Saturday, November 28, 2009




Cairo, dia 27 de Novembro, 2009

“GRANDES NOVIDADES deste lado do Nilo”

Profissionalmente, este ano termina da melhor maneira e com perspectivas MARAVILHOSAS para o ano que já está a chegar (VIVA 2010!!!).

Aqui vão as NOVIDADES às quais deverão estar atentos:

1. Grande Espectáculo de FIM-DE-ANO no “NILE MAXIM”, Cairo.
Espectáculo com orquestra e bailarinos egípcios e, acima de tudo, muita ARTE e LOUCURA à mistura.
Uma autêntica honra para mim devido à tradição de grandes bailarinas que sempre ali dançaram!
*Contactos para reservas da Noite de Fim-De-Ano:
-002 - 012 73 88888


-002 - 011 73 88888


-002 - 010 73 88888


-002 - 02 273 88888


2. Artigo de Joana Saahirah publicado na revista OASIS dirigida pelo Instituto CSA, Cairo (edição de Dezembro de 2009).

3. Workshops em Portugal – Dia 28 de Fevereiro, 2010
“Oriental das Estrelas”, ” Sagats e Ghawazy” e
“Saiidi Pop Moderno”

(ver programa completo no post anterior e PREÇOS PROMOCIONAIS até ao final de Dezembro)

4. Artista e professora convidada – representando o Egipto – do
Festival de Dança Oriental na Colombia - " Latin Arabian Festival" -




Workshops e espectáculo com orquestra do Cairo - dias 30 de Abril, 1 e 2 de Maio de 2010.
Para mais informações, siga os links:
www.saharnicompany.com - Saharni Company (Organization)
latinarabian@hotmail.com
mercadeo@posicionarmercadeo.com
Telef: 057 4 312 04 00






5. Viagem à India, já em Fevereiro – mais uma fonte de inspiração para futuros trabalhos.

6. Espectáculos regulares em 2010 no “NILE MAXIM”, Cairo
Joana ao vivo com a sua orquestra e bailarinos em espectáculos regulares apreciados por egípcios e audiências de todo o mundo (reservas atraves dos contactos ja citados).

7. Aulas regulares de Dança Oriental no Cairo (Instituto CSA, Maadi).
Para mais informações, por favor, contactar Joana S. através do email: dancemagica@gmail.com

8. BLOGUES – “Diários do Egipto” de Joana Saahirah disponíveis no website: http://www.joanabellydance.com/

Relatos dos vários aspectos da vida de uma bailarina portuguesa no Egipto e no mundo (videos, fotografias, inspirações e muito mais directamente do Cairo)

9. Fotos, textos e videos ineditos apenas disponiveis no meu FaceBook (basta buscar e adicionar Joana Saahirah para fazer parte da minha lista de contactos/amigos e ter acesso a todas as infos e imagens)

10. E muitas mais NOVIDADES ainda por revelar...2010 vai ser um GRANDE ANO!


Cairo, dia 28 de Novembro, 2009


Joana Saahirah do Cairo em Portugal -

Dia 28 de Fevereiro (Domingo), 2010

Joana S. é a portuguesa que está a dar que falar no Egipto!
Actriz e bailarina profissional, actua diariamente com a sua orquestra egípcia nalguns dos mais conceituados pontos de encontros culturais do Cairo.

O seu estilo genuinamente egípcio (Alma, alma, alma!) conquistou os nativos do país árabe e os estrangeiros que vêm um pouco de todo o mundo para a ver actuar.

Além da sua actividade como bailarina, coreógrafa e formadora (Joana ministra Dança Oriental e Folclore Egípcio um pouco por todo o mundo), Joana criou os seus BLOGUES “Diários do Egipto” ( versões inglesa e portuguesa no seu website: www.joanabellydance.com ) originando mais um ponto de ligação e entendimento entre o mundo oriental e o ocidental.
Joana ensina regularmente no Cairo e assiste o Mestre da Dança Egípcia Mahmoud Reda em todos os Workshops realizados no Egipto.

Encontra-se, neste momento, a concluir o seu primeiro livro sobre a sua experiência pessoal e profissional no Médio Oriente e a actuar regularmente com a sua orquestra no grande “NILE MAXIM”, Cairo.


PROGRAMA :
Oriental das Estrelas /Folclore pop moderno
Dia 28 de Fevereiro (Domingo), 2010

LOCAL: Clube House, Avenida da Peregrinação, lote 4, 41.1
Moscavide (Parque das Nações, antiga EXPO)

HORÁRIOS:

Das 11.00h às 14.00h - “Oriental das Estrelas” Técnica e Coreografia de estilo Oriental e criação de estilo próprio para cada bailarina

Das 15.30h às 16.30h - Sessão de “SAGATS” estilo “Gawazy” ( pode trazer os seus próprios sagats ou adquirir um par no nosso Bazar Oriental)

Das 17.00h às 20.00h - Técnica e Coreografia de Saiidi Pop Moderno.


CONTEÚDO DOS WORKSHOPS:

* “Oriental das Estrelas“ - Técnica e coreografia com os passos e movimentos das grandes estrelas da Dança Oriental ensinados a partir da experiência que Joana tem acumulado actuando no Médio Oriente - como recriar o que se aprende transformando-o no nosso estilo Único e Irrepetível.

* Sagats - técnica conjugada com dança tradicional das “Ghawazy”

* Saiidi Pop Moderno - Técnica e coreografia (festivo, louco e moderno mas com o sabor do autêntico Saiidi)


PREÇOS:

1 Workshop+ 1 sessão de SAGATS, estilo Ghawazy (3 horas de formação, de manhã OU à tarde + 1 hora de SAGATS ): 50 euros

2 Workshops + 1 sessão de SAGATS, estilo Ghawazy (6 horas de formação, de manhã E à tarde + 1 hora de SAGATS): 70 euros

*Sessão de Sagats, estilo “Ghawazy“: 1 hora (incluido no preço dos outros Workshops )

PREÇO PROMOCIONAL (ATÉ DIA 31 DE DEZEMBRO DE 2009):


1 Workshop (com sessão de sagats incluida): 40 euros
2 Workshops (com sessão de sagats incluida): 55 euros

DATA LIMITE PARA INSCRIÇÕES: 13 de Fevereiro de 2010
Depois desta data, existe uma penalização de 30 euros aplicada ao preço de cada Workshop.

***
BAZAR ORIENTAL:

Exposição e venda de artigos relativos à Dança Oriental em local adjacente à sala onde decorrem os workshops.
Os últimos cds do Egipto, novos trajes e lenços de alta qualidade para bailarinas, sagats, véus , dvds de Dança Oriental e muito mais... aberto das 11.00h às 19.30h a participantes dos workshops e não participantes.
NOVA COLECÇÃO DE TRAJES DE DANÇA ORIENTAL DESENHADOS POR JOANA S. E CONFECCIONADOS NO CAIRO :
Dança com Alma. Trajes com Alma!


***

Formas de pagamento:



Para inscrever-se e garantir a sua participação no evento, terá de efectuar o pagamento do mesmo através de transferência multibanco para a conta com o
NIB: 0007 0075 000 1125 000536
ou envio de cheque ( no caso de preferir enviar-nos o cheque por correio, peça-nos a morada da Dança Mágica )
Após ter efectuado a transferência ou enviado o pagamento, terá de informar-nos a data em que fez a transferência e o nome ( com respectivo email e tm) em que fica efectuada a inscrição através dos seguintes contactos:
joanabellydance@sapo.pt / dancemagica@gmail.com
TM: 00351 - 96 642 7997 (Portugal) /
TM: 002 - 012 258 8817 (Egipto)

****************
Cairo, dia 26 de Novembro, 2009

“Oh, meuje amigoje...não habia nexexidade...ezzz...ezzz...”


