Tuesday, July 31, 2012

A inteligência da Beleza...


  • "The world needs a real feeling of kinship. Everybody: stars, laborers, Negroes, Jews, Arabs. We are all brothers. Please don't make me a joke. End the interview with what I believe."

     Marilyn Monroe in the last interview before her death.

Nawal...


“Eles disseram:
 “Tu és uma mulher selvagem e perigosa.
Eu estou a dizer a verdade. E a verdade é selvagem é perigosa.”

Nawal el Sadawy, in: “Woman at point zero”

Sunday, July 29, 2012

O que tenho notado...

No processo de escrita e reescrita do meu LIVRO: existem palavras que uso insistente e consistentemente. Atentando na frequência e seriedade com que as uso, conheço-me melhor a mim num ápice de vertiginosa claridade mental (ou será emocional?) que me informa que as palavras que mais acariciamos definem, em grande parte, quem somos.



Eis a lista que pude reunir (as palavras que mais uso no meu Livro):


1.Amor
2. Paixão
3. Aventura
4. Coragem
5. Egipto
6. Sempre.
7. Tudo e todos
8. Totalidade
9. Surpreendente
10. Humanidade
11. Sinto/senti/sentirei
12. Coração
13. Alma




P.S. pseudo-literário: Estou cada vez mais aterrorizada com o meu LIVRO. E, com aterrorizada, também quero dizer APAIXONADA.


Medos?
Ah, que o livro não esteja bem escrito, que não seja divertido e culturalmente interessante, que não surpreenda os leitores e que não os marque de forma alguma.
Quanto mais vou aperfeiçoando a escultura, mais dela - de mim - peço. 

Epifanias.

É quando corro. Dá-me para aquilo: epifanias, momentos de inspiração que em mim não aterram em mais nenhum lado. 
Reparo num coelho bebé que me sente estremer o terreno quase bravio, procuro pelo ouriço (tão perfeito que parece um desenho animado) com que só me cruzei uma vez, chamo o Gil (um dos nossos cães) e respiro mais dentro do que fora de mim.


Coloco-me debaixo do sistema de regas para apanhar chuva, reparo no arco-íris que dali nasce e sigo adiante, apesar do cansaço. Fito as nuvens, o chão, o próximo passo apenas, os carvalhos maciços de coisas boas lá dentro e chega-me...chego-me. 


Epifanias...

Verão de Escrita.

Queridos seguidores do Blogue,


Peço desculpa - desde já - pela monotonia dos "posts" com que contarão este Verão. É sabido que escrevo sobre o que VIVO e, neste Verão, só VIVEREI uma fase final - deliciosa e dolorosa - da escrita do meu tão aguardado LIVRO.


Sim, o sol brilha lá fora e estou tão branca que me tornei translúdica. 
Sim, estou exausta e preciso - urgentemente - de férias.
Sim, sofro com a imobilidade física a que a escrita de um LIVRO me obriga.
Sim, dá uma vontade danada de ir para a praia cobrir-me de água salgada e preguiça acompanhada de um bom livro (outro que não o meu!)...
Sim, tudo isso e muito mais mas...
O prometido é devido e prometi a mim mesma que o parto do LIVRO aconteceria este Verão. Assim sendo, serão bem-vindos se quiserem acompanhar notas de uma amante da Escrita que ousa sempre além. ALÉM...




P.S. Nota cultural:
 Ouvi/vi o cantor CAMANÉ ontem à noite, na (lindamente recuperada) Praça  do Intendente, em Lisboa. Se ele já era o meu fadista favorito desta geração, ontem ganhou o título de INCONTESTÁVEL rei das minhas preferências musicais portuguesas. 


Talento, VOZ (que VOZZZZZZZZ!!!!!!!!!), bom gosto e elegância à prova de bala, poesia da melhor e mais original e NEM UMA ÚNICA CEDÊNCIA ARTÍSTICA àquilo que "vende".
 RESPEITO e profunda ADMIRAÇÃO. "Camané, és o maior!"


