Friday, November 30, 2012

Romântica: sonhadora: tudo o que me queiram chamar.


E já me chamaram tanta coisa!:) 
Vejamos: são raras as pessoas que me conhecem, realmente. A maioria tem uma ideia - que reflecte a sua própria mente e as frustrações em mim projectadas - de quem eu sou profissionalmente e pouco mais. No entanto, falam - muito e mal, na maioria das vezes. 
Graças a Deus, a Verdade vem sempre ao de cima e os FACTOS falam por si. A todos aqueles que me juravam que jamais conseguiria construir uma carreira no Egipto sozinha e sem prostituir-me eu atirei com oito anos de sucesso sem precedentes e - mais importante que tudo - sem perder o coração e a consciência acesos. 
Aos que comentam que o meu sucesso se deve apenas a "carisma" (ainda não percebi bem o que querem dizer com isto!) eu atiro mais uns quantos dados inquietantes: verifiquem o reconhecimento do meu trabalho como bailarina, coreógrafa e professora de Dança Oriental e Folclore Egípcio, falem directamente com as pessoas que me contratam ou os músicos que actuam comigo e façam-se à vida, como eu me fiz e continuo a fazer - sem contemplações, mesquinhices, perdas de tempo e energia em choraminguices e desistências. 

Graças a Deus e à crescente impossibilidade de me mal dizer, as críticas que mais recebo passam por chamar-me uma "romântica" e "sonhadora" sem entenderem que sempre assumi ser AMBAS as coisas e disso muito me orgulho.
Só uma ingénua, louca, teimosa, romântica e sonhadora teria chegado onde cheguei sem vender a alma ao diabo  (enfiem lá esta indigestão na vossa "shisha" e fumem-na, pode ser?). 
Continuo a ACREDITAR na REALIZAÇÃO dos SONHOS mais altos, no AMOR (desse que não depende de conveniências de qualquer espécie), na PAIXÃO, na MAGIA e nos ANJOS, nos MILAGRES e nos VÔOS. 
Continuo a acreditar na Missão que me levou até ao Egipto: resgatar a ALMA* da Dança Oriental egípcia e levá-la a todo o mundo, despertando consciências, corações, VIDAS.

Não sou mais nem menos do que quem quer que seja. Sou apenas uma PESSOA que se deseja alcançar a si própria tão completamente que se desenrola em MUNDO. Outros: eu: NÓS.


Thursday, November 29, 2012

Porque não falo eu da República das Bananas?!

Têm perguntado as más e as boas línguas: porque não comento eu a situação trágico-absurda da política egípcia?!
Ora bem: por várias razões e mais algumas.:)

Primeiro porque acho tudo uma palhaçada tremenda e aquele que ganhou as eleições no Egipto - Mohamed Morsi - não merece os meus comentários, atenção, nem mesmo críticas. Fazê-lo soa-me a desperdício de tempo, energia e neurónios.

Depois porque estou para lá de exausta da ignorância, da estupidez, da regressão mental para a qual tenho visto o meu Egipto caminhar a passos largos nos últimos anos. 

Ainda porque preciso de respirar e afastar-me, temporariamente, da República das Bananas e concentrar-me na minha digressão europeia, nesta fase final de edição do meu LIVRO, dos projectos que quero fazer avançar. Tenho o direito de usufruir um par de meses sem assédio sexual agressivo sempre que saio à rua; sem stresses constantes, desilusões constantes e um choque "cultural" que nunca consegui ultrapassar (trafulhices, preconceitos e ganâncias que substituem valores e amor nunca foram alternativas apelativas aos meus olhos); sem jogos de poder e pseudo-sedução de patrões e outros homens que menosprezam a minha inteligência e, pior ainda, o meu carácter e que creem que todas as mulheres têm um preço pendurado nas mamocas. 

Não comento a situação política do Egipto porque sofro - silenciosamente - com aquilo em que o "meu país" de alma se está a transformar e quero concentrar-me no que DELE TRAGO COMIGO e que com o MUNDO partilho.

Tão pouco comento porque já existe muita gente que o faz - e bem melhor do que eu. 
Entristece-me tudo o vejo nas notícias, faz-me suspirar em notas nostálgicas de um passado que já não volta. O MEU Egipto está a morrer e eu recuso assistir ao seu funeral: sinceramente, é mais isto.

"Olhem para mim toda lampeira!"