“O artista é um bom artista, não havia nexexidade...”

(homenagem a uma das minhas personagens preferidas criadas pelo genial e tão português – no sentido mais amplo e cosmopolita do termo - Herman José)

“Ezz...ezzz....e...zzzzz...”

Foi assim que me apanhei a falar para as paredes depois de mais uma reunião de trabalho “fictícia”. Explico melhor...
No meio da Dança Oriental do Cairo, os grandes trabalhos conseguem-se – por norma ainda que com algumas raríssimas excepções – através de “conhecimentos”, “amizades”, “camas” e tantas outras coisas entre aspas gorduchinhas e apimentadas.

Além deste sistema caótico em que estou inserida, existe também a possibilidade de se ter uma reunião de trabalho às 2.00h da manhã, sentados num clube qualquer entre shishas e chás adocicados. Normal!
Tudo é normal ou...quase tudo...

Se juntarmos uma total intolerância ao assédio sexual (da minha parte) a este caos, temos uma mistura explosiva com resultados imprevisíveis até para o mais pessimista dos Adamastores.
O trabalho parece estar a acumular-se para o fim de ano e um desses potenciais trabalhos passava pela condição de eu me encontrar com o empresário de um grande hotel que requisitou o meu nome.
Até aqui tudo bem.
Dei instruções para se fazer um convite formal ao tal empresário para que venha ao “Nile Maxim” assistir a um dos meus espectáculos.
Que melhor forma de me ver senão no palco?!
Se o assunto que o traz até mim é profissional, a forma mais “PROFISSIONAL” de conhecer-me é vir directamente onde actuo e constatar por si próprio se correspondo ao que escutou sobre mim.

Pois bem...profissional.
Aqui está uma palavra que possui conotações diferentes quando sou eu a pronunciá-la ou quando é um empresário egípcio a fazê-lo.

Para mim, significa estritamente : TRABALHO (neste caso, um espectáculo de fim-de-ano).

Para o empresário pode significar: Trabalho (no qual vai ganhar uma rechonchuda comissão) e/ou encontro romântico durante o qual combinaremos uma ida lá a casa (“Na minha ou na tua?!”) ou simples passar de tempo livre olhando para mim e tirando-me as medidas (já tentei sugerir a bricolage como hobby para os tempos livres destes personagens mas eles não parecem querer ocupar o seu tempo livre com isso...também já sugeri coleccionismo mas foi apenas mais uma sugestão frustrada).

Ora eu não tenho tempo a perder nem paciência para fazer mais uma cena de peixeirada à portuguesa quando me apercebo de que não existe nenhum trabalho de verdade em cima da mesa mas sim a pretensão de que me pode levar para a caminha...tão pouco tenho energia para explicar ao empresário para um trabalho real que não permitirei que se pavoneie comigo em locais públicos em troca de um contrato.

O empresário insiste, até hoje, que o conheça pessoalmente num restaurante chique da baixa da cidade do Cairo.
Eu continuo a insistir que não existe razão para um jantar à luz das velas com um desconhecido num restaurante “retro” da baixa da cidade. O local certo para me conhecer e verificar se lhe interessa o meu espectáculo será única e exclusivamente no “Nile Maxim”, onde eu trabalho.
Segundo a premissa do “bicho”, se me vir a cara e o rabo saberá, automaticamente, se o meu espectáculo tem qualidade (esta é uma qualidade que os empresários experientes e sensíveis adquirem com o tempo. Chama-se INTUÍÇÃO através da vistoria do coiro. Uma qualidade muito apreciada nesta parte do mundo).

Ele puxou a corda para um lado e eu puxei a corda para o outro até entender que não havia nenhum trabalho em questão e que esta era apenas mais uma tentativa de engate barato com a qual os egípcios se vão entretendo no seu vasto tempo de ocio.

“O artista é um bom artista, ezzz...ezzzz....não habia nexexidade.”

Realmente, não havia...mas é este o mundo em que vivo. Que fazer?!

Sigam o link ("piqueno" presente ezz ezz de Natal...Diacono dos Remedios dissertando sobre esta epoca festiva...ahhh...um mimo e simplesmente genial!):
http://www.youtube.com/watch?v=xjqXXGnsfqg

Friday, November 27, 2009




Cairo, dia 27 de Novembro, 2009


"Eu e os animais..."



Ontem visitei um veterinario "chique" com a minha gatinha mais nova que passou de balao insuflado (como aqueles que as criancinhas adoram nas festas de Natal do Circo Chen) a Miss Anorexica!



Luxos de uma bailarina do Cairo.
A maioria dos egipcios nao tem dinheiro para levar os proprios filhos ao medico, quanto mais um animal! Os veterinarios parecem, aos olhos do egipcio comum, uma loucura propria de gente rica que nao sabe o que fazer com o dinheiro.



Eu concluo: uma sociedade que ainda nao respeita os seres humanos nao pode saber respeitar os animais.






O doutor riu-se a bandeiras despregadas ao ver a minha reaccao perante tantos "bifinhos". Gatos, canitos, babies e afim...uma autentica perdicao.


Um gatinho bebe chegou a adormecer em cima do meu peito...demasiado doce e uma sobrecarga para o meu fragil coracao.

Kenzi, a minha baby...

A menina tem, afinal, uma inflamacao nas gengivas e agora tenho de tortura-la durante uma semana enfiando-lhe antibiotico, comprimidos e um "mouth wash" vermelhao pela goela a baixo.


Entre uma sessao de maquilhagem, um ensaio ou uma curtissima noite de sono, ca ando eu as seringadelas espalhando antibiotico pela casa toda.

Tenho orgulho em afirmar que ambas as minhas garotas sao mulheres de pulso firme e dificeis- ou impossiveis - de controlar ("Saem a maezinha delas...:)").






Parecemos dois gladiadores em plena arena mas eu vou atenuando o trauma que estou a causar a crianca dando-lhe beijinhos e falando-lhe mansamente ao ouvido. Espero que isto sirva de alguma coisa...



Cairo, dia 27 de Novembro, 2009


"Aid Mubarak a todos (e a todas as religioes)"


Festeja-se a Grande Festa muculmana (ou, em arabe, "Il Aid Kibir") representando a historia de Abraao e o que esta conta sobre a submissao a Deus e a fe incontestavel no seu Poder e Sabedoria.

Abraao preparava-se para matar o proprio filho -segundo as ordens de Deus - quando se ve poupado desta provacao, recebendo a possibilidade de sacrificar um carneiro no lugar do seu filho. Daqui nasce o "Aid Kibir" e desta celebracao vem o "estado de sitio" em que se encontra o Cairo.

Tal como acontece no Natal dos cristaos, as familias reunem-se e trocam presentes entre si, a maioria do comercio fecha e matam-se carneiros um pouco por toda a cidade.


Hoje despertei com o som do cortar da carne na cave do meu predio e com a visao maravilhosa dos vendedores das peles de carneiro apregoando o seu produto a alta voz em frente a minha casa. Por vezes, sinto que o Cairo nao saiu da Idade Media.

Esta cidade desconcerta-me e encanta-me.


As matancas tiveram lugar ontem e hoje, sexta-feira "santa" para os muculmanos, as familias estao reunidas cortando e cozinhando a carne e partilhando companhia, presentes e, espero eu, amor entre si.

A diferenca entre as religioes desaparece quando assistimos a estas manifestacoes de comunhao e fe em Deus. Parece-me absolutamente obvio e claro que TODAS as religioes falam exactamente do MESMO.


"AID MUBARAK" a todos, de todas as religioes (incluindo aos que nao professam nenhuma religiao).

Tuesday, November 24, 2009

Facebook | Joana Saahirah


Cairo, dia 24 de Novembro, 2009

"Entrevista minha na TVI - Sera que isto se qualifica para "Tesourinho Deprimente"?

