Friday, August 30, 2013
Thursday, August 29, 2013
Sangue abençoado (ou o regresso ao Útero-Coração)***
Saber-me feita - nascida e permanentemente renascida - dos elementos tem destas coisas (maravilhosas e nem por isso - como tudo o resto): sou limitada e ampliada pela matéria que pelas minhas mãos passa e que moldo, consoante vou sabendo*, que nem barro. As obras de arte - nas quais eu me encontro e que também sou - nascem assim: do barro saboreado com a boca, do ar que bebo, da água que como e dos frutos que respiro: a TERRA é em mim prisão e horizonte infinito.
Assim amanheci em sangue com a revelação de que era - sou* - Sagrada. O cálice que nas Igrejas se diz ser o "sangue de Cristo" visitou-me no banho, num desses momentos tão, aparentemente, ordinários e insignificantes que acabam por esconder o Divino.
O sangue menstrual, a dor da perda (renovação mensal, diária...perhaps!) que ele representa literal e metaforicamente: as DORES da Humanidade transmutadas, esvaídas a vermelho e TRANSFORMADAS em nova VIDA: assim me vi Deusa, anunciação que já se me inspirava e suspirava aos ouvidos. Pergunto-me: virá esta revelação do útero a que regressei?
Dornes foi o nome do pretexto; Susaninha a mensageira-irmã que lá me (nos) levou: GRATIDÃO é o que sinto por ambas, por mim, por tudo (cá me perco neste Mar).
(Não) de repente, VEJO mais claramente que é no meu ÚTERO que navega a chave que buscava, quase distraída. O problema é que, enquanto a buscava, não poderia tê-la achado. É apenas no estado total de RECEPTIVIDADE (não de procura activa) que essa chave se me revela: é apenas regressando a este estado FEMININO do meu Ser (vejo o FEMININO como a CORAGEM de quem está ABOLUTAMENTE RECEPTIVA ao Universo) que a chave* me cai no colo, abrindo portas até agora desconhecidas.
O sangue - o meu - corre-me pelas mãos, numa dança antiga que conheço e amo, finalmente. As perguntas saltitam-me cá dentro, coágulos divinos que brincam num recentemente aberto parque infantil só para Iniciados:
Quantos corações temos? E onde? Sem saber mas SABENDO, vem-me à claridade: no ÚTERO, no SANGUE que me renova e chora a minha morte com tanto amor ancestral e sabedoria: SIM, no útero e do útero me renasço na Vida como na Arte e é a esse útero (o meu, no nosso*) que poderei, se quiser (e como quero) regressar sempre e quando o mundo me parecer distante e adverso; sempre e quando quiser CRIAR a partir da ORIGEM de TUDO, onde o TODO já existe e sempre existiu, esperando manifestar-se através das minhas abençoadas ancas e ventre - sacerdotes disfarçados de corpo.
É ao meu útero - essa "power house" que cria sem esforço e me mata e faz renascer tão frequente e generosamente - que regresso sempre e quando quiser CRIAR e, ao fazê-lo, RECRIAR-ME e RENASCER-ME a mim mesma.
O sangue - o meu - corre-me pelas mãos, numa dança antiga que conheço e amo, finalmente. As perguntas saltitam-me cá dentro, coágulos divinos que brincam num recentemente aberto parque infantil só para Iniciados:
Quantos corações temos? E onde? Sem saber mas SABENDO, vem-me à claridade: no ÚTERO, no SANGUE que me renova e chora a minha morte com tanto amor ancestral e sabedoria: SIM, no útero e do útero me renasço na Vida como na Arte e é a esse útero (o meu, no nosso*) que poderei, se quiser (e como quero) regressar sempre e quando o mundo me parecer distante e adverso; sempre e quando quiser CRIAR a partir da ORIGEM de TUDO, onde o TODO já existe e sempre existiu, esperando manifestar-se através das minhas abençoadas ancas e ventre - sacerdotes disfarçados de corpo.
É ao meu útero - essa "power house" que cria sem esforço e me mata e faz renascer tão frequente e generosamente - que regresso sempre e quando quiser CRIAR e, ao fazê-lo, RECRIAR-ME e RENASCER-ME a mim mesma.
Sorrio para o sangue que canta e dança dentro de mim; desapego-me dele, agradeço-lhe o movimento e o rio vermelho com que me tinge; aceito o novo dia, a nova hora, a nova EU que ele traz.
Neste útero (a Taça, o Graal) eu DANÇO, a partir de agora e mais do que nunca, por saber que é de casa e para casa que os meus passos vão: sábios, sensuais, da terra e do céu, com garras que escavam os subterrâneos (beijando seus vermes e coroando os seus pântanos) e asas que me levam aos céus - dentro de mim, de onde eu nunca saí.