    • Portugal por Charles Fenno Jacobs

      " Mulher com cesta de couves na cabeça" 1948-55
    E por aí vou - caminho fora, adentro e acima - com uma crescente paixão e CONVICÇÃO na Magia alquímica da Dança que me escolheu e me bendiz diariamente com a realização de todos os meus sonhos.
    As minhas pernas segundo a talentosíssima fotógrafa Denise Marino.

    Julgava que o monte Everest to meu amor pela Dança Oriental já tinha sido atingido; enganei-me: redondamente: que doce engano.
    Há mais e mais...da fonte da CRIATIVIDADE que não pára de jorra (grata-grata-grata), do AMOR que não pára de CRESCER, das descobertas e das surpresas boas, da CURIOSIDADE infantil que me levou - que nem kamikaze - até ao Egipto a fim de realizar aquilo que tudo e todos me gritaram aos ouvidos ser impossível. 
    A taça que no meu coração descansa jorra AMOR. Não pára de jorrar: e jorrar: e jorrar...que delícia...que BENÇÃO.
    E a PALAVRA é : OBRIGADA.


    Para maiores deleites, aqui vos deixo uma versão (Carlos Acosta, baby!) do meu bailado clássico favorito: "Romeu e Julieta", composição de Prokofiev.
    Sigam o link:

Taça transbordando de Amor (Rússia)...



Na neve - contentamento de criança.
A Vida tem formas de compensar-nos por tudo: boomerang infalível daquilo que a ela atiramos e nela semeamos.

Parecia que a esperança no futuro da Dança Oriental se esvaía em mim - consoante constato a sua morte no Egipto e um crescente comercialismo e superficialidade na forma como esta é praticada em todo o mundo. Parecia...até que fui convidada para actuar, ensinar e trabalhar como jurada no maior festival de Dança Oriental da Rússia (Festival Europa-Ásia).

Eu, Maria Aya e Natalia - organizadora deste magnífico evento.
Esta fase - FANTÁSTICA - da minha carreira parece ter mais surpresas na manga do que eu, alguma vez, poderia prevêr. Os desafios ampliam-se e mudam consoante os meus palcos se estendem um pouco por todo o mundo. A questão já não é "apenas" conquistar o público e o reconhecimento artístico no Egipto (objectivo mais que alcançado - graças a Deus e muita Caminhada pintada de Coragem, Amor, Trabalho e sacrifícios-preços a pagar); agora há que conquistar e passar a minha Visão da Dança Oriental a TODO o MUNDO; comunicar com públicos da China, de Espanha, da Rússia, do Japão, da América, etc e mais uns etcs
A "fórmula" que funciona às mil maravilhas no Egipto (eu e a minha orquestra) tem de ser reformulada, repensada, re-sentida e RECRIADA de forma a chegar ao corpo, mente e coração de pessoas do mundo inteiro, de distintas culturas, mentalidades, expectativas, visões da Vida e da Dança.

Chegar ao coração da Rússia foi flecha veloz, certeira e prazeirosa: nunca vi país onde o respeito pela Dança Oriental fosse tão absoluto e amoroso.


*Competições:

Cerca de mil bailarinas (altamente preparadas, coreografadas, educadas) competiram durante dois dias divididos em estilos, idades e níveis técnicos. 

As bailarinas de nível iniciado equivalem- a meus olhos - a muitas "ditas profissionais" que se vêm por aí. O nível artístico, a seriedade, o profissionalismo e a criatividade arrojada das bailarinas russas que vi são incomparáveis e restituiram - claramente - a fé que parecia ter perdido no futuro da Dança Oriental.


Eu que era aversa à ideia das competições, comecei a ver como estas podem ter efeitos positivos no crescimento de uma modalidade artística. Cada grupo tenta superar-se, cada bailarina busca melhor do que já fez, cada artista quer - humildemente - saber mais e mais e mais. A sede de aprendizagem e evolução é LINDA de se sentir.

Pela primeira vez, usufruí o trabalho de jurado - juntando-lhe ainda o prazer de ser público dos mais variados estilos de dança (Oriental egípcia e  folclore do Eghipto e de todo o Médio Oriente). Senti-me inspirada, entusiasmada, iluminada pelas bailarinas que vi.

A Rússia tem uma Federação Nacional de Dança Oriental e cada bailarina possui um "bellydance passport" onde são registadas as formações, cursos e prémios que ganha. 


* Workshops:

É sabido: a humildade é apanágio dos GRANDES; a arrogância é apanágio dos pequeninos de espírito e talento.
A disciplina, entrega, reconhecimento e amor presentes nos workshops que ministrei são de deixar-me sem fôlego nas artérias da Alma. Oh, meus Deuses: que MARAVILHA!