Sigam o link que vai dar ao meu FaceBook (cliquem nos VIDEOS e depois no videozinho ao cimo do lado esquerdo da caixa de videos mais a baixo do meu FaceBook):

Facebook Joana Saahirah

Sera que isto se qualifica para o meu primeiro "Tesourinho Deprimente"?!
Ora vejamos aquilo que eu mesma analizarei, ofertando de mao beijada deliciosas criticas maliciosas sobre mim mesma. Directamente do meu coracao, para todos os meus criticos, serpentes e detractores silenciosos:

ANALISE DO VIDEO:

1. Que raio de "look" sera aquele que eu escolhi?! Lencinho de senhora da limpeza e franja a escovinha nao combinam. Se alguma vez me virem de tesoura na mao, por favor, fujam ou enfiem um enorme barrete na cabecita (na vossa, claro esta!).
A minha progenitora que ate estava no estudio comigo devia ter-me avisado acerca deste erro mortal de "styling"! Sera que a conseguirei perdoar por nao me ter surrupiado o lencinho da limpeza enquanto me maquilhavam?! Sera que esta foi a forma mais cruel de ela se vingar por lhe ter dado cabo do juizo com dores de parto interminaveis?! As maes podem ser muito, MUITO crueis...

2. O "Tesourinho Deprimente" tem inicio logo com o riso histerico da audiencia e dos apresentadores que acharam o tilintar do meu lenco das ancas uma coisa hilariante. Escutem bem o riso agudo das senhoras da audiencia...um petisco para ouvidos "gourmet"!

3. Erro comum mas muito deprimente: chamarem-me de Joana BellyDance! Uau!
O Manuel Luis Goucha podera ser um dos meus apresentadores preferidos - sempre foi - mas, desta vez, meteu agua...
O Manuel Luis representa o profissionalismo ja raro na televisao portuguesa. Recordo-me de todas as vezes que me entrevistou com carinho porque ele sempre se mostrou preparado, informadissimo sobre o assunto que ali me trazia e extremamente delicado e competente em todas as ocasioes mas...chamar-me Joana BellyDance foi uma manchinha negra que eu, com toda a admiracao que tenho por ele, tentarei apagar com a lexivia que so penetra nas almas mais puras e permeaveis!

4. Mexer constante das maos enquanto falo. So se podem ver MAOS, MAOS, MAOS e em estilo "rap" ("A Joana nao sabe nadar, yo...") ou em estilo "tia de Cascais". Porque sera que eu nao conseguia estar quieta com o raio das maozinhas?!

5. O apresentador coloca questoes e eu evado-me falando de outras coisas que nao respondem ao que me foi questionado. Normalmente, eu sou bastante concisa e coerente. O que se tera passado?! Teria sido o efeito do lencinho da senhora da limpeza? Ter-me-ia dado a volta a cabeca?!

6. O Manuel Luis diz que sou aventureira por me ter desafiado e ido para o Egipto, seguindo o meu sonho e eu corrijo-o:
"Nao senhor. Aventureira?! Eu sou LOUCA. (Chamemos as coisas pelos seus nomes)."
Ora aqui esta algo que toda a gente devia afirmar perante milhoes de espectadores:
"Eu sou LOUCO."
Assumir demencia mental nao estava nos meus planos mas, por alguma razao que tambem desconheco, assim o fiz.

7. O Manuel Luis pergunta: "Quem confunde Danca Oriental com Prostituicao?"
E eu respondo: "Ah...e tal...a ignorancia."
Ahhh???!!!
Vejamos se entendi. A Sr. Ignorancia - tambem conhecida como sr. Gertrudes para os amigos chegados - confunde a Danca Oriental com a Prostituicao. Ah...muito bem! Agora entendi.
Ahhhh?!!!

8. Mas eis que aqui chega a minha preferida... quando o Manuel Luis me pergunta se ja me apaixonei por algum egipcio, eu respondo que sim.
Quando me questiona sobre as eventuais dificuldades de tal relacao, eu respondo em modo brejeiro (singela homenagem a todas as peixeiras da Povoa de Santa Iria a quem eu admirava desde "piquena" e que aqui imito com todo o carinho).
Afirmo que sempre escolhi a carreira em detrimento de um homem.
Eis a forma poetica como o disse:

"Oh, meu amigo, plantando batatas! Bye. Bye, bye!"

Plantando batatas?! Bye, bye?! Onde sera que eu fui buscar a referencia agricola e o "bye, bye" ao estilo tao peculiar e sofisticado de Zeze Camarinha (essa figura iconica do Absurdo)?!
Ou, melhor dizendo, de onde sera que me saiu esta posta de pescada?!

9. "And the last, but not the least"... As camaras que seguem para a direita quando eu vou para a esquerda e os "close-ups" que se fecham na minha cara quando aquilo que devia ser mostrado era o corpo a mover-se com a musica.

Move a maozinha, a camara segue o pezinho. BOA!
Move a cabecinha com o lencinho da limpeza e a camara segue as ancas. BOA!
Move os olhitos e a camara segue o cabelo. BOA!
A menina danca, a camara foca o cenario. BOA!

NOTA: Deixo a questao a merce de todos VOS, meus queridos criticos:
Isto qualifica-se para "Tesourinho Deprimente ou nao?"

Sunday, November 22, 2009













Cairo, dia 21 de Novembro, 2009












"Mais imagens do meu lado "SUPER MULHER"












Ora bem. Novo dia, novos HORIZONTES.






A vida compoe-se de contradicoes, opostos e impossibilidades "impossiveis" de compreender.






Por isso, reservo-me o direito de me ver como o ser mais fragil do mundo ( a memoria do desmaio subito na minha casa-de-banho ainda nao me abandonou!) e como um ser FORTE que, ate certo ponto, possui pulso firme e determinante sobre a sua propria vida.






Aqui vao mais algumas imagens dos ultimos espectaculos. Prometendo a mim mesma que hoje a noite produzirei melhor ARTE e mais BELEZA do que antes.












Com a PAUSA vem a reflexao.






Com o SILENCIO, chega o espaco no qual SABEMOS MELHOR.






Com a FRAGILIDADE, vem a PAZ e a impotencia necessaria a arrogancias e tensoes desnecessarias.












Hoje dancarei com mais calma, mais tacto e SILENCIO. Gracas a um dia de total enfermidade.






Aqui vai um "preview" do que fui em palco, dois dias atras.






Novas imagens se seguirao, se EU e DEUS assim QUISERMOS.


Cairo, dia 21 de Novembro, 2009


"Regra de Ouro e Humanidade irritante"


Ontem acordei prostrada no chao da minha casa de banho, depois de ter passado a noite toda a vomitar...que maravilha e que maneira tao poetica de dar inicio a este "post"!
Gosto de olhar para mim como uma semi-deusa. Sera a arrogancia de que alguns me acusam?!Talvez...a verdade verdadinha sera sempre uma imagem que eu mesma e outros que me conhecem bem possuem de mim como alguem forte e resistente a todas as intemperies, alguem com controle sobre a sua mente, corpo e vida. Ahhhh...se tudo isso fosse totalmente verdade...



Que bom seria!

Exponho-me a todo o tipo de exastao, pressoes e trabalho continuo sem cuidar como deve ser de mim e esperando que o corpo e a mente nunca parem de funcionar. A Super Mulher em accao.Sempre.


Well...ate ontem a noite.
Acordar desmaiada no chao da nossa casa de banho sem sabermos como la fomos parar pode ter um efeito revolucionario na vida de uma pessoa. Afinal, preciso de descansar. Afinal, sou APENAS um ser HUMANO como toda a gente e a minha maquina tambem vai a baixo quando nao se sente cuidada e apreciada. Afinal, afinal...