Como souvenir, sigam o link:


http://www.youtube.com/watch?v=jSpBBl9zESA&feature=share


Saturday, July 28, 2012

A Luz de Caio.


O que significa ser DO CAIRO!

Uma das manobras de auto-promoção e publicidade enganosa mais usadas por imensas bailarinas hoje em dia é dizerem que actuam ou actuaram no Cairo, sem alguma vez o terem feito.

Senão vejamos:

1. Pagar para poder actuar, uma noite, sobre o palco de um Festival não significa absolutamente nada, para além da experiência maravilhosa que é poder dançar com uma orquestra egípcia ao vivo (especialmente, se a orquestra for de boa qualidade e inspirada);

2. Passar um par de meses no Cairo e deixar-se fotografar dançando no espectáculo de outra bailarina não constitui prova de que se faz ou fez carreira por lá;

3. Pagar, uma vez mais, aos donos desonestos e mercenários de um "night-club" de certos hotéis para que as deixem dançar uma ou duas noites e assim afirmarem que "dançaram profissionalmente no Cairo" tão pouco conta.


O que conta então?

Quando cheguei ao Egipto, de malas e sonhos na mão e muita ousadia/ignorância, pensei que conseguir um contracto de um ano seria mais do que suficiente para aprender, ganhar experiência e recolher material para a escrita do meu LIVRO (que está agora em fase final de elaboração). Achava que sabia muito, sabendo quase nada.

Quando me estreei, após muitas lutas, o sucesso que me foi oferecido - e merecido - deixou em mim um vício: o prazer, adrenalina e felicidade de dançar com músicos egípcios e para audiências egípcias. De um ano, passei para seis! Agora que, finalmente, começo a sair do meu casulo cairota e partilho o que sei com o MUNDO inteiro, tenho convicção do que FAÇO mas mais perguntas do que respostas. 

Dançar profissionalmente no Cairo equivale a:

1. Trabalhar sob contrato e devido pagamento pelo nosso trabalho não devido a favores "escusos" mas ao talento demonstrado em palco;

2. Gerir a nossa própria orquestra durante anos, artística e pessoalmente; 

3. Expôr-se durante uns anos - não apenas um dia ou um par de meses! - às audiências egípcias e árabes, as mais difíceis e compensadoras do planeta Terra e arredores;


4. Dominar o idioma egípcio e, com ele, entender profundamente a mentalidade e cultura locais, além das letras das canções que escolhemos interpretar;

5. Saber sobre música a partir da relação com a nossa própria orquestra, saber como ensaiá-la e indicar o que se quer do material que desejamos dançar;

6. Enfrentar os preconceitos e tempestades que sempre se apresentam a BAILARINAS que também sejam- má sorte! - pessoas íntegras e com RESPEITO/AMOR por si mesmas e pela ARTE que representam.

A lista poderia não ter fim. 
Falsa publicidade que nos venda como algo que não somos não garantirá QUALIDADE no que fazemos. Ter a oportunidade de dançar no Cairo, rodeada de músicos e todo o contexto egípcio, é uma experiência única que todas as bailarinas deveriam ter mas vender uma suposta carreira que nunca construiram é, não só desonesto, como injusto para aquelas que, REALMENTE, o fizeram. 


O estado das coisas: no Mundo:

Confesso que o estado actual do mercado de Dança Oriental me faz confusão (usando um eufemismo).
 Se lidar com o mercado de espectáculos do Cairo - no qual estou metida até ao tutano há seis anos! -já não é pêra doce, começar a constatar o COMERCIALISMO extremo que a maioria tende a seguir em todo o mundo entristece-me. Entristece-me porque, apesar desta dança se ter espalhado pelos quatro cantos do planeta (e suspeito que em Marte, Vénus e Plutão também...), a QUALIDADE do que se faz, na generalidade, deixa muito a desejar.