Apesar das dificuldades sentidas, nenhuma aluna se queixou, maldisse, fofocou ou se encostou "à box" - mesmo quando os meus workshops foram os últimos de uma semana inteira de formação intensiva. Creio que isto se deve a excelentes professores russos e a uma tradição cultural russa de disciplina, trabalho árduo e dedicação à excelência. 

Ensinei no céu - num céu meu, muito particular.

O talento é aos montes, bem como a simpatia e a simplicidade. Basicamente, senti-me em casa.


* Espectáculo:

Sim, dançar em palco sem a minha orquestra egípcia continua a ser como dançar nua, desprotegida, surda e muda. Mas - yalla! - adiante. Se Deus dá laranjas, faz-se laranjada e da boa!:)
Improvisei um tema de Om Kolthoum e um solo de tabla completamente doido que poderão ver aqui no blogue, muito brevemente. Uma vez mais, o respeito, reconhecimento e amor face à minha pessoa e trabalho foram de fazer chorar as pedras da calçada. 

Maluda, "Romã", 1984



Resumindo: 
Rússia:
 uma BENÇÃO.


P.S. Quando cheguei ao recinto onde decorreram as competições, reparei como um grupinho de meninas de cerca de seis anos de idade comentavam o meu nome e se alegravam de ver-me, cochichando entre elas. 

Perguntei como era possível que meninas tão pequenas soubessem quem sou e fui informada que sim, sabem quem sou, o que fiz até agora na minha carreira e que estudam as minhas coreografias e improvizações em espectáculos (de vídeos que se encontram disponíveis na internet).
Fiquei boquiaberta, honrada, atarantada - e muito feliz!:)


Próximas paragens: 
Londres, Inglaterra e Irlanda (Dublin e Tullamore - castelo encantado de Charleville). 
Tanto para DAR, SERVIR, PARTILHAR, AMAR...
GRATA por tudo: TUDO.

Um Milagre chamado Rússia: em imagens.

Eu, Helena Ramazanova e Ali Mohamed - Ekaterimburg, Rússia.

Eu e a  Helena, Presidente da Federação russa de Dança Oriental  - relaxando depois de um dia inteiro como júris de centenas de bailarinas do mais talentoso e profissional que vi até hoje.

Backstage - depois do Espectáculo-Gala que encerrou o Festival Europa-Ásia.
Maria Aya - LINDA, TALENTOSA, AMOROSA PESSOA - e eu, apaixonada por ela.:)

Helena, eu e Maria Aya - protegendo-nos do frio da Rússia (este ano está "quentinho", segundo o pessoal: apenas 3 graus negativos).

Auto-retrato debaixo da linda neve.

Tal qual caipira, miúda provinciana e mais uns quantos epítetos menos simpáticos: maravilhada com a neve da Rússia. 

Maria Aya, eu e Natalia, a maravilhosa organizadora do Festival.

O poster do Festival com uma fotografia minha em destaque. Se  alguma vez me perguntassem se , alguma vez, imaginaria ser cabeça de cartaz do maior Festival de Dança Oriental da Rússia, talvez respondesse que não (?!). A verdade é que  o caminho tem sido árduo, cheio de espinhos e montanhas - aparentemente - intransponíveis mas o VALOR, a FÉ e o AMOR acabam por VENCER - é profundamente reconfortante CONSTATÁ-LO.

Aprendendo uns passos de folclore ucraniano - Ekaterimburg.

Passagem - divina - pela Turquia.

Quanta Beleza, Gentileza, Maravilhas e Surpresas se podem viver num só dia?!
Perguntem a Istambul, Turquia.
Foi com enorme alegria que regressei a Istambul - ainda que apenas por um dia e uma noite - e revi a cidade pela qual já me apaixonara há uns anos atrás.
Ainda que decadente e uma baça sombra do que foi, em tempos, a Constantinopla dos grandes sultões do Império Otomano, este lugar permance belo de fazer doer os olhos da alma; sensual (MUITO sensual); vivo e palpitante de contrastes - brutalmente delicado em forma de ponte que une o Oriente ao Ocidente.
Amei. Me. A cidade. As suas pessoas: PESSOAS. 
A melhor pizza de rua que já provei; o melhor local para compras do mundo (Grande Bazar de Istambul); uma gastronomia de lamber e comer os próprios beiços; hospitalidade espontanea e tocante; o mar, os cafés, a magia antiga - ainda demasiado óbvia para ser ignorada. Ah: adoro Istambul. 
Pena que a voz dos "muezzin" (homens que chamam  os crentes para a reza) que escutei fosse tão horrível - especialmente quando comparada com a voz e sentimento dos "muezzin" do Egipto. Exceptuando esse detalhe ofensivo aos meus tímpanos, a cidade não me podia ter caído melhor!