Mas nem tanto ao mar, nem tanto a terra:



Vomitar a noite toda, POSSIVEL.



Acordar desmaiada no chao na casa. POSSIVEL.



Ir a um hospital terrivel no coracao do Cairo e ver como existe tao minina diferenca no trato entre animais do campo e seres humanos. POSSIVEL.



Sentir-me totalmente impotente sem energia ou vida nas pernas para conseguir caminhar uns quantos metros. POSSIVEL (mas dificil de aceitar).



Aceitar que estou doente por mais do que UM DIA. IMPOSSIVEL






Aqui vai uma regra minha de OURO:



Nunca permitir a Tristeza ou a Doenca residirem em mim por mais do que UM DIA.



Um dia. Limite intransponivel.



No decorrer desse UNICO dia, poderei dar-me ao luxo de chorar e espernear tudo a que tenho direito. Durante esse UNICO dia, posso arrastar-me com febres amarelas e cor-de-rosa, cair aos pedacinhos e morrer um pouco.



Apos esse DIA ter terminado, NOVA VIDA tem inicio sem direito a choraminguices porque o caminho sera sempre e UNICAMENTE para a frente.




Hoje ainda me sinto fraca mas tenho dois espectaculos MARAVILHOSOS para apresentar a noite e nada me podera deter. A memoria do chao da casa de banho apenas serve para que nunca me esqueca da minha propria HUMANIDADE.
Ainda no seguimento deste acontecimento traumatico para a "Super Woman" em mim, aqui vai um video que eu ADORO da cantora Sade. Ver este video completa o ciclo a que dei inicio quando relembrei que somos todos iguais na nossa fragilidade.
Sigam o link:

Wednesday, November 18, 2009
























Cairo, dia 19 de Novembro, 2009



"Mais shows, mesmo aqui à porta..."























E o "show" continua, como dizia Freddy Mercury (da banda "The Queen" para quem não apanhou a referência).












































1.Preparando novas músicas, como sempre, pensando em programas mais arrojados e ao encontro de quem sou como artista e pessoa.


2. Desenhando e coordenando a confecção de mais trajes de dança para mim e para bailarinas profissionais que mos encomendam (já podem ver alguns dos meus modelos exclusivos nestas fotos, todos estes trajes são da minha autoria).



3. Coreografando dois novos temas para ensinar em Portugal - JÁ EM FEVEREIRO DE 2010 - e no "tour" que farei por toda a Colombia. Prometo DVD disponível dessas mesmas criações.












4. Escrevendo, organizando, lapidando o meu primeiro livro...pedindo a ajuda de todas as Musas (as mesmas que inspiraram o Camões a escrever os "Lusíadas" não estão disponíveis mas outras
estarão!).


5. Cantando, cada vez mais, em árabe. A verdade é que a a Representação, a Dança e o Canto sempre foram as minhas áreas predilectas. Um artista pode exprimir-se através de vários meios e eu encontro nessa fusão um prazer imenso que, ultimamente, tenho posto á prova. Cantar em árabe começa a ser natural para mim. As palavras já começam a sair sem ter de pensar e tudo flui de maneira orgânica. Imenso prazer...



6. Lendo uma obra FANTÁSTICA - "O tigre branco" - do autor indiano Aravind Adiga (não sei se está disponível em português). Preparação para a minha ansiada viagem à India já no começo do próximo ano.
Inshah Allah!




Cairo, dia 19 de Novembro, 2009

“Cairo em estado de sítio, Pilates para masoquistas e Mahmoud Reda (uma vez mais!)


1. Futebol – Nigéria Versus Egipto

Os egípcios partilham várias qualidades e defeitos com os portugueses. Terá sido a ocupação moura que nos deixou na alma determinadas cores inapagadas pelo tempo e pela mistura de culturas de que é composto o sangue lusitano?!

A paixão assolapada pelo futebol (o célebre ópio do povo!) é uma das características que unem os dois países e hoje o Cairo encontra-se suspenso numa neblina de costumeira poluíção (já nem sei que faria aos meus castigados pulmões senão pudesse inspirar tanto mas tanto tubo de escape avariado) e ansiedade.
Grande jogo entre a equipa nacional egípcia e a Nigéria.
Eles têm a Warda (famosa cantora que eu adoro) mas “nós” temos a Om Kolthoum e, como todos os que me conhecem sabem, nada nem ninguém suplanta a minha querida Diva. Como já me sinto meio portuguesa e meio egípcia, a eventual – “Inshah Allah”- vitória da equipa de cá também é vivida com alegria por mim.

Caso o Egipto ganhe este jogo, toda a cidade se encontrará a meio caminho do Apocalipse. As ruas ficam totalmente obstruídas, fogo de artifício é lançado a partir de varandas, lojas e até motociclos sobrecarregados com pessoas (já vi cinco rapazes montados numa mota minúscula) e bandeiras nacionais gigantescas.
A polícia deixa de ter mão no caos e a saída à rua de um comum mortal que não deseje falecer ou ser gentilmente esmagado pelas multidões tornar-se-á numa utopia.
Camiões apinhados de gente e instrumentos de percussão descordenados entre si darão a sonoridade base da noite que não terá fim e um percurso que possa, normalmente, durar 30 minutos poderá chegar a levar 3 horas para se completar ou nunca chegar a concluir-se.

Abasteço-me de mantimentos e planeio fechar-me em casa em hibernação profunda até amanhã, altura em que a febre da vitória - ou a depressão da derrota... – já tenha passado.

2. Pilates para masoquistas

A aula de yoga no ginásio que frequento foi substituída por uma aula de Pilates e ja que me levantei cedo para poder relaxar um pouco, decidi não voltar para casa sem experimentar esta nova modalidade.
A professora era russa e, pelo que já entendi, as professoras russas possuem uma voz aguda penetrante que se intensifica quando falam em inglês e dão instruções.
É bem verdade que os russos sao representados por grande Literatura – meu querido Tchekov – e até Stanislavski ( de quem aprendi tanta técnica de representação enquanto estudava na Escola Nacional de Teatro e Cinema). Os russos ainda carregam o nome de Nijinski (grande bailarino que fez uma aparição como actor igualmente fantástica na minha série de televisão preferida “Sexo e a Cidade”) e a célebre Vodka (nunca bebi!). Trotsky, Karl Marx e tantos outros que contribuiram para fazer o mundo pensar e mudar. Trata-se de gente expedita, inteligente, diria mesmo genial em tantos campos mas...

Quando se trata de aulas de ginástica/dança/natação em ginásios cairotas, posso afirmar com toda a propriedade que as mulheres russas são GALINHAS.
Não falo de galinhas de aviário já domesticadas e dopadas com hormonas e “coiso e tal”...falo de galinhas do campo em pleno poder vocal.
Sento-me no tapete da aula de Pilates grata e satisfeita por experimentar uma modalidade nova. O conteúdo da aula até foi agradável (muita técnica e alongamentos de ballet) e não me posso queixar de ter sido assediada por homens que ali vão apenas para deitar o olho às bifanas.

Não senhor...nada de assédio (GRANDE ponto positivo da aula).
Apenas um rapaz com aspecto saudita que passou toda a aula totalmente imerso nos seus próprios músculos como se fosse uma encarnação de um Deus qualquer.
Penso que os machões devem considerar o Pilates um pouco abichanado demais para os seus insuflados egos. Estica o pézinho em ponta, faz o alongamento da sereia e tal...hhmmmm...SIM, até eu que cresci rodeada de bailarinos (homens e mulheres) executando toda a classe de movimentos concordo que isto é consideravelmente abichanado. Um enorme “piquinho a azedo”, como diria a minha irmã Catarina (nobre descendente da prole poética feminina na minha família à qual a minha mãe preside). Graças a Deus e aos anjinhos pelo lado “abichanado” de Pilates!

