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Friday, April 20, 2012


A minha doce gratidão para as Mulheres que participaram no 3º Workshop de Dança Oriental do Cairo!


Acredito firmemente que as pessoas CERTAS se juntam no tempo e lugar certos. Não existem coincidências,parece-me...as Mulheres bonitas que se juntaram a mim no Workshop desta tarde ignoraram, por instantes, a instabilidade vivida na famosa "Praça da Libertação" ("Middan Tahrir") e deciriam APRENDER e SER FELIZES.
Enquanto se gritava por um personagem ridículo de seu nome Abou Ismail (uma das figuras teatrais do extremismo religioso muçulmano e do Real Clube da Estupidez Atroz), nós entrávamos dentro do nosso corpo e de lá arrancávamos, suavemente, a Alma.

SOU feliz quando sinto mulheres unidas no propósito de CRESCER e serem MAIS LIVRES, CRIATIVAS e CORAJOSAS. E é esse o propósito principal do meu trabalho no ensino da Dança Oriental.
Grata pelo evento e pelo que de secreto***e BELO lá se partilhou.
Perguntam pelo próximo e eu respondo, entusiasmada: já vem a caminho, como o vento primaveril que tudo renova.


Hoje é O DIA!


É fácil ficar viciada no que me faz crescer e me surpreende. Se há quem goste de estagnar e se sentar, comodamente, no seu pequenino trono de certezas e conhecidos, eu sou todo o contrário. Nasci cigana e morrerei cigana, ávida de novas paragens, gentes, mentalidades, paixões, experiências.

Ensinar Dança Egípcia a mulheres egípcias começou como uma ideia de amigos (homens!) para a qual me empurraram até que escorreguei e lá caí, surpresa por me sentir tão feliz.
Enquanto o extremismo religioso cresce na mesma proporção da estupidez generalizada (que já não era pouca!), enquanto homens barbudos e de calos na testa povoam o Cairo e mais mulheres se transformam em "Ninjas" sem corpo, personalidade, voz ou Alma, eu remo contra a corrente. Sempre o fiz, afinal! Nada de novo nesse departamento.

O retorno recebido das Mulheres que se atrevem a RE-aprender a sua Dança é maravilhoso e (quase)inexplicável. Hoje ACONTECE o 3º Workshop de Dança Oriental para as Mulheres do Cairo. Sei que aprenderei com elas, tanto ou mais do que lhes ensino. E a elas me unirei nessa fraternidade - nova para mim - onde não existe competição, deslealdade ou invejas. Só Amor, aprendizagem, brincadeira, criatividade, prazer e LIBERDADE.
Brindemos a isso!

Thursday, April 19, 2012


Só para Mulheres.

Ou reminiscências de uma adolescência histérica que contou com ridículos episódios de desmaios e gritinhos diante de posters dos "New Kids on the Block".
Ryan Gosling. Olha... porquê?! Porque sim.
Belíssimo Actor. Belíssimo Homem. Capa do livro e história que lá vem dentro.
Como diria uma irmã Lilith (Susana Vitorino), esta agradável criatura causa-me piquinhos nos sítios mais indiscretos.
Como sou generosa e partiho sempre o que me INSPIRA, aqui fica o registo.

Suspiros (de adolescente, está claro!)...

Tuesday, April 17, 2012

O que a maioria das senhoras egípcias/árabes pensam que eu, enquanto "rakasah", faço com os seus "homens"!



P.S. Eu sou o gato amarelo e o homem é o pobre gato preto, preso nas minhas sedutoras garras.
Sem comentários.

Josephine Baker actuando em Nova Iorque depois de uma ausência de vinte e cinco anos dos palcos.
Por Eve Arnold.

(A PAIXÃO...presente nesta imagem. A OUSADIA. O(s) NERVO(s). Gosto muito e muito faltam, hoje em dia.)

Sunday, April 15, 2012




Apanhada com a boca na botija (seja lá o que isso significa!).