O autocarro do hotel em que estava hospedada levou-me até ao centro da cidade e era suposto recolher-me do mesmo ponto, levando-me de volta ao hotel no final da tarde. Saberá lá Deus porquê, o dito cujo não apareceu (o motorista deve ter perdido conta do tempo enquanto se empanturrava em "kebab" e chá adocicado num café de uma esquina turca vadia).
Vi-me, assim, perdida e sem saber como regressar ao hotel. Eis senão quando os meus anjos da guarda puseram aos mãos à obra e desataram a surpreender-me:
Um senhor de bigode "à boa tradição turca" veio ter comigo e perguntou se precisava de alguma coisa (mesmo sem falar outro idioma que não o turco); ao ver-me desorientada, convidou-me a tomar um café (também turco, pois claro) e chamou um rapaz que falava inglês para averiguar o que poderia fazer por mim.
Depois de explicada a situação, levaram-me até uma estação de comboio onde outro rapaz (lindo exemplar do sexo masculino, devo acrescentar) de Ankara apareceu do nada e se ofereceu a levar-me dali até à estação do metro onde eu teria de apanhar outro transporte. Sem perder tempo, comprou-me o bilhete de comboio e levou-me pela mão até ao comboio, contando-me os seus sonhos e o que o levara até Istambul (estava por lá a  candidatar-se para um importante posto de piloto). 
Chegados ao nosso destino, o Adónis turco indicou-me a direcção da estação do metro pela qual eu teria de seguir caminho. Eis senão quando outro rapaz (desta feita, sírio) se apercebeu de que eu sou estrangeira e se ofereceu para me guiar.
Uma vez mais, não tive tempo de comprar o meu bilhete ou agradecer-lhe. Ele desatou a falar comigo em árabe (o facto de eu dominar o seu dialecto encantou-lhe todas as alegrias escondidas), comprou o meu bilhete e só descansou quando me entregou - sã, salva e de coração cheio de gratidão e surpresa agastada - ao hotel. 
Rejeitou os meus "obrigada" aos tropeções e acenou um adeus sentido enquanto me dizia: "Alá maaki" (que Deus esteja contigo).
Fiquei especada - boquiaberta - e enternecida com a cadeia de gentileza e generosidade que os meus anjos providenciaram quando eu menos esperava.


Programa de luxo: tomar um belo cappuccino num dos cafés "vintage" do Grande Bazar de Istambul - lascivamente acompanhado de uma orquestra turca e do aroma dos doces de rosas tradicionais deste país.
Depois disso, jantar numa ruela do Grande Bazar, ver a lua cheia a dançar - lentamente - ao redor de um minarete e fazer amor debaixo de velas, à sombra do Palácio de Topkapi (com seus ecos de haréns e bailarinas mágicas de outros tempos - de todos os tempos).

P.S. Há que regressar a Istambul rápida-MUITO rapidamente.





(Minhas) inocências essenciais*.

Oração dos Anjos que Curam,
Enviada por Deus através de Miguel, Seu Arcanjo,
Derramai, Anjos Curadores,
As Vossas Hostes Celestiais sobre mim,
E sobre aqueles que eu amo,
Deixai-me sentir a luz dos
Vossos Anjos Curadores sobre mim
A luz das Vossas Mãos Curadoras.
Eu deixarei actuar a Vossa Cura
Como aprouver a Deus concedê-la.
Ámen."


In "Anjos nos meus cabelos", Lorna Byrne


Wednesday, November 21, 2012

Comida para a Alma*.





