na Terra só se consegue com um Governo Islâmico.


Irónico mas verdadeiro: se a maioria do povo egípcio escolhe a Irmandade Muçulmana para governar este país, então a IRMANDADE MUÇULMANA tem o direito de fazê-lo porque foi democraticamente eleita pela maioria.


Agora surgem vozes que se opoem a esta aparente consumada vitória e tantas outras vozes que se juntam ao caos, com ou sem razão para fazê-lo.

Cá por mim, não sou a favor nem contra ninguém mas sou, sem dúvida, em prol do uso do cérebro para mais do que abrir latas de atum. Se houve algo que a nossa história mundial nos ensinou é que a mistura entre Religião e Política nunca traz coisa boa. Quando este cocktail explosivo se dá, existem as Inquisições, as manipulações mentais, vários tipos de fascismos e outros demónios que tais. Aprender com a História é para quem teve essas coisas tão temidas por todos os poderosos financeiros do mundo: educação, cultura.


Entretanto, não se fala noutra coisa: mulheres com mamocas interessantes que passam na rua pedindo para ser assediadas (o Egipto não mudou assim tanto!) e política.


Deita-se fogo a importantes arquivos arqueológicos no centro do Cairo, anda-se à batatada com e sem razão aparente e fala-se mal dos militares que estão, por assim dizer, encostados à parede entre a protecção do seu povo e a tentativa, praticamente impossível, de reestabelecer a ordem para que a vida "normal" possa ser retomada num país já devastado pelos efeitos da queda brutal no turismo.


Como residentes, sabemos acerca das zonas onde estão concentrados os conflitos (perto de Tahrir e, em geral, pela baixa da cidade) e evitamos enterrarmo-nos nesta espiral de auto-destruíção que parece ter-se apoderado do meu querido Egipto.


Sim, o POVO egípcio queria e merecia a Revolução (tal como eu a queria e merecia) mas isso não significa que não hajam muitos outros PODERES (maioritariamente, escondidos) que são CONTRA-REVOLUÇÃO.

Vejo este povo meio perdido, como sempre esteve, porque nunca lhe foi dada a oportunidade de educar-se e pensar por si próprio.

Muito coração e pouca cabeça. Assim foi e assim continua a ser.


Fala-se também do aumento da criminalidade nas ruas do Cairo, algo inédito para mim, e nas Mulheres egípcias que começam FAZER-SE OUVIR num âmbito que não se restringe à Revolução.


Cá para mim, resta o orgulho nesta gente corajosa que chegou a um ponto de miséria e desesperança que disse para si mesma: não temos nada a perder e TUDO a ganhar.

Resta saber que será este TUDO e resta esperar-desejar-lutar para que este TUDO seja o que os revolucionários imaginaram para o seu país e não uma viagem à época medieval que separará, ainda mais, o Egipto da sua própria identidade e grandeza.


O meu coração e a minha mente estão sempre com o Egipto, assim como o meu corpo presente, a minha esperança ou até mesmo a minha ingenuidade, algo que tenho em comum com os meus conterrâneos outrora faraónicos.

Tuesday, December 20, 2011

Pablo Alborán con Carminho - Perdóname (Video Lyric Oficial)



Portugal e Espanha, ambos correndo-me nas veias do coração.
Uma voz apimentada com Flamenco de Espanha e a Carminho, há muito a minha fadista actual favorita, juntos numa canção tão simples quanto bela.
Coisas destas pacificam a Alma, desintegram o caos e assim o organizam em jardins flutuantes de pura cor e amor.
Lindo DEMAIS!






Das manipulacoes e outras crueldades subtis.


A Danca Oriental é, realmente, mágica. Sei que, ao aplicar esta palavra -mágica - existe muita gente que a julga como uma expressao, um exagero feminino, uma pequena histeria da sensibilidade de uma bailarina. A realidade é outra.


Uso a palavra mágica tendo em conta o seu verdadeiro significado. O poder de transformar, alquimizar, alterar a realidade através de poderes energéticos, sensoriais, espirituais, AMOROSOS.


Uma das consequencias mágicas a que tenho assistido (em mim e em centenas, senao milhares de alunas que já passaram por mim) passa por uma nova, mais saudável e inteligente relacao com o nosso próprio corpo. Tão pouco se trata da vaidade e do ego a que tantas mulheres - e homens - se agarram quando entram neste mundo mas o RESPEITO, o AMOR PRÓPRIO, a valorização de tudo o que nos torna únicos.


Também eu tinha preconceitos sobre o corpo da Mulher, como ele devia parecer-se para ser considerado "bonito", que proporções deveriam existir para poder chamar-se atraente e tantas outras exigências e critérios que não nasceram comigo mas que me foram incutidos, através da (des)educação, das sociedades de consumo selvagem que querem manter negócios à custa das inseguranças implantadas nas mentes das pessoas, etc.