Já comentei sobre o meu queridíssimo ginásio cairota e suas idiossincracias próprias de uma cultura às avessas...


Ginásio só para meninas, como manda a tradição, e muita coisa que nada tem a ver com exercício físico.


Raparigas de maquilhagem, jóias e salto alto tentanto correr na passadeira, intermináveis coscuvilhices, telenovelas turcas a alto som, aroma a cozinhados que se preparam na recepção do estabelecimento e mais umas quantas ocorrências estranhas que desafiam até o mais motivado atleta.




Assim sendo, admito: sou o Rambo lá do sítio. Surpresa das surpresas: vou ao ginásio para praticar desporto (!!!!!!!!). Por isso, sou pouco dada a convívios para meninas que não têm mais nada que fazer senão cochichar, comer e uivar de dor quando são levadas ao mais mínimo esforço físico.




O único momento tipicamente "feminino" a que me dou direito é o do abençoado banho turco, depois do meu treino. Sou rapariga de calores e trópicos. Sinto-me bem sob o sol, a humidade, as Caraíbas e seus vizinhos. Meter-me naquele quartinho sobreaquecido depois de duas horas de árduo trabalho físico sabe-me muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito bem. Tão bem que até me dá para cantar.


Preferência para os clássicos do jazz que conheço de cor graças ao meu vício musical denominado "Billie Holiday".




Por norma, uma empregada fica à minha espera à saída do banho turco, tipo dama de companhia da realeza de séculos passados, facto este que me irrita para lá da conta. Há qualquer coisa de feio no acto de esperar que outra pessoa nos calce os chinelos, nos bajule e enrole numa toalha quando já passámos dos dez anos de idade (excepção feita se tal ocorrência se der com alguém do sexo masculino e da MINHA ESCOLHA). Que sim, que o colonialismo ainda persiste no inconsciente colectivo do Egipto e que a maioria das dondocas egípcias QUER este tipo de tratamento mas eu sou campónia e disso me orgulho. Não gosto de criados que me limpem o traseiro, me apapariquem como se tivesse cinco anos de idade e sigam com olhos de açor cada um dos meus movimentos. Sou menina crescidinha e posso cuidar de mim, muito obrigada!




Mas já se sabe que o Egipto não faz agrados a quem quer que seja. Sabendo disso, como pude supreender-me quando, à saída do dito banho turco, encontrei empregadas e clientes do ginásio à porta do mesmo, encantadas por me ouvirem cantar lá dentro?!


Sim, diz que sim. Ouviram-me cantar dentro do quartinho maravilha e abancaram por lá, usufruindo do espectáculo como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. Vá lá não terem trazido bandeirinhas com o meu nome e isqueiros acesos para criar ambiente...vá lá...




Timidamente, pedi lincença para passar por entre as pernas extasiadas das minhas novas admiradoras. Elas trincavam amendoins, bebiam refrigerantes e comentavam - por entre dentes - que bem que ela canta!


Sorri, escondi-me debaixo do chuveiro caladinha que nem um rato.




P.S. Apesar de tudo, adoro o Egipto, esta Quinta Dimensão onde o humor e o terror se encontram com desarmante frequência.


Monday, April 9, 2012



O 3º Workshop de Dança Oriental do Cairo

está a chegar...






"It was just one of those things...one of those crazy flings..."Assim começa uma famosa canção de jazz que adoro.

E foi assim mesmo que começou este projecto de ENSINAR, ANIMAR, RE-EDUCAR as Mulheres do Cairo para a sua própria música, dança, cultura e AMOR-PRÓPRIO (todas inter-conectadas).



Não foi fácil convencer-me e a ideia partiu de amigos (homens, curiosamente). Estar, permanentemente, fora da agora tão badalada "zona de conforto" é interessante e ampliador mas cansativo. Já me bastam os desafios em que estou metida, actualmente, e aqueles dos quais venho, ainda sem fôlego... a pressão de dançar em público com audiências que esperam ver sempre o Melhor***, ensinar em Festivais mundiais onde as expectativas sobre mim são cada vez maiores, escrever o meu próprio Livro sem saber bem como (mas sabendo bem PORQUÊ) e por aí fora...porque havia eu de meter-me em mais esta aventura?!