Muito pouco do que vejo tem a ver com o que APRENDI ser a DANÇA ORIENTAL EGÍPCIA, mediante a experiência rara, dura e fabulosa de dançar com a minha orquestra por todo o Egipto. 
Raras são as bailarinas que o podem afirmar: dançar/actuar profissionalmente com os meus músicos por seis anos, sempre com sucesso do público (o meu grande e único PODER) e combatendo mil e uma marés adversas. Não é para totós!


Quando comecei a sair do meu casulo criativo cairota e vi o que estava a ser feito pelo mundo fiquei em choque. A distância entre o que fazia e aprendia, diariamente, com o meu trabalho no Egipto nada tinha a ver com o que encontrei. 
Claro que prefiro FAZER ALGO POSITIVO, em vez de queixar-me mas, de vez em quando, tenho de desabafar.


Ele são os clones, as tricas, a competição desmedida e desalmada, movimentos vazios que não significam ou expressam o que quer que seja, a fogueira de vaidades que nada tem a ver com ARTE, uma forma de "dançar" muito próxima da ginástica aeróbica/acrobática que não expressa - de forma alguma- o que é a "Raks Sharki".


 Confesso o cansaço ocasional... por mais que faça, nunca parece ser suficiente. Ensinar e actuar em países distintos já significa SEMEAR ALGO de PRECIOSO mas, uma vez mais, sinto-me a remar contra a corrente. Já não apenas a do Egipto mas a do Mundo. 
Pergunto-me, em momentos de desânimo, se valerá a pena continuar a lutar por uma Dança que insistem em  minimizar, banalizar, usar para lucro fácil, rápido e desonesto. Custa-me a superficialidade. A ignorância que ainda existe dentro e fora das comunidades que praticam e/ou;ou vivem desta Arte. 


Sei que o CAMINHO é sempre e apenas DAR o meu MELHOR e aceitar a realidade tal como ela é mas custa. Muito. AVERDADE e a QUALIDADE são muito mais atraentes a esta minha natureza que, quer eu queira ou não, é e sempre será MARGINAL. 
LIVRE...


Thursday, July 26, 2012

Pela madrugada dentro...

Então não é que despertei a meio da noite, alarmada por um sonho relativo ao meu LIVRO???
Não só despertei como já não consegui voltar a dormir. Tentei de tudo: um filme na televisão, um livro, uma merenda, respiração "yogui", abraços relaxantes no Sandokan (um dos cães da família)... e nada! O cérebro e o coração avisavam: LEVANTA-TE e lança-te ao trabalho. 
É assim que me vejo, na solidão desta noite cortada ao meio, escrevendo e esperando pelo sol nascer com esses sons e aromas tão raros das madrugadas que nos escolhem.

O Plano para a manhã que se anuncia longa e produtiva?
Escrever, escrever, escrever. Rever, rever, rever. E escrever novamente.
Correr com os cães antes do calor torrar. E voltar a escrever até que os olhos me saltem da cara. 


O meu querido amigo e professor Mahmoud Reda contou-me que as suas maiores inspirações lhe surgem, por norma, quando está nesse limbo entre a vigília e o sono ou até mesmo enquanto dorme, sob a forma de sonhos. Coreografias, passos de dança novos e ideias para espectáculos surgem-lhe assim. 
Em conversa com um compositor cujo trabalho ele não apreciava particularmente, Mahmoud perguntou-lhe:
-E a si, como e onde lhe chega a Inspiração?
Ao que o compositor respondeu:
-Na casa de banho, enquanto estou na sanita... - Riu-se, ingenuamente.
-Ah, então é por isso que a sua música é uma merda! - Concluíu o Mahmoud, com o sentido de humor que nele tanto adoro.

(História verídica contada pelo próprio Mahmoud)
Esperando pelo Sol...