O lado verdadeiramente negativo da aula foi a voz aguda e o parlapié contínuo da professora.

O lado “galinha” da mulher russa revelou-se, uma vez mais, insuportável para mim. Não nos esqueçamos que eu sou uma bailarina e que lido com música todos os dias com uma atenção anormal para o comum dos mortais.
Quando não estou a trabalhar, o meu cérebro e os meus ouvidos precisam de silêncio.

S-I-L-Ê-N-C-I-O.
O oposto do da versão galinácea de Dostoyevski.
Por momentos, pensei que as palavras “cale-se só um segundinho!” me saltariam da boca sem possibilidade de controle. Olhei para o relógio várias vezes para ver quando a aula terminava (mau sinal). A professora continuou a dar-nos ordens em tom estalinista e o tom da sua voz subiu e subiu e subiu ainda mais um pouco...
Doloroso.
Se, por alguma razão, eu tiver de caír novamente de pára-quedas nesta aula, certificar-me-ei que existem tampões potentes bem enfiados nos meus exaustos ouvidos.
Esta minha necessidade de manter um estilo de vida o mais saudável possível e cerca dos meus “standards” ocidentais tem dado azo a vários tiros saídos pela culatra.
Deus é irónico.

3. Mahmoud Reda, uma vez mais e sempre.

Mais uma aula com o meu querido Mahmoud Reda no Festival Mundial do Nile Group (a decorrer durante esta semana no hotel Pyramisa). O Mahmoud pede-me ajuda para dar estes workshops mas a verdade é que eu ganho mais do que dou.
Ajudá-lo nestes workshops internacionais é, acima de tudo, um prazer para mim não só pela dança mas também pela alegria de estar com o meu amigo, poder rir-me com ele e continuar a aprender humildemente.

Outro prazer residente nestes workshops é poder ver centenas de mulheres de todas as nacionalidades, idades e estilos unidas num só propósito: crescer através da Dança Oriental.

Uma vez mais, o Mahmoud confiou totalmente em mim e achou que eu não precisava de conhecer a música ou a dança que ele ensinaria antes do evento.
Isto significa que eu fui aprendendo a coreografia pela primeiríssima vez ao mesmo tempo que as alunas a quem estava a ensinar.
Para uma perfeccionista como eu, confesso que esta forma “kamikazi” de dar uma aula me deixa os nervos em franja mas, graças a Deus e à experiência acumulada debaixo das minhas pontes, tudo correu muitíssimo bem.

Mais momentos inesquecíveis a juntar aos infinitos episódios de vida valiosos que já partilhei com o meu querido amigo da Alma.


Nota: Muito agradável receber os comentários de apreço de bailarinas de todo o mundo que vieram ter comigo antes e depois da aula cumprimentando-me pelo trabalho que tenho estado a fazer no Cairo. Algumas delas já me viram pessoalmente em qualquer um dos meus "shows" de cá e outras apenas ouviram falar de mim ou deram uma vista de olhos num dos vários vídeos disponíveis na Internet. Todas elas me incentivaram a continuar e me fizeram sentir orgulhosa, como sempre, do trabalho e sucesso que tenho gozado por cá. Se eu pudesse sentir o mesmo apoio da parte das minhas conterrâneas...ahhh...um sonho ainda por atingir!

Apreciada no Egipto e um pouco por todo o mundo, EXCEPTO no meu próprio país.

Irónico, simplesmente irónico.
Cairo, dia 18 de Novembro, 2009


“Dados curiosos sobre a Peregrinação a Meca e suas contradições”

Viver no Egipto é uma aprendizagem contínua em muitos aspectos.
Diz-se que devemos manter os nossos amigos perto de nós e os nossos inimigos ainda mais perto. Por essa razão, tento conhecer as contradições com que os muçulmanos actuais vivem a sua religião ( a religião muçulmana, como é praticada actualmente pela maioria dos egípcios e árabes opoem-se à música e à dança como actos considerados “haram” ).

Sempre que apanho uma “vítima” (egípcio, árabe, alguém que tenha conhecimentos válidos sobre estas culturas), transformo-me num potencial inspector da “PIDE”. É ver-me de braços cruzados e olhos atentos afilados contra o meu “oponente” que se submete a uma entrevista intensiva sobre a realidade e ilusões de tudo o que aqui nos rodeia.

Hoje apanhei na minha rede uma aluna egípcia (frequentadora das minhas aulas no Instituto CSA) que acabou por revelar dados interessantes sobre a peregrinação a Meca (“il Hagg”, em árabe).
Ela encontra-se em jejum, advento comum para muitos muçulmanos que assim se preparam – espiritual ou materialmente – para a peregrinação que se seguirá em breve.
Contou-me, entre outras pepitas deliciosas, que o negócio da Peregrinação a Meca é controlado por meia dúzia de agências de viagens também elas controladas, por sua vez, pelo reinado da Arábia Saudita.
Só se pode fazer a Peregrinação sendo muçulmano e APENAS através destas agências que ditam preços de hotéis, comida e transporte de cidade a cidade até chegar a Meca. O monopólio comercial de toda a experiência encontra-se nas mãos dos sauditas que fazem biliões de dólares de lucro por ano através da fé ou simples tradição das pessoas.

Recordo-vos que a Peregrinação a Meca é um dos cinco pilares da religião muçulmana. Recebo imensas críticas de muçulmanos que lêem o meu BLOG - versão inglesa - e que alegam que desrespeito a sua religião. O que eu digo é "haram" (já para não mencionar o que eu faço, visto que a DANÇA ORIENTAL é o cúmulo do "haram"), segundo estes iluminados.
Friso sempre que eu questiono a forma como as pessoas vivem a religião e o que elas fazem em nome dessa mesma religião e NÃO o Sagrado Corão ou o Profeta Mohamed (nunca critico o que não conheço e assumo-me como uma ignorante no Livro Sagrado do qual apenas li algumas passagens e em inglês).
Aquilo que a Religião Muçulmana dita e aquilo que os seus seguidores fazem, na prática, são coisas diametralmente diferentes e frequentemente opostas.

Li algures uma frase genial que dita : "Temos religiões suficientes para nos ensinar a fazer guerras mas não temos religiões suficientes para nos ensinar a viver em Paz e Amor uns com os outros."
Aquilo que se tem feito em nome de todas as religiões NADA tem a ver com o cerne dessas mesmas religiões ou com o seu sentido e objectivos. A RELIGIÃO não se deveria tratar de PODER ou interesses económicos mas sim de qualidade de VIDA e HUMANIDADE.


Esta viagem - supostamente, PEREGRINAÇÂO com um significado e efeito espirituais – deve ser feita uma vez na vida por todos aqueles que tenham saúde e meios (bling, bling, bling....dinheirinho no bolso!) para tal.
A minha aluna referiu também que nenhuma mulher muçulmana pode fazer a Peregrinação sozinha antes de perfazer 50 anos (idade em que possa ser considerada carta “fora do baralho” em termos de potencial sedutor). Ela terá de ser acompanhada por um homem da família (irmão, marido ou pai) o que significa uma despesa mínima de 40.000 libras egípcias (uma fortuna para o nível de vida no país).

Isto leva-nos a pensar em duas coisas deliciosas e perversas:

1. O facto de uma mulher só poder viajar acompanhada significa duplo lucro para as agências de viagens e para o país que monopoliza o negócio.INTELIGENTE (matreiro e feio mas inteligente).
Significa também que nem toda a gente faz a Peregrinação em busca de Purificação e Paz de espírito. Haverá minaretes em busca de rabos de senhora, prontos a saltar-lhes para cima à mínima oportunidade.