Ao ver dançar corpos tão diferentes, uma e outra vez, ao fixar-me em detalhes desses corpos para poder corrigir movimentos da Dança, comecei a reparar na BELEZA de cada contraste, cada (des)proporção, como gostamos de chamar-lhe. Reparei também que a Natureza em si não se rege pelos padrões apolíneos de estruturas previsíveis e equilibradas. Existem todos os tipos de desproporções na Natureza e são elas que a tornam PERFEITA.


Se umas ancas são amplas e pesadas, não faltará quem aconselhe - com a melhor das intenções - que aquele volume desapareça. Existem ginásios, dietas, repressões, comprimidos e até potencialmente fatais doenças (bulimia e anorexia vêm logo à cabeça) que poderão resolver o assunto para que aquelas opulentas ancas se encaixem na "norma".


Se as mamas de uma mulher (sim, o nome clínico é mesmo "MAMAS") são pequenas ou muito grandes, não haverá quem não ofereça soluções "à la carte" para que aquela "desproporção" se elimine.


A Dança Oriental, como eu a fui aprendendo enquanto a ensinava, diz-nos o seguinte:

Um corpo saudável não é, necessariamente, um corpo totalmente simétrico ou dentro de um peso definido para todas as pessoas. Cada corpo é único na sua estrutura, dinâmica, necessidades, características e tentar UNIFORMIZAR corpos humanos é como tentar que todas as árvores do mundo sejam exactamente iguais ou que todas as flores sejam clones umas das outras.

Se isto fosse possível, e para lá se caminha, este planeta não seria mais do que uma série de robots, clones, pessoas sem aquilo que as torna HUMANAS: as diferenças que nos tornam, a cada um de nós, absolutamente ÚNICOS e insubstituíveis.


Há quem não saiba escutar a linguagem da Dança -mágica - Oriental. Há até quem prefira defender que esta é a dança da perdição, do demónio, sabe Mefistófeles mais do quê.

Para quem ESCUTA a voz ancestral que corre pela Dança Oriental, então a mensagem é clara: AMA-TE a ti mesma como REALMENTE ÉS. Cuida do teu corpo, mente, coração e alma como se todos eles fossem os maiores tesouros existentes no Universo (porque o são).

CELEBRA e EXPRIME aquilo que te torna ÚNICA e jamais cais na armadilha do ódio a ti mesma (essa sim, uma armadinha do demónio).

DANÇA. Dança-TE. Levanta os braços e regozija, agradece, reza em movimento, sublima-te e assenta os pés no chão SABENDO que és PERFEITA como ÉS. AGORA. SEMPRE.


Amén!

Sunday, December 18, 2011





Chegada ao Cairo...................



Entre notícias bombásticas, fervores revolucionários poucos esclarecidos, conflitos que distraem da VERDADEIRA razao para a Revolucao egípcia, esperancas e medos relativos ao fututo deste país, cheguei a casa.


Daqui só Deus sabe o que sairá porque a REALIDADE pode ser vista e vivida de tantas formas e a imaginacao é a arma dos guerreiros que jamais se deixam abater por montanhas demasiado altas e nuvens escuras no horizonte.


A Danca Oriental fica assim, pairando nesse limbo indefinido entre o que é e o que dela querem fazer.


Seja como for, ela sobreviverá porque a VERDADE nao morre por mais que a queiram esmagar, mal dizer, mal usar, limitar, proíbir, matar. O que é nao morre.


Amen!

Clarice Lispector - Das vantagens de ser bobo


Brilhante.
Clarice, simplesmente.






A primeira e PRINCIPAL resolucao a reforcar em 2012!


Já está escrita a vermelho na minha agenda da Alma que isto de confiar na mente é para os incautos ou tolos.

Semeando e regando apenas as plantas que CRESCEM e me ajudam, por isso, a CRESCER. Tudo o que seja lixo, fica no...lixo. Nada de lá remexer ou recordar. Lixo é para reciclar, na melhor das hipóteses. Dessa reciclagem chega, se o pudermos fazer, a APRENDIZAGEM.


Semear pensamentos, accoes, sentimentos, intencoes que estejam na mesma sintonia dos meus sonhos, da minha saúde e prosperidade.

Nao permitindo que as pedras dos caminhos me endurecam mas apenas me fortalecam. Apreciando, ao mesmo tempo, as flores e belos céus que também se encontram nestes caminhos.


Sempre disse que os maiores sonhos vinham com precos concordantes com essa grandiosidade. Quem REALIZA sonhos SABE que, quanto mais ALTO é o sonho, mais alto é o preco a pagar. E pago, com dignidade e muita valentia que me vem de uma certa loucura infantil que espero jamais perder.


Na agenda de 2012 cabe TUDO, porque a VIDA dá-nos TUDO, mas o que ficará escrito na primeira página é isto:

Semeia o que queres colher. Desta simples premissa nascem todas as flores do meu jardim.