Wednesday, July 25, 2012

Joana S. na "TheBellyDancers.Tv"



O mundo está cada vez mais pequeno! 
Do Egipto, para o mundo... o Destino estava marcado e assim se cumpre com a minha absoluta cumplicidade e paixão.
Mais uma porta aberta para todos os recantos do Globo: a minha presença na "TheBellydancers.Tv".
Sigam os links:






Grata a Monir Mahmoud ( "TheBellydancers.Tv") por estas lindas imagens da 
"minha pessoa".;)

"Summer time" readings...

Porque ainda não criaram clínicas de reabilitação para leitores viciados. Portanto, rendo-me ao vício e, ainda que com os olhos em bico das largas horas ao computador ("working it, baby!"), as leituras não podem parar.
Neste momento, devorando "Hypátia de Alexandria" da autora Maria Dzielska
o último livro de Nawal El Saadawy. Quando os leio?! Oh, esse assunto é tão místico...
Antes de adormecer (que é como quem diz, caír para o lado de cansada), quando tomo o pequeno-almoço ou espero pelo que quer que seja. Assim, aos pedacinhos distraídos... que a Alma precisa destes alentos.

P.S. Valeria a pena VIVER se não existissem LIVROS, MÚSICA e DANÇA?! 
"I don´t think so..."



Monday, July 23, 2012

Joana Saahirah em programa de televisão gravado no Cairo

Aqui está a versão editada do programa "Portugueses no Mundo", gravado no Cairo.
 É com imensa pena que todo o material reunido não tenha sido usado no programa (ou noutro) porque parece-me bastante interessante. Ensaios comigo e com os meus músicos, entrevistas que lhes foram feitas e que eu traduzi do árabe para o inglês no momento, espectáculos inteiros, conversas de bastidores sobre a Dança e o Egipto...fica na 

AGENDA do A FAZER a curtíssimo prazo: o meu próprio Documentário no Cairo.


Enquanto esse não chega, aqui ficam com a entrada do banquete. Sigam o link:

http://www.youtube.com/watch?v=__cpkzelRFE&feature=relmfu

Por agora, não peço outra coisa...

Pé descalço, vestido às flores por onde os meus ombros caem em bonomia veraneante, um quarto fresco com vista para o azul, uma mesinha coberta de branco, uma chávena de café (com leite, chocolate e canela) e o computador com o meu menino nos braços (Livro). 


Poder andar de bicicleta ao final do dia e correr de bikini sem que alguém por isso me siga como se eu fosse uma extra-terrestre.


Manhãs brandas, entardeceres de pinturas surrealistas por entre campos, lagos e sonhos.
Um mergulho ocasional, os cães e o silêncio. Por agora, não peço outra coisa...

Apaixonada...

Esperem lá os rumores e as imaginações galopantes que tanto gostam de me atribuir romances escandalosos que jamais tive... este estar apaixonada é pelo MEU LIVRO (sim, eu sei, eu sei...é aborrecido...preferiam uma descrição pormenorizada de outros assuntos...peço desculpa pela publicidade enganosa e sigo adiante).
 A vida privada permanece, como de costume, protegida até ao limite. Ohhhhhhhhhhh...


Estou apaixonada, finalmente, pelo meu livro que agora se apresenta como algo palpável diante de mim. A ideia e a razão para a sua existência já me apaixonavam, claro está. Este livro foi a primeira razão que me levou a deixar para trás o meu país, família, amigos e namorado e até um início de carreira promissor nas áreas da Dança Oriental e da Representação. Chegar ao ponto de ver o rascunho do livro pronto diante de mim e saber que o terminarei este Verão é o completar de um círculo fabuloso que eu me desafiei cumprir e do qual saí com uma carreira lançada - no Egipto e, mais recentemente, internacionalmente -, com conhecimentos profundos de Dança Oriental e Folclore Egípcio (com os diversos saberes que a estes vêm associados, entre eles a língua árabe, religião, tradições, mentalidades, etc) e com uma Escola de Vida fora do comum. 