  1. Antigas Lições Espirituais

    1. Todo efeito tem uma causa,
    a causa é você,
    o efeito é inexorável,
    aja corretamente.
    ...




    2. Não mate,
    ame,
    você tem a força,
    ela é espírito.

    3. Não corra,
    o tempo está do seu lado,
    aumente seu grau,
    você é imortal.

    4. Não deseje,
    compreenda,
    o amor é uma onda,
    deslize calmamente.

    5. Vitalize,
    o prana é seu,
    equilibre a luz,
    o espírito é o grande chacra.

    6. Na trilha da vida,
    domine os seus instintos.
    Uma consciência calma
    é Deus agindo na alma.

    7. Não leve os problemas a sério,
    seja sério.
    O bom humor é o primeiro passo
    para se alcançar a seriedade.

    8. Não se irrite,
    a vida é uma beleza,
    veja o lado bom das coisas,
    o sol vem surgindo.

    9. Você ganhou um presente,
    você é imortal,
    não chore mais,
    a eternidade o fará feliz.

    10. Na porta do sol,
    há uma vibração constante,
    ela é energia pura,
    transmute-a em ouro*.

    11. O ouro da vida
    manifesta-se na cura.
    É a linha branca do amor,
    tratando o doente com brandura.

    12. O espírito evoluído é três vezes grande:
    é energia pura;
    é amor irradiante;
    é consciência coerente.

    13. Nas portas do grande templo da vida
    está a resposta sensata.
    Se abri-las com amor,
    a resposta será fulgurante.

    14. Seja honesto o tempo todo,
    a vida é um grande achado.
    Não se preocupe com a
    incompreensão dos outros,
    você sabe o caminho.

    15. Não desista tão facilmente,
    o caminho é cheio de espinhos,
    seus pés estão sangrando,
    resista! Sua luta é luminosa.

    16. Você não está sozinho,
    a força está com você,
    deixe-a se manifestar,
    vibre seus chacras.

    17. Enterre seu passado,
    equilibre seu presente,
    programe seu futuro,
    faça isso agora!

    18. Não inveje os outros,
    cada um vive uma experiência,
    espere sua vez,
    a onda vai e volta.

    19. Não tolere o mal em você,
    reaja contra os pensamentos negros.
    Repita mentalmente a palavra "LUZ"
    só três vezes: sua alma se acenderá.

    20. Luz no caminho,
    pé na trilha,
    amor no peito,
    conhecimento na alma.

    21. Nunca deseje o mal.
    Esqueça a ofensa.
    Desvie-se da vingança.
    Sua egrégora não é essa.

    22. Você trilha o caminho novamente.
    A reencarnação é necessária.
    Não fuja da responsabilidade.
    Transforme sua carne em luz.

    23. Na fogueira de sua alma,
    incinere suas paixões,
    observe as cinzas que restaram,
    elas são o lado oculto
    de suas vãs aspirações.

    24. Não nomeie embaixadores,
    represente a si mesmo, sempre.
    Compareça ao trabalho espiritual
    e faça o que tem de ser feito.

    25. Você não tem alternativa,
    trilhe o caminho branco,
    você não pode mais fazer o mal,
    já apanhou demais por causa dele.

    26. Não é uma pessoa que você procura,
    é o equilíbrio,
    ele está em você mesmo,
    procure-o e ame-se.

    27. Transporte seu pensamento ao céu,
    mantenha seus pés no chão.
    Viva a vida com precisão
    e alcance a espiritualidade por decisão.

    28. Observe o moinho girando,
    determine sua cor,
    gire seus chacras,
    impulsione a luz sobre o vento.

    29. Ao trabalhador não falta apoio,
    ao destruidor não falta carma,
    ao bom artista não falta inspiração,
    ao bom espiritualista não falta Evolução.

    30. O portal luminoso está aberto,
    a via espiritual está desobstruída,
    não é mais hora de andar devagar,
    entre firme nessa Luz.

    31. Ilumine a si mesmo,
    a corda de ouro é brilhante.
    Abarque o Universo com o pensamento,
    você é o verdadeiro mental.

    32. Equilibre seu emocional,
    sutilize o fogo e a prata,
    transmute em luz branca,
    o Cosmo vibrará.

    33. Viagem luminosa,
    astral destravado,
    corda esticada,
    vôe suavemente.

    34. Não se esqueça de que
    o sentimento é real,
    a paixão é mortal,
    ame com consciência.

    35. A natureza é sabia,
    dotou-o de imortalidade,
    você não tem escolha,
    não pode morrer jamais.

    36. Não há êxito sem luta,
    não há vida sem transmutação,
    não há dor se você quiser,
    não há mal que resista
    a um espírito bondoso.

    37. Toque a luz suavemente,
    adentre o portal da sabedoria,
    encontre a chave da glória,
    promova a suave alquimia do saber.

    38. Devasse as brumas da ilusão,
    ative seu "Olho Frontal",
    irradie luz sobre o caminho,
    os muros sensoriais ruirão
    perante seu olhar luminoso.

    39. O quadro é mutável,
    a evolução é compreensiva,
    a pulsação é constante,
    seja fiel aos seus objetivos.

    40. O jogo está acabando,
    novos horizontes estão surgindo,
    o período glorioso terá início,
    o esforço de agora será coroado de êxito.