Neste útero (a Taça, o Graal) eu DANÇO, a partir de agora e mais do que nunca, por saber que é de casa e para casa que os meus passos vão: sábios, sensuais, da terra e do céu, com garras que escavam os subterrâneos (beijando seus vermes e coroando os seus pântanos) e asas que me levam aos céus - dentro de mim, de onde eu nunca saí.
A Magia acontece - fora e para além do que as palavras poderiam contar*.
Thursday, August 22, 2013
Pela primeira vez na Eslovénia!***
Da combinação de Saber, Amor, Intuição e muita Fé na Verdade que re-descubro pelo(s) Caminho(s) se constroem os meus sonhos. Se o cume da montanha me surpreende? Nem por isso pois é desse cume que (já) sou feita.
Mais uma honra, mais uma alegria que é, naturalmente, uma das gotas de água que jorram desta minha fonte: tudo está PERFEITO, em harmonia com o que É.
Ensinando na Eslovénia, pela primeira vez. Ainda que o futuro não me pertença (só o Agora é meu), sei como será: encontros feitos de PAIXÃO, DESCOBERTAS e a ALMA da dança egípcia que regressa ao mundo - allas! - depois de tanto tempo escondida por baixo de desertos e medos caducos.
Depois da Eslovénia rumarei à Rússia, depois a Inglaterra, depois, depois, depois...AGORA:
Bora lá, MUNDO!
Porque são infinitas as flores do(s) meu(s) Jardim(ns).
Tuesday, August 20, 2013
Desafio para as minhas irmãs: MULHERES: DEUSAS***
A ideia surgiu de uma bela borboleta (de seu nome Susana Tomás); apaixonei-me (como não é de estranhar em mim) e mergulhei nas águas que ela me trouxe. Eis-me aqui, atirando o primeiro raminho de lenha para esta sagrada FOGUEIRA.
Que o Universo se encontra em profunda mutação nós sabemos - bem demais (ou não suficientemente?); que as Mulheres estão, finalmente, a relembrar quem são também me parece uma evidência ofuscante. Resta apanharmos este comboio e CRESCERMOS com a proposta que agora nos é oferecida de forma tão clara. No seguimento desse RENASCIMENTO do FEMININO, aqui coloco uma pedra singela, amorosa fundação de um novo castelo feito de União e Beleza. Espero que cada uma de vocês, minhas amigas, alunas, seguidoras do meu trabalho ou Mulheres-Deusas ainda desconhecidas, me acompanhem nesta Dança*.
O desafio - para já - é este:
DEFINIR, cada uma à sua maneira, o que significa
SER MULHER ou, simplesmente, FEMININA.
Cada uma de nós terá, imagino, a sua própria definição. O interessante é parar para pensar - e, melhor ainda, SENTIR - o que é que significa SER MULHER. Não me refiro ao que outros nos disseram que deveríamos ser (de forma a encaixarmos nos papéis que séculos de ignorância distraída ou cínica nos atribuíram) mas sim aquilo que NÓS, MULHERES, cremos* que somos ou que nos define e diferencia dos homens, nossos companheiros de Viagem.
Poderão enviar as vossas definições para o meu email: dancemagica@gmail.com ou para a caixa de mensagens do meu Facebook (se ainda não são minhas "amigas", adicionem-se ao meu perfil "Joana Saahirah II").
Aguardo-vos e abraço-vos.
J***.
”Ela tem um desejo de mulher. Desejo de quê? Mas do Todo, do Grande Todo Universal.
(…)
A este desejo imenso, profundo, vasto como o mar, ela sucumbe, e deixa-se nele adormecer. Neste momento, sem lembranças, sem ódios nem pensamentos de vingança, inocente apesar de tudo, ela adormece na planície, confiante e entregue tal como a ovelha ou a pomba, descontraída e aberta, e se ouso dizer, apaixonada. ...
Ela dormiu e sonhou…o mais belo sonho. E como dize-lo? É que o monstro maravilhoso da vida universal, estava nela contido; e para lá da vida e da morte, tudo se mantinha no seu ventre e que ao fim de tantas dores ela deu à Luz a Natureza”
In « LA SORCIÈRE » - O LIVRO de Michelet
Via Rosa Leonor Pedro
Que o Universo se encontra em profunda mutação nós sabemos - bem demais (ou não suficientemente?); que as Mulheres estão, finalmente, a relembrar quem são também me parece uma evidência ofuscante. Resta apanharmos este comboio e CRESCERMOS com a proposta que agora nos é oferecida de forma tão clara. No seguimento desse RENASCIMENTO do FEMININO, aqui coloco uma pedra singela, amorosa fundação de um novo castelo feito de União e Beleza. Espero que cada uma de vocês, minhas amigas, alunas, seguidoras do meu trabalho ou Mulheres-Deusas ainda desconhecidas, me acompanhem nesta Dança*.