Durante o ano que passou, tive de ser malabarista - ora bem, sempre o fui, mas este ano foi..................fogo! - porque demasiadas águas passaram por baixo da minha ponte. Nem mencionando a Revolução Egípcia e seu instável período póstumo que tem trazido mais insegurança e amargura do que a Liberdade e Democracia inicialmente sonhados. Mas falo de conseguir conjugar a escrita do livro em "part-time" com uma série de viagens de trabalho, aulas, workshops e espectáculos. Se a isto adicionarmos o facto de não ser escritora e, por isso, me faltar a segurança e método de trabalho que imagino serem comuns na profissão, o panorama ainda se torna mais...digamos: desafiante.


A ideia do LIVRO era apaixonante mas vê-lo tomar forma diante dos meus olhos é muito mais. Sinto que, pela primeira vez, estou mais entusiasmada do que aterrorizada.
Escrever um livro, descobri-o, é como coreografar: primeiro tira-se da pedra apenas o necessário para que a forma geral da escultura se revele. Depois começa-se a polir, limar arestas, dar forma, corrigir, adicionar e cortar, até que a peça começa a parecer-se com uma "obra de arte". 


Paciência, perseverança, teimosia, concentração, paixão e uma razão muito FORTE para dizer aquilo que se TEM de dizer. Creio que, sem estes ingredientes, um LIVRO não pode nascer. 

Saturday, July 21, 2012

Graal...


·        "O Graal é, literariamente, o símbolo antigo do feminino, e o Santo Graal representa a divindade feminina e a Deusa, que por suposto se tinha perdido, suprimida de raíz pela Igreja. O poder da mulher e a sua capacidade para engendrar vida foram noutro tempo algo de muito sagrado, mas representava uma ameaça para a ascenção da Igreja predominantemente masculina e por essa razão a divindade feminina começou a ser diabolizada pela Igreja que considerava a mulher impura. Foi o homem, e não Deus, quem criou o conceito de pecado original, pelo qual dizia a Eva comeu a maçã e provocara a queda da humanidade. A mulher antes sagrada e a que engendrava a vida converteu-se na inimiga. (...)
    A Igreja é predominantemente masculina e, por essa razão, a divindade feminina começou a ser diabolizada pela mesma que considerava a mulher impura. Foi o homem, e não Deus, quem criou o conceito de pecado original, pelo qual dizia a Eva comeu a maçã e provocara a queda da humanidade. A mulher antes sagrada e que engendrava a vida passou a ser a inimiga. (…)”

·        Dan Brown,
·        In : O Código Da Vinci

Livro em construção...aberto para obras...

“Escrever é lavrar (...) 
E lavrar, numa terra de camponeses e escritores abandonados, quer dizer sacrifício, penitência, alma de ferro."
  • Carlos de Oliveira em
    O Aprendiz de Feiticeiro
    Via: Sancha França



Thursday, July 19, 2012

Sabedoria...


Workshop do PALCO, dia 4 de Agosto em Lisboa!



Workshop do PALCO,
dia 4 de Agosto em Lisboa
(IPJ, Parque das Nações, EXPO)!



Técnica e coreografia da mais icónica música de entrada em palco do reportório egípcio para dança:
"Set il Hosn", composto por Mohamed Abdul Wahab para a lenda: Nagwa Fouad.


* Joana Saahirah é um dos nomes mais respeitados do circuito egípcio e mundial de Dança Oriental.
Neste workshop, ela partilhará um pouco do que tem aprendido nos palcos do Egipto e, mais recentemente, do mundo inteiro.




*Programa:
Este Workshop é dedicado ao palco, literal e metaforicamente. O palco da Vida, o palco da Arte.


Abordaremos o famoso - e interessantíssimo - tema musical "Set il Hosn"
PLUS segredos, truques, dicas essenciais para estar em palco, explorar ao máximo o potencial, características e carisma de cada um de nós. Para brilhar: no palco, como na Vida!