    41. A nave da vida está equilibrada,
    o gatilho negro não disparará,
    o canhão do mal está travado,
    a boa obra está aparecendo.

    42. A nau dos heróis é luminosa,
    o coração desses seres é amoroso,
    sua devoção ao Bem não tem limites,
    a fiscalização cósmica está ativa.

    43. Pobres humanos espantados,
    a dor ainda é sua melhor educadora,
    quando amadurecerão?
    Os seres brilhantes estão a observar.

    Oriente e Ocidente unidos na Paz do Todo!

    - Os Iniciados -
    (Recebido espiritualmente por Wagner Borges)

    Obs: Estes textos acima foram extraídos
    do livro "Viagem Espiritual III"
    do prof. Wagner Borges.



Via: Michele Pó.

Tuesday, November 20, 2012

Regresso à Irlanda (workshops, conferência e espectáculo)!

Todos os lugares para onde viagei - até hoje - foram inesquecíveis, cada um à sua maneira e por razões distintas. Mas existem "aqueles" lugares onde as cordinhas da minha alma ficam mais presas, saiba-se lá porquê (domínio da Magia*): a IRLANDA é um desses lugares.
Com o coração em acrobacias de contente, aqui anuncio os meus próximos workshops, espectáculo e conferência (num qualquer café de Dublin - regado a cappuccino quente e a bolinhos...ah, sim: orgasmo do paladar...).
Dublin e Tullamore - no "meu" querido castelo encantado de Charleville.:)
Até já, Irlanda!


Longa jornada: passagem por Istambul.

Pois é: diz que terei de parar umas horas em Istambul (Turquia) para poder chegar até à Rússia do Tolstoy.
Eu que não nasci ontem e tenho em mim alguns dos vícios mais raros do planeta Terra e arredores galáticos já me preparei para a espera. Sei - olho vivo tenho eu - que existe um belíssimo (e caro como diamantes) STARBUCKS (oh, perdição das Perdições!!!) no aeroporto de Istambul. O dilema da minha impaciência (esperar não é o meu ponto forte) fica resolvido. Livro numa mão e uma das especialidades natalícias na outra e tenho o céu a meus pés.

Especiais disponíveis no STARBUCKS mais perto de si: 
Peppermint Mocha, Gingerbread Latte, Eggnog Latte ou Caramel Brulée Latte.

Ah: lindo!

P.S. Leituras do AGORA:

"Terra Sonâmbula" de Mia Couto (como escreve BEM este homem!);
"Picasso´s Mask" de André Malraux (o meu fascínio por Pablo Picasso e sua obra ainda me levam à desgraça, carago...:)


Monday, November 19, 2012

On the road again~~~

Eu, junto a Mata Hari - fotografada pela minha mãe.
A caminho da Rússia (com um belo pressentimento no bolso).
Workshops e espectáculo entre gente linda e de coração quente ("oh, bliss...").
Espero: trabalho sério com risada à mistura, ousadia, desafios e muita empatia-AMOR: para dizer apenas o mínimo.
Ficam com um até já embrulhado num xi-coração apertado.

P.S. Porque (para mim) SER-se conjuga-se no verbo IR.
Viv-indo.:)

A medida certa.

Os desafios não parecem deixar-me quieta um só segundo.
Viajar pelo mundo a ensinar e a actuar é MARAVILHOSO a muitos níveis e exige de mim qualidades até há pouco tempo intactas. O que ensinar e como fazê-lo em formações que são - por norma - tão curtas?! Há tanto para partilhar e tão pouco tempo. Sinto a inspiração cornometrada...:(

*Em primeiro lugar, parece-me sempre essencial encontrar a medida certa na dificuldade que coloco em cada coreografia feita para ensinar - mesmo quando se trata de um grupo de alunos de nível avançado ou profissional. Este material deve ser pensado e estruturado para desenvolver as mais diversas qualidades nos alunos e não para demonstrar o meu eventual talento como coreógrafa. 
Distingo - concretamente - coreografias para o palco e coreografias para o ENSINO. As primeiras servem o público; as segundas servem o aluno-bailarino em formação.

Quando me esqueço do propósito de uma coreografia acabo por elaborá-la tanto que os alunos ficam a apanhar bonés; há que dosear o grau de dificuldade e desafiar as pessoas enquanto lhes damos apenas "um pouco mais" do que podem fazer. 
Se estão a 50%, então há que dar-lhes algo que as puxe para 70%. Já é bom!:)
Se estão a 50% e eu lhes exijo 90%, por exemplo, a coisa fica demasiado dura.