O desafio - para já - é este:
DEFINIR, cada uma à sua maneira, o que significa
SER MULHER ou, simplesmente, FEMININA.
Cada uma de nós terá, imagino, a sua própria definição. O interessante é parar para pensar - e, melhor ainda, SENTIR - o que é que significa SER MULHER. Não me refiro ao que outros nos disseram que deveríamos ser (de forma a encaixarmos nos papéis que séculos de ignorância distraída ou cínica nos atribuíram) mas sim aquilo que NÓS, MULHERES, cremos* que somos ou que nos define e diferencia dos homens, nossos companheiros de Viagem.
Poderão enviar as vossas definições para o meu email: dancemagica@gmail.com ou para a caixa de mensagens do meu Facebook (se ainda não são minhas "amigas", adicionem-se ao meu perfil "Joana Saahirah II").
Aguardo-vos e abraço-vos.
J***.
"Aphrodite" by Briton Rivière - via Elizabeta de Lacanne |
”Ela tem um desejo de mulher. Desejo de quê? Mas do Todo, do Grande Todo Universal.
(…)
A este desejo imenso, profundo, vasto como o mar, ela sucumbe, e deixa-se nele adormecer. Neste momento, sem lembranças, sem ódios nem pensamentos de vingança, inocente apesar de tudo, ela adormece na planície, confiante e entregue tal como a ovelha ou a pomba, descontraída e aberta, e se ouso dizer, apaixonada. ...
Ela dormiu e sonhou…o mais belo sonho. E como dize-lo? É que o monstro maravilhoso da vida universal, estava nela contido; e para lá da vida e da morte, tudo se mantinha no seu ventre e que ao fim de tantas dores ela deu à Luz a Natureza”
In « LA SORCIÈRE » - O LIVRO de Michelet
Via Rosa Leonor Pedro
Verão de Amor*
Não estivesse eu numa onda lunar (em estado de vulnerabilidade/receptividade TOTAL) e começaria a pular de preocupação: faltam-me palavras (ou a vontade que as anima) para descrever o que me tem acontecido - tanto profissional como pessoalmente. É como se as palavras não me bastassem ou se tivessem, de repente, revelado estéreis: não me servem ou satisfazem: deixam-me à toa, sedenta e esfomeada: ah, a realidade é tão MAIS do que aquilo que podemos tentar descrever!
E, no entanto, a teimosa caprina que me sustenta avança por terrenos alagados e movediços: este Verão tem sido...tem sido...tem sido...(estão a ver?! Não me sai nada de nada...mais vale VIVER e deixar para lá esta mania de prender o eterno).
Deixo-vos com uma pequeníssima amostra do que tem sido um parênteses milagroso no meio das minhas eternas escaladas de montanha (felizes, vitoriosas, gloriosas no seu propósito para lá do brilho fátuo que os outros lhes reconhecem). Fico em silêncio, banho-me no mar - não me quero separar dele e o Outono que já me chama: ai! - e respiro fundo: sei que sou profundamente ABENÇOADA e SORTUDA: a Vida tem sido, MESMO, uma caixa de tesouros que se derrama sobre mim com incansável generosidade.
Uma vez mais, sinto* (e a palavra de Ordem, talvez a única que me sacia, é SINTO***) que as imagens falam por si, devidamente acompanhadas de refresco de limão, amoras silvestres frescas e um peito com aroma de TUDO onde recostar a minha (louca e lúcida) cabeça.
Friday, August 16, 2013
Sunday, August 4, 2013
Férias de Verão (!!!)***
"(…) Aqui tem você um conselho que lhe poderá servir para a sua filosofia: não force, nunca; seja paciente pescador neste rio do existir.
Não force a arte, não force a vida, nem o amor nem a morte.
Deixe que tudo suceda como um fruto maduro que se abre e lança no solo as sementes fecundas. Que não haja em si, no anseio de viver, nenhum gesto que lhe perturbe a vida. (…)"
- Agostinho da Silva, Sete Cartas a um Jovem Filósofo
Não force a arte, não force a vida, nem o amor nem a morte.
Deixe que tudo suceda como um fruto maduro que se abre e lança no solo as sementes fecundas. Que não haja em si, no anseio de viver, nenhum gesto que lhe perturbe a vida. (…)"
- Agostinho da Silva, Sete Cartas a um Jovem Filósofo
E um PRESENTE divino* enviado pela minha irmã Susana Tomás.
Pérolas "for the Road":
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