* Horário:
Dia 4 de Agosto (Sábado)
das 10.00h às 12.30h e
das 14.00h às 17.00h




*A quem se dirige?
Alunos de nível intermédio&avançado/artistas/professores que pretendam aprofundar os horizontes da sua TÉCNICA (vários estilo de Dança Oriental num só tema musical a abordar), INTERPRETAÇÃO, COMUNICAÇÃO e BRILHO em PALCO e na VIDA.



***Preços:
PROMOÇÃO aplicada a inscrições até dia 20 de Julho: 45 euros pela totalidade do Workshop + Palestra.
65 euros para inscrições a partir de 21 de Julho até à data do evento.



***Forma de Inscrição:

Para inscrever-se no evento basta efectuar a transferência inter-bancária
do valor relativo ao mesmo para o nosso NIB: 0007 0075 0001 1250 0053 6


Depois de ter efectuado a transferência, pedimos o favor que nos avise da mesma através do email: dancemagica@gmail.com ou do telemóvel: 96 642 7997.
Além do aviso da data da transferência e nome em que foi feita, pedimos que apresente o talão da mesma no dia do evento.

***Local:
Sala de expressão corporal do IPJ.
Instituto Português da Juventude, Parque das Nações (antiga EXPO)
Via de Moscavide, Lt. 47 - 101 - Lisboa




***Bazar Oriental com SALDOS em todos os artigos (trajes de dança, lenços, cds, dvds,etc). Aberto ao público das 11h às 19h.



***Palestra sobre a Cultura, Dança e Música egípcias - Passado, Presente e Futuro
das 17.30h às 20h
ENTRADA LIVRE e ABERTA a não participantes no workshop.


Exposição de video clips, fotografias e músicas representativos do tema no decorrer da palestra.


Discussão ABERTA com os participantes.


*** Organização:

Joana Saahirah do Cairo
www.joanabellydance.blogspot.com
www.joanamagica.blogspot.com

Find Joana Saahirah of Cairo on the Facebook and Youtube!

Sabe muito bem...

Chegar a Portugal e poder colocar um "bikini" e andar descalça sem ser vista como uma selvagem ninfomaníaca que está mesmo a pedir para ser assediada por homens que sofrem de atrasos mentais agudos, repressão sexual/emocional e espiritual. 
Sabe muito bem...correr com os cães, ouvir o silêncio e conduzir o meu carro para encontros com amigos de sempre.


Sabe bem poder comer uma banana ou um gelado na rua sem que isso equivala a tarados sexuais seguindo-me nos seus carros, alegando que quem come banana ou gelado em público convida homens para orgias e pândegas pornográficas da mais baixa estirpe.


Sabe bem mergulhar na piscina sem que ninguém fique especado a olhar para mim como se eu fosse uma extra-terrestre e ir até à tabacaria de bicicleta comprar um jornal. Simples e rápido, nada de engarrafamentos, poluíção e personagens do Arco da Velha a dificultarem o caminho.


Sabem bem os vegetais e a fruta da horta dos meus pais, a minha sobrinha ao colo e um entardecer lento e cheio de paz por onde possa escrever nesta fase final - e deliciosa - da conclusão do meu LIVRO.


Sabe bem sentir o sabor de um pouco de Civilização. 
Sabe bem...

Inspirações ou as Heroínas que a História quer esquecer...


"Todas as religiões dogmáticas formais são falaciosas e nunca devem ser aceitas como palavra final por pessoas que se respeitem a si mesmas."
"Ensinar superstições como uma verdade absoluta é uma das coisas mais terríveis."

HIPÁCIA DE ALEXANDRIA (c. 370 d.C - 415 d.C)




“Hipácia era uma filósofa e presumivelmente iniciada egípcia, consagrada pela sua sabedoria e amor à liberdade do pensamento... Ela, enquanto pensadora era o obstáculo ao ambicioso Cirilo que só com o assassínio da rival Mulher poderia triunfar... Só assim Cirilo ascendeu realmente ao poder sendo mais tarde santificado pela igreja de Roma...