* Também tenho o cuidado (tento JAMAIS me esquecer disto) de desenvolver, nem que seja apenas um aperitivo: a sensibilidade, a expressão, a capacidade de ESCUTAR e se deixar embriagar pela música; a interpretação e a AUTO-CONFIANÇA nos alunos. São tão -ou mais - importantes do que a técnica e a coreografia.

* Dar contexto cultural, religioso-político, HUMANO de cada estilo de dança abordado e ainda bater na cabeça da tendência deprimente da competição entre bailarinos-as. MUITO a ser FEITO: Amén.

***É assim: também se aprende, ensinando e aí vou eu, polindo-me pelas estradas e sentindo que posso cortar o cordão umbilical com a Mãe (Egipto) porque a levo no ventre - literalmente - para onde quer que vá.



Sunday, November 18, 2012

"If you can dream it, you can do it."



O Castelo de Neuschwanstein, mera extravagância de um rei louco ou a materialização de um sonho de um visionário realista?
O castelo de Neuschwanstein é um palácio alemão construído na segunda metade do século XIX, perto das cidades de Hohenschwangau e Füssen, no sudoeste da Baviera, a escassas dezenas de quilómetros da fronteira com a Áustria.
Como castelo de sonho que é, foi adoptado por Walt Disney como símbolo da sua extraordinária fábrica de sonhos e fantasias e ainda como palácio da sua não menos extraordinária Bela Adormecida.
O lema de Walt Disney era “If you can dream it, you can do it”. Esta frase faz-me suspirar porque sou uma eterna sonhadora: sonhar acordada é uma das actividades preferidas.
Agora quem foi a outra pessoa, que ao construir o castelo de Neuschwanstein, entre outros belos edifícios, viveu em pleno o lema ““If you can dream it, you can do it”? Talvez essa personagem peculiar para os padrões da época em que viveu, não o pensasse exactamente por essas palavras, mas o que é facto é que personificou e bem esse tempo.
Apresento-vos Luis II, rei da Bavieira que sobre si afirmava:
"Desejo continuar sendo um eterno enigma para mim e para os outros."
Luis II, nasceu a 25 de Agosto de 1845, sendo portanto um virginiano de signo. Contradição? De forma alguma. Um virginiano altamente influenciado por Neptuno? Provavelmente . Numa combinação extraordinária que lhe dá o extraordinário mérito de ter concretizado os seus sonhos grandiosos. Quantos de nós conseguimos este feito? Quantos de nós temos a coragem e a ousadia para o fazer?
Luis não se identificava com a família, excepto com o avô Luis I outro excêntrico e com a prima a famosa Sissi, outra criatura considerada extraordinária para os padrões da sua época e para o estatuto que detinha na altura. Tal como a prima, detestava as convenções e formalismos da época. Ao invés adorava declamar poesia e assistir a óperas. Foi o patrono de Wagner por quem sentia profunda admiração. Aliás, o nome Neuschwanstein é uma referência ao "cavaleiro do Cisne", Lohengrin, da ópera com o mesmo nome.
Sobre Luis II, disse Wagner depois da primeira reunião que teve com o rei: “Ah, é tão elegante e inteligente, emotivo e encantador, que temo que sua vida derreta neste mundo vulgar como um sonho fugaz dos deuses.
Quando se tornou levou acabou a construção de vários castelos fantásticos com o seu próprio dinheiro. Entretanto, o seu carácter excêntrico e a sua vida opulenta levou a que os seus ministros e grandes da Bavieira duvidassem da sua sanidade mental e da sua capacidade para estar à frente do pequeno reino. Surgiram de todo o lado acusações de violência contra os criados, de homossexualidade, de insanidade mental. Quatro psiquiatras que nunca o conheceram nem examinaram, elaboraram um relatório que assinaram e onde se declarava que Luis sofria de paranóia.
Estava aberta a porta para a sua deposição.