Thursday, December 15, 2011


"Querido Pai Natal,
Tenho sido uma boa rapariga (a arte está na constância do tentar sempre de coração aberto) e fiz tudo o que te tinha prometido no decorrer deste ano (e tanto mais que não havíamos acordado mas que achei, por bem, fazer).
Por isso, e ainda com a humildade das meninas "bem comportadas" (depois discutimos esse estranho conceito "da menina bem comportada"....fica para....depois, o.k?!), peço-te coisinhas simples:
1. Saúde e Amor, sempre. Dentro de mim e ao meu redor.
2. Amigos verdadeiros que me queiram bem, jamais por conveniências inúteis para as Almas, mas pelo simples e limpo sentimento de GOSTAR porque SIM.
3. Paz no Egipto, minha casa, e no mundo. Mas que ela comece dentro de cada um de nós. Parece-me ser este o único caminho a seguir...
4. Sucesso em tudo o que me propuser fazer, capacidade de trabalho e inspiração para jamais estagnar e, em vez disso, CRESCER continuamente com prazer e alegrias no caminho.
5. Stamina, coragem, força, Luz, inteligência, perseverança, Alma suficientes para seguir os meus sonhos e assim REALIZÁ-LOS sem ter de entrar no louco jogo mundano dos desalmados.
6. Colecção de filmes do Woody Allen (existe na FNAC, vai lá ver...desculpa esta "fraqueza" materialista mas também ela me chega do coração, por isso deve ser válida segundo a lógica dos Pais Natais) e os livros que já estão metidos nas minhas malas de viagem (antecipei-me e comprei-os eu, como presentes para mim mesma que bem mereço!).
Entre os Presentes que peço existe espaço para tudo o que achares que eu mereço e que a mim, nem me passa pela cabeça. Tens sempre ideias melhores que as minhas. Sente-te à vontade para acrescentar o que quiseres a esta lista. Amén!

The "Masters of The World" explained...



Exercitando a capacidade de SER-se Inteligente.
O mundo está em mudança porque atingiu o cúmulo da injustiça, dos resultados da ambição louca e desmedida, da ganância de poucos que possuem a ilusão que o dinheiro e o poder os tornarão felizes ou/e eternos.
O mundo está em mudança porque Nós, os seres HUMANOS, estamos em mudança. Muito mais do que pensamos se encontra nas nossas mãos.
Proponho, para 2012, o Grande Salto.
“A arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal.”
Machado de Assis (1839-1908)
Feliz Natal para todos (há "clichés" que insisto em adorar!).

Mais uma vez, o meu Natal será atípico.
Estarei no Cairo, trabalhando, sendo feliz como sei e posso mas sem árvores de Natal, família de origem, presentes, menino Jesus nas palhas deitado, presentes à lareira. Acima de tudo, sei que todas essas coisas estão dentro de mim e se traduzem num calor que não se apaga, bem no fundo de mim.
Porque Natal é mesmo quando um Homem-Mulher quiserem.
Desejando um Natal FELIZ a todos, independentemente da religião que professam que isto de celebrar o AMOR não se limita a simplistas catálogos sociais e/ou políticos.
Feliz Natal para os cristãos, os muçulmanos, os ateus, os budistas, os hindús, os judeus, os agnósticos, os que acreditam em tudo e em nada, os que andam à procura sem saber o que encontrar e os que encontram sem procurar.
Feliz Natal aos homens, mulheres e hermafroditas. Aos heterossexuais, homossexuais, bissexuais e todos os "intermédios" a quem as sociedades ainda não conseguiram classificar.
Feliz Natal aos mais iluminados e aos que ainda estão bem fechados nas suas próprias trevas.
Feliz Natal aos amigos e aos inimigos.
Feliz Natal ao mundo que tanto precisa de entender que só existe uma RELIGIÃO: a do AMOR.





Eu e a Alice (anjo que chegou na forma da minha sobrinha)...




Exposição a não perder:
Fotografias de Frida Kahlo, no Museu da Cidade de Lisboa (Campo Grande).



A Beleza está em todo o lado.
É preciso é saber Vê-la.
No jardim do Museu da Cidade de Lisboa (onde está patente uma MARAVILHOSO exposição de um importante expólio fotográfico da pintora mexicana "Frida Kahlo"), encontrei algumas imagens bonitas e inesperadas. Tive de PARAR, VER, SENTIR e FOTOGRAFAR.
Há quem lhes passe ao lado, sem perceber o tesouro que elas carregam, mas eu não sou assim tão cega.
"Se puderes olhar, vê.
Se puderes ver, repara."
José Saramago

Wednesday, December 14, 2011



“Não posso conformar minha vida a modelos, nem jamais poderei constituir um modelo a quem quer que seja; mas é totalmente certo que dirigirei a minha vida segundo o que sou, aconteça o que acontecer. Fazendo isso, não defendo nenhum princípio, mas algo bem mais maravilhoso – algo que está em nós, que queima como fogo da vida.”
“Não posso ser fiel a ninguém, que não seja a mim mesma!”
Lou Andréas Salomé