(...)

"E tão completa foi a destruição de todo o conhecimento existente, incluíndo a queima maciça de livros, que ela extravasou mesmo a Europa, chegando até onde quer que alcançasse a autoridade cristã.

Assim em 391 d.C., sob Teodósio I, os cristãos, agora completamente androcratizados, queimaram a grande biblioteca de Alexandria, um dos últimos repositórios da sabedoria e conhecimentos antigos. E, ajudados e abençoados por um homem que mais tarde seria canonizado como São Cirilo (o bispo cristão de Alexandria), os monges cristãos cortaram barbaramente em pedaços, usando conchas de ostra, essa notável matemática, astrónoma e filósofa da escola de filosofia platónica de Alexandria que era Hipácia. Pois esta mulher, então conhecida como uma das maiores eruditas de todos os tempos era, segundo Cirilo, uma mulher iníqua que chegara ao cúmulo de se atrever, contra os mandamentos divinos a ensinar homens”.

“Os escritos oficialmente sancionados, os dogmas paulistas reafirmavam autoritariamente serem as mulheres, e tudo quanto se rotula de feminino, inferiores e tão perigosas que deviam ser estritamente controladas.
(...)
No essencial, porém, o modelo para as relações humanas proposto por Jesus, no qual homens e mulheres, ricos e pobres, gentios e judeus, formam um todo, foi expurgado da ideologia assim como das práticas da Igreja Ortodoxa.”

in "O CÁLICE E A ESPADA" - de Riane Eisler



In: Blogue Mulheres e Deusas 
Seguir o link:
http://rosaleonor.blogspot.pt/2009/12/proposito-do-filme-agora.html?spref=fb

Thursday, July 12, 2012

Próximos passos na Agenda da Alma*


O Ramadão aí à porta e um mês de jejuns e prostrações que, sinceramente, não me interessam.
 Respeito as diferentes opções de vida e fé de cada pessoa mas não me quero ver obrigada a seguir quaisquer rebanhos. 
Por isso e porque existem outras PRIORIDADES na AGENDA da minha ALMA, este Verão será de ESCRITA, algum Mar bem salgado e ciclos que se encerram, definitivamente, para dar à luz outros de maior qualidade.

Não esquecer: 

WORKSHOP do PALCO em Lisboa, PORTUGAL.
Dia 4 de Agosto, no Instituto Português da Juventude do Parque das Nações.
Workshop e Conferência.

Programa detalhado em "post" anterior. Mais informações através do email:
dancemagica@gmail.com


Eis o que me apetece dizer...

Aos tarados sexuais e psicopatas extraviados que tomaram as ruas desta cidade&selva do Cairo.
Palavras já não servem para dar resposta a tamanho atraso mental generalizado. 
Sem comentários.

Festival Salamat Masr do Egipto!

Foi maravilhoso, na verdade! 
Primeiro, porque ser convidada como Professora e Artista deste Festival apenas através do reconhecimento do meu mérito profissional sabe bem à Alma.
Depois porque, não só ensinei, como aprendi imenso e me diverti a valer com alunos e professores de qualidade do mundo inteiro que se uniram como uma só família e com um propósito: ELEVAR o NÍVEL da DANÇA EGÍPCIA.


Devido à minha agenda sempre apertada, não pude ver e fazer tudo o que desejava mas, ainda assim, os Workshops de Mona El Said e do Prof. Hassan Khalil viram-me lá, menina bem comportada e aluna amantíssima, disciplinada e curiosa. ADORO aprender!


Existe imenso espaço para melhorias, como em tudo, mas o balanço final da experiência é mais que POSITIVO.


Resgates.

