Tuesday, April 30, 2013

Memory lane (acariciando o passado)...

As palavras faltam-me ultimamente.
Viagens de trabalho, o rasgar de um monumental cordao umbilical com o passado (ou parte dele), um respirar fundo que recolhe os frutos plantados, cuidados e colhidos e novas VONTADES que me querem ver (sempre e apenas) CRESCER.
Para que e porque corremos nos? Sei que apenas corro para a expansao de mim mesma e nao ha nenhuma Gloria, Sucesso ou Elogios que compensem esse estado perigoso de estagnacao (mesmo quando se estagna num tronozinho confortavel e lustroso).
Interessa-me a conquista, o desafio, os fios que em mim puxo para chegar, escalar a montanha e merecer cada Vitoria...o resto sao doces (passageiros) que nos ajudam na Caminhada mas que nao valem so por si.

 Recolhi estas imagens que aqui observam de alguns dos variados programas de televisao para os quais fui convidada ao longo da minha carreira. Tirei as fotografias, revi alguns desses programas e constatei algo maravilhoso:

A paixao, respeito, conviccao e Amor que tenho pela Danca Oriental estava la (presente em mim) desde o inicio desta Crivel Jornada.

Nota-se - nesses primeiros passos- a falta de tecnica, conhecimento da linguagem, experiencia, etc. Na verdade, as poucas actuacoes que consegui resgatar dessas aparicoes na televisao sao - para usar um termo simpatico - hilariantes (de tao pobrezinhas que eram). Acaricio essa pobreza e desconhecimento e sei que o AMOR que ja levava no peito compensa pela imaturidade artistica e tecnica.

A forma como divulguei esta Arte, desde a primeira vez que a promovi em publico, parece-te de uma ternura e beleza formidaveis. Perdoo-me todas as ignorancias contidas nesse pontape de saida brilhante e sigo adiante com um orgulho imenso nos Dons que empresto dos Ceus e pelo uso que deles tenho feito.



 Apreciar o passado e com ele aprender revela-se, agora mais do que nunca, ESSENCIAL (exercicio de amor incondicional comigo mesma). Quando revejo a carreira que lancei em Portugal, construi no Egipto e expandi (mais recentemente) pelo MUNDO INTEIRO nao me resta senao sentir-me GRATA e ABENCOADA *(Deus ajuda aqueles que se ajudam a si proprios). Com humildade e calor amoroso me abraco a mim mesma dizendo *(como quem canta): "You have done great, kid...and the best is yet to come..."



 
Para acederem aos "links" de alguns destes programas de televisao, basta clicarem em:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Sunday, April 7, 2013

Workshops, espectáculo e conferência no País Basco, Espanha.



Próximas paragens: Espanha, Inglaterra, Chipre, Ucrânia: o Mundo dançando comigo*

 
Eis as próximas paragens do meu avião com asas de céu:
Espanha, Inglaterra, Chipre, Ucrânia e um muito mais de mundo que o Destino e a escalada sincera ditam.
Honrada com todas as oportunidades crescentes e com a missão de me suplantar a cada passo desta escalada sem fim.
 
Mais informações no meu website oficial:
 

Paris no horizonte ("Cairo by Night" 2014)

 
Paris, je t´aime...
Mais um convite que muito me honra: P*aris, aqui vou eu.:)

Rússia* = Amor.

Porque as palavras me saem mudas nos dias que passam, aqui fica a minha última viagem de trabalho à Rússia através de imagens soltas.
A alegria de ver como os mais diversos países do mundo se interessam pelo meu trabalho e por ele se apaixonam (tanto como eu sou apaixonada por ele) renova-se a cada evento para o qual sou contratada. Ensinar e actuar na Rússia tem, além disso, um sabor especial. A cultura e tradição deste país (com todos os prós, contras e cinzentos que dançam entre os dois) é propícia ao respeito e amor à Arte, especialmente à Dança. Sei* que na Rússia posso inovar, puxar pelas bailarinas, arriscar, ir mais além e voar* e que os alunos e o público me acompanham nessas ousadias artísticas, sensoriais e espirituais.


Para quem viveu anos a aprender e a estimular-se através de fortes e multi-facetadas oposições/obstáculos como eu (no Egipto) é um alívio bem mais do que merecido encontrar países em que evoluo através do apoio, da compreensão, do respeito e do amor - e não do preconceito, da ignorância e da estupidez (desculpem os pleonasmos).

A ética de trabalho, a seriedade, a paixão, o empenho e o ardor com que a criatividade artística arde neste país enche-me de - MAIS - vida, tanta que não me resta outra coisa senão sair do ontem de mim própria e Evoluir.
Os frutos plantados em anos de carreira excepcionalmente bem sucedida e dura (oh yes!) chegam, final e justamente.
Resta dizer: AMO-TE, Rússia.

 
 
 
 

O Mundo* no coração (Málaga, Espanha)


 
Zanguem-se comigo - chamem-me de louca ou conservadora, tendenciosa ou preconceituosa - mas, para mim, Espanha é Andaluzia.
Regressar a Málaga para o Festival "Almárabe" foi mais do que o indizível prazer de espalhar sementes de Dança Oriental/Amor pelo mundo; foi um regresso a casa, um repisar do solo que me viu crescer e um reacender de fogos que jamais deixaram de arder em mim.
Actuações -no espectáculo do festival - totalmente improvisadas com a orquestra "Funun" e com o meu amigo Mohamed el Sayed (que tocou, meio assustado!, um solo de tabla orquestra por mim no momento, segundo a segundo); os workshops cobriram dois temas totalmente distintos um do outro e empurraram-nos a todos (a mim e às alunas) para novas dimensões e visões da dança, do sentimento, da arte e do mundo.
Um comentário do público - em relação à minha actuação improvisada com a orquestra - deixou-me particularmente feliz. Consta que, segundo um casal malaguenho particularmente amante de Dança, eu me pareço (em palco) como as ciganas do Flamenco andaluz. Quem bem me conhece sabe o que este comentário significa para mim (babadíssima).
As pinturas de Pablo Picasso recorridas com o olhar mais atento, a comida e os aromas da Andaluzia (com seus santos católicos teatrais de tão dramáticos que se pintam) passando-me pelas mãos curiosas, momentos de riso, algum medo (sempre a necessária insegurança que me faz avançar, crescer, exigir mais e MAIS de mim e menos dos outros) e a Paixão: omnipresente: potente e frágil mas ardendo sem descanso em cada passo que dou.

Grata por tudo (as palavras saem-me sintéticas, anoréxicas, silenciosas pelos dias que agora passam). Estou-me assim: sem necessidade de palavras, explicações e compreensões: apenas entregue à Vida e abençoada com a lucidez da GRATIDÃO.



Entre dimensões...

Fechando portas ancestrais - unindo pontes há muito talhadas pela minha própria mão de Deus(es) - docemente rasgando o cordão umbilical que me prende a um passado morto e desse rasgar de seda humana me tornar mais Eu: mais Livre.

Percebendo que a Vida é morte - mortes. E que a Sabedoria  - que só a Lágrima acarinhada traz - é ENTENDER com o raciocínio (sem lógica) da Alma que a Felicidade reside na celebração consciente dessas mortes que não são mais do que prenúncios abençoados de Vida - novas Vidas. Deixar cair a lágrima, vê-la rolar pelas pernas do coração e com ela dançar até que o grito de um novo amanhecer de nós saia - brutal, belo, urgente: HUMANO.

Sentindo o significado da Liberdade - aquela que não depende do mundo exterior mas que dorme em nós até ao dia em que tenhamos a experiência humana-divina do que é - verdadeiramente - o Amor.