2. Agora pergunto eu: quem é que paga 20.000 libras egípcias para ir assediar senhoras vestidas de branco para a Arábia Saudita quando o podem fazer de graça nas ruas do Cairo?! MUITO POUCO INTELIGENTE (igualmente matreiro e feio, sim senhores...mas muito pouco inteligente).

Tal como acontece em Fátima (Portugal), em Santiago de Compostela (Galiza) ou em Lourdes (França) – só para mencionar alguns famosos santuários e destinos de peregrinação – aquilo que deveria ser uma viagem interior para reconectar-nos com Deus (ou o nosso lado espiritual, como lhe queiramos chamar), transforma-se num negócio milionário explorado por espertalhões à custa da ignorância e desespero de tantas pobres almas confusas, perdidas ou em busca de Paz.

A separação entre ESPIRITUALIDADE e RELIGIÃO torna-se cada vez maior face ao que observo entre os meus companheiros seres humanos, sejam eles muçulmanos, cristãos, judeus ou “whatever”...

Sunday, November 15, 2009



Cairo, dia 15 de Novembro, 2009

“Compras à ocidental”

Ir às compras no Cairo pode significar muitas coisas.
Existem todo o tipo de mercados para todo o tipo de bolsas.
Como bailarina no activo, tenho de me abastecer constantemente de tecidos e materiais variados “baladi” e “made in Egypt” mas também tenho de comprar maquilhagem e coisitas que se podem considerar ocidentalizadas.

Hoje fiz compras num moderno “shopping mall” à beira do Nilo e senti-me quase, quase, no Ocidente. “Starbucks”, franchising the várias lojas de roupa que se podem encontrar em Milão como em Nova Iorque e o desejo de que ninguém “me fritasse a paciência” (sonho arrojado para quem circula diariamente no Cairo!).

Poderia ter estado em Portugal ou em Inglaterra não fossem os seguintes sinais óbvios de que, surpresa SURPRESA, estou no CAIRO:

Seguranças e polícias à fartasana totalmente inúteis e sem nada para fazer senão assediar mulheres transeuntes (qualquer coisa que se mova e use saias);
TODO o centro comercial com os olhos postos em mim sem razão aparente. As ajudantes e vendedoras das lojas saem dos seus postos de trabalho para me fitarem de cima a baixo e comentarem entre si, bem como os rapazes e homens de todas as idades que por ali circulam e trabalham (trabalham?!).
O Sagrado Corão tocando por todo o Centro Comercial como pano de fundo. Sem comentários.
Homens perseguindo-me nos corredores do centro comercial sem que ninguém intervenha ou o encare como algo estranho.

Ahhhh...o prazer de fazer compras...indescritível!
Eu que nem sou uma fã de compras, acabo por evitar ao máximo ter de entrar em centros comerciais por estas e outras razões. Já me exponho todas as noites e em tudo o que concerne o meu trabalho. Gosto que a exposição TERMINE onde termina o palco e as luzes. Ser observada e perseguida onde quer que vá mesmo fora do meu âmbito profissional começa a ser demasiado para os meus já frágeis nervos.
Se algum egípcio que saiba português estiver a ler o meu BLOG neste preciso momento, por favor, mas POR FAVOR, diga aos seus conterrâneos para se ocuparem de assuntos mais produtivos que não o rabo do mulherio.
PLEASE!
As mulheres egípcias e de todo o mundo agradecem.
Cairo, dia 14 de Novembro, 2009

“Sayeda, a história real de uma sonhadora perdida”


Isto é mesmo à séria.
História real mas com o nome da protagonista trocado para não ofender, mais que tudo, a minha própria consciência ( a verdadeira protagonista desta história só fala e lê árabe e, por isso, seria pouco provável que viesse a tomar conhecimento da sua história pessoal assim exposta aos olhares e juízos de estranhos).
Costumo dizer que basto eu e a minha consciência para nos sentirmos mal o suficiente. Assim sendo...aqui vamos.


“Era uma vez...no país onde as Pirâmides de Gizé ainda sobrevivem empoeiradas...”

Vivia uma senhora egípcia que sonhava ser artista.
Sayeda ainda pode recontar às centenas de vezes a história dos serões a que o seu avô músico presidia, serões esses que se transformavam em autênticas tertúlias musicais estendidas pela noite fora.
Os dedos do avô percorrendo aquele instrumento mágico que a levava, a Sayeda, até outros mundos bem mais perfeitos e onde tudo estava em PAZ.

Sayeda alimentava o sonho de ser artista como o seu avô.
Não sonhava casar-se, como a maioria das meninas egípcias faz desde que começam a conhecer-se por gente. Ela sonhava ser ARTISTA.

Não interessava exactamente em que área mas sim ARTISTA pois esta palavra mal amada pelo seu povo atado a tradições e ignorâncias várias trazia com ela uma idea escondida de LIBERDADE e EXTÂSE (ambos conceitos perigosissimos nas sociedades arabes actuais).
O avô não viveu tempo suficiente para ensinar Sayeda a tocar alaúde.

Quando cumpriu 7 anos de vida, a mãe avisou-a em tom ceremonial que hoje seria um dia especial, o dia em que ela se transformaria numa “senhora respeitável”.
Levaram-na com a ajuda de outras mulheres da família até uma casa contígua e aí lhe excisaram o clítoris sem a mínima piedade pela dor ou os gritos lancinantes que ela lançou a um Deus que a parecia ter abandonado.
A pequena Sayeda recorda o frio da pedra do cháo onde a sentaram à força.

Recorda as mãos quentes de Inferno de uma criatura gorda e suada protegida pela sua monumental “galabeya” e “hijab” na cabeça.

Recorda o momento em que a mãe e a avó lhe agarraram as pernas e as mãos sussurrando palavras de apaziguamento nos seus ouvidos confusos.

Recorda, acima de tudo, o primeiro corte ácido de uma lâmina enferrujada passando pelo seu mínimo clítoris, despertando-a para uma realidade estranha que, até aí, havia sido silenciada: Cada mulher nasce com um “mal” a ser eliminado!
Sayeda pensou, atordoada: Como podia ter a sua mãe permitido tamanha dor e como poderia ela tê-la traído?!

Infecções, dor infinita e um sentimento ainda infantil (mas sábio) de que uma parte essencial do seu Ser lhe tinha sido roubado, eliminado sem piedade.
Que crime poderia o seu corpo ter cometido para merecer um castigo destes?!
Lacerado, mutilado a frio com uma lâmina de barbear sob o olhar atento da sua própria mãe (também ela circumcisada), longe de toda a alegria e prazer de viver.

Mulheres de várias gerações já tinham passado pelo mesmo ritual. Uma geração parecia castigar a próxima como forma de se manterem juntas no mesmo barco de dor eterna. Um elo de dor e frio ligaria assim, para sempre, mulher a mulher. Corpo mutilado a corpo mutilado.

O seu pai respirou de alívio. As mulheres da família ulularam em conjunto lançando agudos “zagareet” que soaram pelo prédio inteiro. As vizinhas saberiam que a sua pequenina Sayeda era, a partir de agora, uma criatura pura, livre das tentações da carne. Embora Sayeda apenas tivesse 7 anos, as experientes mulheres da família sabiam que nunca era cedo demais para “cortar o mal pela raíz” e assim o fizeram sem peso aparente na consciência.
Nessa noite, comeu-se “molokheya” feita a preceito e cozinha pelas mesmas mãos que, momentos atrás, tinham eliminado mais um pouco da sujidade feminina deste mundo.

Quando Sayeda dançasse – em casa com outras mulheres ou para o seu futuro marido – fá-lo-ía com esmero, controlo e alguma tristeza patente no olhar.

Quando cozinhasse, repetindo receitas imutáveis transmitidas pela mãe, a sua comida saberia a cubos de gelo e raiva.