Aqui fica a nota de gratidão e carinho eternos dedicados à minha amiga Yasmine Kamel que, tão delicadamente, resgatou e me ofereceu este quadro que aqui vêm em cima. Segundo ela me contou e também de acordo com o que recordo, esta era a imagem que se via nas típicas casas e lojas egípcias de um  país que, infelizmente, está a desaparecer. Hoje em dia, só um louco colocaria esta imagem na parede da sua casa ou estabelecimento pois o Egipto passou de Escola dos Segredos Eternos para Escolinha medíocre do "haram" e do "halal" (expressões que significam proíbido e permitido por Alá, respectivamente). 


Um autêntico resgate do Egipto pelo qual me apaixonei e que está a morrer a assustadora velocidade. Parece que sim, vim cá RESGATAR uma Alma* que está a desvanecer para poder perpetuá-la à minha maneira pelo mundo fora. 


Adoro esta imagem. Por tudo o que significa. Pela amizade que transporta.
Adoro-te, Yasmine!

Wednesday, July 11, 2012

Regresso a Barcelona, este Novembro!

É com imensa alegria que anuncio o meu regresso a Espanha (mais concretamente a Barcelona) para um maravilhoso Festival onde actuarei e ensinarei este próximo mês de Novembro.
Mais informações seguir-se-ão brevemente.
Olé!

O "meu" Egipto.


  • Foto de Sally Zohney
    Grata à querida Sancha França, mãe da minha little bird.

    Joana Saahirah, A Portuguesa do Cairo.

    "O Egito é um país de passagem. Tudo ali passa, tudo ali repousa...Tudo para ali emigra, até os pássaros, porque tudo o que tem asas ... foge para o velho Egito."
     - Eça de Queiroz - O Egypto, 1869

Monday, July 9, 2012

Ai, ai...(suspiros desalentados).


Assunto batido, polémico e, ainda assim, actualíssimo. Tento não ser parcial e preconceituosa mas admito falhas nesse âmbito e com elas me divirto (tão anti-diplomática como sempre).
Vejo-as cair, uma e outra, aos pés de homens egípcios de lábia aguçada e de coração A-moral, que vêm nas mulheres estrangeiras as seguintes oportunidades:

* Visto de saída do Egipto. Desesperados por sair do país, onde acreditam - com muita razão- não ter um futuro promissor, muitos egípcios "engatam" (seduzir é conceito demasiado sofisticado para este contexto) mulheres a quem juram amor eterno e imediato em troca de um casamento oficial que lhes permita sairem do Egipto e viverem o "sonho egípcio" que é o OCIDENTE onde imaginam que a Liberdade significa sexo nas ruas com transeuntes e dinheiro a jorrar das fontes públicas.



* Sexo sem compromisso, uma vez que com as egípcias se torna mais difícil. Numa sociedade em que o sexo entre egípcios é ILEGAL antes do casamento, uma estrangeira equivale a orgias inconsequentes. As queridas levianas, infiéis que desconhecem os valores (?!) locais e não sabem que existe Alá. 



*Dinheiro. Com ou sem sexo a acompanhar. Sim, extorquir dinheiro de mulheres estrangeiras não é apanágio exclusivo dos proxenetas profissionais. Eles existem, nas suas mais variadas formas, por todo o Egipto. Frequentemente casados, com uma ou mais esposas simultâneas, não hesitam em explorar mulheres estrangeiras em troca de sexo - no qual se imaginam génios inigualáveis capazes de refazer com uma perna às costas - literal e metaforicamente - uma versão melhorada do clássico "Kama Sutra" - ou palavrinhas bonitas e ocas do romântico vocabulário de engate egípcio (és a lua, sol, estrelas, pássaros, borboleta, gazela e mais umas quantas patranhas disfarçadas de poesia barata mais batida do que a Esfinge de Gizé).



***Já perdi a conta às mulheres que aconselhei e que contra mim se viraram quando tentei abrir-lhes os olhos relativamente às armadilhas dos homens locais. "Been there, done that", minha gente.  Milhões de vezes.
Habituada a ser a má da fita, volto a avisar: "Welcome to Egypt" mas não sejam tolinhas Pode der?!