A 12 de Junho de 1886 Luis II foi preso no Castelo de Neuschwanstein, a sua obra grandiosa e a mais famosa. De nada lhe valeu debater-se. A um dos psiquiatras, o Dr. Gudden, autor do relatório que atestava a sua loucura e fundamentava a sua deposição Luis perguntou: "Como pode declarar-me insano? Afinal, você nunca me viu ou examinou antes."; ao que o médico respondeu: "não era necessário, as provas documentais (os depoimentos dos serviçais) são abundantes e totalmente fundamentadas. Isso foi decisivo." Luís foi levado para o Castelo de Berg, às margens do Lago Starnberger, ao sul de Munich.
No dia seguinte a 13 de Junho de 1886 por volta das 18h, durante um passeio nas margens do Lago Starnberger, Luís matou o psiquiatra que o acompanhava no passeio e suicidou-se. Mas terá sido mesmo suicídio? Nos nossos dias as opiniões dividem-se. Há quem afirme agora que a morte de Luís e do psiquiatra que o acompanhava se tratou de assassínio.
Quando soube da morte de Luís, Sissi, visivelmente abalada pela grande amizade que os unia, afirmou:“O Rei não era louco; era apenas um excêntrico vivendo num mundo de sonhos. Eles poderiam tê-lo tratado com mais delicadeza, e assim, talvez, poupá-lo de tão terrível fim."
Anos mais tarde, este tipo de tragédia volta a repetir-se na vida de Sissi, com a morte do seu filho mais velho e da amante dele. Mais uma vez surge a dúvida: Suícidio ou homicídio? Repetição de um karma familiar mal resolvido?
Aqui fica a dúvida e a homenagem a um ser extraordinário autor de obras também elas extraordinárias.
Por ironia do destino, os castelos cuja construção teriam causado ruína financeira do reino, são hoje em dia a principal fonte de renda do estado da Baviera. Os palácios foram doados à Baviera em 1923 pelo príncipe Rodolfo, filho e herdeiro presuntivo de Luís III."

Saturday, November 17, 2012

Excerto de Coreografia-Workshop Om Kolthoum.

Então é assim: raramente permito que filmem os meus workshops e coreografias. 
Esta "mania" - como muitos lhe chamam - deve-se a razões de vária ordem lógica:

1. Não aprecio "mirones" - apenas estudantes e/ou público. Quem está interessado, está presente. Quem me quer ver dançar, venha aos meus espectáculos; quem quer aprender comigo, participe nos meus cursos. Simples.

2. Os vídeos nunca captam subtilezas, expressões corporais (faciais, inclusivamente), expressão e energia - todos elementos que fazem parte de uma aula-coreografia minha. Como a Dança nunca é - para mim - um amontoado seco e vazio de conteúdo e as máquinas ainda não conseguem ser SERES HUMANOS (embora para lá caminhem, para mal dos nossos pecadilhos), sinto que as gravações ficam sempre aquém do que foi feito e partilhado nos workshops.

3. Porque sei que APRENDER é muito mais do que seguir uma coreografia e copiá-la - normalmente, à socapa (ainda por cima). Os vídeos não captam a explicação dos movimentos, do contexto, da expressão, daquilo que a letra da música fala, etc.

Excepção aberta, aqui ficam com um excerto da coreografia - de nível intermédio - que ensinei em Barcelona há dias atrás.
Note-se que esta coreografia foi construída para nível intermédio e com o intuito de desenvolver várias aptidões:
Musicalidade - sensibilidade auditiva;
Compreensão e sentimento de cada frase musical;
Diferenciação entre movimentos pequenos e maiores, mais amplos - de acordo com o que a música pede;
Relação entre a expansão e instrospecção no movimento - também de acordo com o que a música requere;
Pausa e movimento - silêncio e música: como apreender ambos e DANÇÁ-LOS.
Contar uma história através da Dança;
Saber quando minimizar os movimentos e quando deixar que eles se extrapolem: em Om Kolthoum, a diferenciação deve ser NÍTIDA.
Interpretação; subtilezas e outras coisinhas só reveladas a quem estudo comigo - cara a cara. 

Para matar um pouco da curiosidade, basta seguir o link: http://www.youtube.com/watch?v=Zv22VWtJO5s&feature=youtu.be

Thursday, November 15, 2012

Londres, baby!


Depois da Rússia: Inglaterra (Londres,  mais propriamente).
Será nevoeiro e coisas boas à mistura e aquela* luz azulada de Londres que eu vi e pela qual me apaixonei - imediatamente. 

Actuação num grande espectáculo londrino, Workshops (delícias do Folclore Núbio e Mohamed Abdul Wahab - ponte entre o passado e o presente) e a difícil função de jurada numa competição de Dança Oriental.


Espero encontrar pessoas lindas, apaixonadas; ir ao West End e ver bom teatro; sentar-me num café e acariciar com os olhos a chuva que cairá em estado de paz mansa; aprender muito, surpreender-me, deixar-me maravilhar por tudo e todos os que me rodeiam.

Para mais detalhes sobre os eventos em LONDRES, por favor consultem o meu BLOG "Diary of Egypt":