Quando se deitasse na cama partilhada com o marido, cumpriria estoicamente o seu “dever de esposa” sem mostrar um prazer suspeito que só se vê nas mulheres perdidas da vida. A dor de um clítoris inexistente e suas feridas nunca totalmente cicatrizadas encarregar-se-íam de lhe dar a dor que mulheres de tantos milénios carregaram. O corpo de delito. A Eva que caíu e fez caír em tentação. O sexo “fraco” que precisa de ser controlado e mutilado para que se transforme num “animal selvagem moldado, controlado e enjaulado”.

Sayeda daria um ou mais filhos varões ao seu marido e depois, “Inshah Allah”, uma rapariga para ajudá-la nas lides da casa.
Tudo isso fazia parte do destino natural (?!) de cada mulher.
A ordem não se questiona e, muito menos, aquilo que dizem que Alá disse ao profeta Mohamed, louvado seja o seu nome.

A partir daquele dia, o perigo de verem a sua filha perdida num futuro abraço de um homem tinha sido drasticamente reduzido.
(O prazer sexual feminino sempre foi tabu nas sociedades árabes sendo pressuposto que este pertence exclusivamente ao homem e que a função do sexo feminino é dar-se APENAS ao seu marido e com fins reprodutivos. Apenas prostitutas e mulheres “desviadas” retiram prazer do sexo.)

Sayeda habituou-se a essa desconfortável ferida permanente nas suas partes “impuras” como se de um peso na consciência se tratasse.
Mas peso na consciência porquê?! Que crime teria ela cometido?!
Assim pensava para si mesma a sonhadora Sayeda.

Sempre que Sayeda proferiu a palavra ARTISTA em sua casa, a resposta que recebeu foi uma reprimenda conjunta e valentes chapadas ecoando no fundo da sua alma.
A família recusou, dia após dia, ano após ano, a possibilidade de ver Sayeda caindo numa vida de desgraça, libertinagem e desvios múltiplos.
Durante a noite, ela sonhava com as actrizes dos filmes que passavam na televisão do café do Sr. Mahmoud. Revia na sua mente as danças de bailarinas flutuantes, o som da flauta e do acordeão, o aroma de liberdade e prazer que já lhe havia sido roubado...

Sayeda cresceu afirmando a pé juntos que seria artista, mesmo contra a vontade da família e a solução que a última encontrou foi casá-la com um homem trinta anos mais velho e recentemente regressado da Arábia Saudita onde dizem ter acumulado substancial fortuna.
Um homem maduro e sábio que, não só ofereceria um generoso dote aos pais da noiva, como a cobriria de jóias e a sustentaria até ao fim dos seus dias.
“Que mais poderia ela esperar?! Que mais poderia “qualquer” mulher esperar?!
Um marido que lhe desse um lar confortável, bonitas roupas, quem sabe até perfumes da Arábia Saudita?!”


Sayeda opos-se ao casamento com este homem que vinha da terra do deserto absoluto.
O seu irmão, numa tentativa desesperada de proteger a honra da família, ameaçou com ares de total seriedade que a mataria com as próprias mãos se ela enveredasse pelo caminho das “artes” e recusasse a dádiva de Deus que era este casamento.

“Não permitirei que o nome da nossa família seja arrastado pelo chão apenas porque Sayeda deseja ser “livre”. Livre para fazer o quê?! Para que quer uma rapariga ser livre?!
Para passar as noites em cabarets, fumando e bebendo com homens estranhos. Livre para se deitar com este e aquele.A liberdade para uma rapariga é o mesmo que o pão para um esfomeado. Ela não saberá onde e quando parar.
Além disso,os artistas são todos prostitutas, proxenetas ou vagabundos. Eu não permitirei que ela nos arruine.”


O noivo arrastou as suas peles caídas e a sua montanhosa barriga até à casa da jovem noiva estendendo à sua mãe ouro suficiente para casar um elefante com uma pomba. O brilho do ouro entregue ofuscou todos os presentes,excepto os de Sayeda.
Seria ela quem teria de se deitar na mesma cama com aquele corpo estrangeiro, cansado e feio. Seria ela e não a sua família, a despertar a cada manhã sob o respirar ofegante de um marido ansioso por procriar e dar azo ao desejo insaciável que lhe diziam ser apanágio exclusivo do sexo masculino.

Nada a fazer.
Ainda pensou em fugir de casa mas...para onde e com que meios?
Caso a polícia a apanhasse, ela seria imeditamente devolvida aos pais e ainda teria de sofrer com o assédio dos próprios polícias que deduziriam estar na presença de uma prostituta (só uma prostituta foge de casa em tais condições).
Aceitar a morte pelas mãos do irmão?!
Reflectiu no meio de lágrimas de lamentos inacabados. A sua mãe tinha sido “casada” da mesma forma, bem como a sua avó e tias...todas as mulheres que conhecia. Todas elas o tinham feito e sobrevivido.

Sayeda casou no “Aid” que encerra o Ramadão. O aroma doentio do degolar de carneiros confundiu-se com o seu próprio sangue na noite em que o marido a tomou nos braços para deflorá-la num acto de posse e propriedade totalmente assumida.
Dor aguda. Resignação ancestral. Silêncio forçado e apatia. Assim nascia a arte da mentira que também ela aprenderia a dominar como única arma de sobrevivência.

Nas fotografias existentes dessa noite memorável, Sayeda vê-se séria e com olhar morto. O noivo parece excitado com o novo brinquedo adquirido e ambas as famílias sorriem num ar protocolar que fala de solidão partilhada.

Lembra-se de ter despertado numa casa estranha onde agora ela teria de permanecer servindo um novo amo: o seu marido.
Ele saía para trabalhar deixando-a seminada e na ânsia de receber o primeiro filho varão. Ela olhava-o da janela do seu quarto partindo no seu carro luxuoso em direcção a uma mundo que não lhe pertencia a ela, mas aos homens como o seu marido.

Sayeda nunca deixou de sonhar em ser ARTISTA. Esse sonho vive com ela como um suspiro escondido e, irremediavelmente, suprimido.
Olha para a vizinha do lado. O marido daquela obriga-a a trabalhar fora de casa, enquanto ele passa o dia deitado na cama fumando “shisha” e cigarros, bebendo chá atrás de chá e comendo às custas da mulher. Quando essa vizinha não lhe traz os cigarros “Cleopatra” que ele gosta de fumar, Sayeda pode escutar o baque das tareias que este lhe dá.
A sua vizinha sai de casa todos os dias expondo-se num mundo feito de homens para homens e regressa a casa ao final da noite – sabe Deus de que trabalho, pobre criatura! – para ser recebida por um marido cruel que espera ser alimentado e vestido como um recém-nascido.

Quando Sayeda olha para o lado e observa a vizinha, dá graças a Deus pelo marido que tem e, em momentos de fugaz desabafo consigo mesma, chega a considerar a sua mutilação como uma marca de dignidade e boa ventura.
Talvez Deus a tenha “recompensado” pelo facto de ela ter sido purificada pelas mãos suadas daquelas mulheres cruéis. Talvez o seu destino não seja, afinal, tão negro como parecia ser.
Afinal, ela é mulher e que outras opções se lhe deparam?! As asas de uma mulher parecem ter sido feitas para serem cortadas.

Sayeda revolve as pulseiras de ouro que o marido lhe trouxe da sua última viagem à Arábia Saudita e presta uma atenção infantil ao seu tilintar de fonte fresca.
Dá à luz tres rapazes recebidos com alegria e suor.
Sorri suavemente enquanto o marido lhe fala de uma nova esposa vinda “express” da Arábia Saudita.
Respira de alívio. Já não será a única a suportar o corpo velho e negro do seu marido. Outra mais nova vítima partilhará esse fardo.
Ela sorri novamente perante uma situação que poderia aterrorizar tantas outras esposas.
Pede mais pulseiras de ouro ao marido. Ele cede ao pedido porque é generoso e um bom esposo.

Ambos esperam a nova esposa com ansiedade. Outra mutilada. Outra propriedade coberta de ouro, ilusões e sonhos perdidos.

O lado verdadeiramente positivo da chegada da nova esposa encontra-se no tempo livre que passa a ter para estar com os filhos, dormir sozinha e em paz e fugir, subrepticiamente, até ao café do senhor Mahmoud onde ainda se podem avistar os artistas que, outrora, ela admirou e invejou.
Melhor ainda...
Agora que a nova esposa está na sua casa, Sayeda ousa pedir ao marido uma televisão com todos os canais possíveis e imaginários para que ela e uma filha que ainda venha possam continuar a sonhar.

Ele cede novamente. A televisão e os múltiplos canais chegam com o peso de uma consciência ligeiramente desperta.
Ela olha para o marido enquanto este ressona no sofá depois de se ter deitado com a nova esposa.
Uma benção de marido...
E o sonho continua.

Wednesday, November 11, 2009

Cairo, dia 11 de Novembro, 2009

"Mais espectaculos e vontade de TRANSFORMACAO"



Mais uns flashes dos ultimos espectaculos.
Dizer que estou entuasiasmada sera eufemismo. Estou em brasa, literalmente!




Cairo, dia 11 de Novembro, 2009





"Sera que me transformei num homem e ninguem me avisou?!"





Estando rodeada de homens e de um meio hostil e altamente competitivo como o mercado da Danca Oriental do Cairo, habituei-me a ser mais forte do que os fortes.




Os homens que me rodeiam admiram-me, assediam-me, temem-me e por ai fora...eles proprios afirmam que eu sou mais homem do que os "homens" (o que, provavelmente, quer dizer que eles sao um pouco "rabicholas" ou que lhes falta as qualidades que, normalmente, se associam a sexo masculino e das quais eu partilho por uma questao de personalidade e de sobrevivencia).

Freud diria que tive uma infancia dificil com um pai ausente - o que corresponde a verdade! - e os meus colegas de infancia podem atestar que, de facto, eu batia no pessoal todo (especialmente, nos rapazes). Uma terrorista disfarcada de querubim de olhinhos azuis!
Hmmmm...isto explica muita coisa!


Mais dificil que tudo sera conseguir permanecer HUMANA e, ainda assim, defender-me de tantos ataques e armadilhas. Um coracao fragil significa MORTE certa no ambiente em que me movo. E eu, com este coracao de mel que chora a vista desarmada de cachorrinhos bebes ou de uma simples borboleta ca ando tentanto representar o papel da "durona".



A verdade verdadinha sera, melhor dizendo, que sou um caldeirao de extremos que se encontram de forma explosiva: num minuto, sou a pessoa mais sensivel do Universo.
No minuto seguinte, se assim for necessario, transformo-me numa rocha impenetravel.





Hoje cheguei a conclusao que me transformei numa criatura estranha entre o homem e a mulher - nao, nao se trata de uma hermafrodita! - e soube tambem que sou totalmente YANG, de acordo com os sabios chineses.


Da lista que se segue, la estou eu a 100% em todas as caracteristicas do YANG e apenas no "humido" do YIN, o que tambem diz imenso sobre mim (nao, nunca fiz xixi na cama!).


Sera que estou desequilibrada??? Nao era suposto todas as mulheres serem predominantemente YIN???


Vejam a lista e confiram se estao tao desequilibrados quanto eu!






Cairo, dia 11 de Novembro, 2009




"Mais imagens que falam por mil palavras..."
















Eu, fazendo aquilo que me trouxe ate aqui. O meu Destino e Amor MAIORES.




Depois de tantos sacrificos, suor, lagrimas invisiveis e tormentas, ao Sol brilha cada vez mais recompensando-me por tantas batalhas. A guerra nao esta ganha mas sinto que a Vida esta do meu lado e oferecendo-me os frutos de TUDO o que plantei.








Gratidao e ALEGRIA profundas.








Assim me sinto.



Cairo, dia 10 de Novembro, 2009



"Sabedoria para colocar em practica"



Cheguei a poucas, muito poucas conclusoes ate hoje. A frase que melhor me definiria vem de um "antigo" amigo meu chamado Socrates (nao o actual presidente da Republica e celebre impostor mas outro, bem mais antigo e bem mais sabio, o Socrates filosofo que viveu no sec.V A.C. da fertil Grecia antiga): "SO SEI QUE NADA SEI."

Esta frase resume-me ate a mais infinita particula do meu Ser.


O mundo perdeu uma filosofa - ou professora de Filosofia - e ganhou uma ARTISTA. Se o Destino nao tivesse querido ser ironico e generoso comigo, eu teria entrado em grande na Universidade Classica ou na Nova frequentanto o curso de Filosofia no qual entrei imediatamente. Quis a Vida - e a minha luta pessoal, como sempre - que eu entrasse com louvor para o Conservatorio Nacional de Teatro e Cinema. Esse golpe de "Sorte" (?!) definiu tudo o que se seguiria...


A fantastica experiencia de vida que tenho acumulado ensinou-me que FILOSOFIA ou qualquer tipo de teoria ou Sabedoria nao valem NADA se nao forem colocadas em pratica.

O exercicio da Filosofia sera, antes de mais nada, aprender a USAR a cabeca nas suas mais diversas funcoes (mental, intuitiva, racional e irracional).

Aprender a QUESTIONAR, a COMPREENDER e a VIVER MELHOR.


Assim sendo, tento colocar em pratica o Conhecimento que chega ate mim.


Aqui vao perolas de Sabedoria que podemos vivenciar. Entre o peso do Destino e o peso das nossas proprias maos -ambos construtores do nosso percurso de Vida - existe tanto que podemos fazer.






"A vida tem um lado claro e um lado escuro, pois o mundo da relatividade e' composto de luz e sombras.





Se voce deixar que os seus pensamentos se ocupem com a maldade, voce tornar-se-a feio.

Veja o bem em tudo e voce observara a qualidade da beleza."

Paramahansa Yogananda, "O Mestre Disse"





"Nao se ocupe com os defeitos dos outros.

Use o po magico da sabedoria para manter limpas e impecaveis as dependencias da sua propria mente.

Pelo seu exemplo, outras pessoas sentir-se-ao inspiradas a fazerem a sua propria limpeza interior."


Paramahansa Yogananda



"Eu nada espero dos outros;

Logo, as suas accoes nao se podem opor aos meus desejos."


Swami Sri Yukteswar, "Autobiografia de um Iogue"




"Mantenha no seu intimo um santuario secreto, onde nao sera permitida a entrada das oscilacoes de humor, das aflicoes, das lutas ou da desarmonia. Todos os sentimentos de odio, vinganca e desejos em geral devem ser deixados do lado de fora.

Neste refugio de paz, Deus visita-lo-a."


Paramahansa Yogananda , "Licoes da Self-Realization Fellowship"




"A libertacao do homem pode ser definitiva e imediata, se ele assim o quiser;

nao depende de vitorias externas mas internas."


Paramahansa Yogananda, "Autobiografia de um Iogue"









Friday, November 6, 2009



Cairo, dia 6 de Novembro, 2009



"Video e fotos meus em accao..."






Aqui estou eu em preparos de palco vivendo o meu Destino ("nasibi", como se diz em arabe) e sendo feliz. Para terem acesso a mais fotos de palco (e muitas outras) terao de se inserir na comunidade de contactos do meu FACE BOOK. Serao todos Bem Vindos!





Mais um video que foi feito por um amigo querido anteontem (fresquinho, fresquinho!).














Sigam o link:

http://www.youtube.com/watch?v=91zq80j7Oc8