Diria o nosso génio Fernando Pessoa num slogan publicitário que criou para a marca "Coca-cola": "Primeiro estranha-se, depois entranha-se." Foi assim.


O que aprendo com as mulheres de cá é tão precioso quanto o que lhes ensino. E se elas querem aprender, meus Deuses...se querem!

Aí estaremos, mais uma vez. Respirando fundo, renovando crenças que me ampliem a mim e a outras mulheres. Construindo amizades improváveis, quebrando alguns dos meus próprios tabus, CRESCENDO, afinal...




Abençoada. Feliz.

Tuesday, April 3, 2012




Página dedicada às
Mulheres do Egipto!

Ao que organizarei para elas, o que com elas partilharei sobre outras Mulheres que Constroem, Criam, Lutam pela sua Dignidade e direito à Liberdade.

Página dedicada a eventos mensais que conceberei para elas, para as unir, inspirar e trazer ao de cima o Melhor que nelas reside.
A aventura começou, por ideia de amigos (homens, curiosamente) com uma "Noite Oriental só para Mulheres~". Depois veio o primeiro Workshop de Dança Oriental com um sucesso supreendente (o segundo é já esta 6ª feira) e agora a Página que será, de coração, um lugar de CRESCIMENTO mútuo, apoio carinhoso das iniciativas de VALOR que mulheres espalhadas por todo o Egipto levam a cabo.

O que se semeia com amor, CRESCE. Esta página e os eventos que nela se divulgarão é prova disso. O Futuro do Egipto está nas mãos das Mulheres e de um novo estatuto que elas mesmas terão de reclamar para si. Sinto-me honrada por fazer parte deste RENASCIMENTO.

Com Amor***, do Nilo~~~~~~

Sunday, March 25, 2012



Isadora.




“ Em música há três tipos de compositores: aqueles que compõem uma música académica, que buscam e dispõem, através do seu cérebro, uma partitura virtuosa e subtilmente efectiva que se dirige da mente aos sentidos. Despois estão aqueles que sabem traduzir as suas próprias emoções através do som, as alegrias e as penas dos seus próprios corações, criando uma música que apela directamente ao coração do ouvinte e que produz lágrimas pelas recordações que evoca (…).Por último estão aqueles que, inconscientemente, escutam com a sua alma algumas melodias de outro mundo e são capazes de expressá-la em termos compreensivos e agradáveis aos ouvidos humanos.






Do mesmo modo, há também três tipos de bailarinos: primeiro, aqueles que consideram a dança como uma espécie de habilidade de ginástica, composta de impessoais e graciosos arabescos; depois, aqueles que, mediante a concentração da sua mente, levam o seu corpo ao ritmo da emoção eleita , expressando um sentimento ou uma experiência recordada. E, finalmente, estão aqueles que convertem o seu corpo numa fluidez luminosa, rendendo-se à inspiração da alma.









Este terceiro tipo de bailarinos compreende que o corpo , forçado pela alma, pode converter-se num fluido luminoso. A carne faz-se luz e transparência, como se a víssemos através de raios X, mas com a diferença de que a alma humana é mais leve do que estes raios. Quando, no seu divino poder, possui completamente o corpo, converte-o numa nuvem luminosa em movimento e desse modo se pode manifestar em toda a sua divindade. (…)
Imaginem então um bailarino que, depois de largo estudo, devoção e inspiração, alcançou tal grau de compreensão de que o seu corpo é simplesmente a a manifestação luminosa da sua alma: o seu corpo baila de acordo com uma música escutada interiormente , numa expressão procedente de outro mundo, mais profundo. Este é o bailarino verdadeiramente criativo, natural mas não imitativo, falando em movimentos a partir de si mesmo e de algo maior do que todos nós.”
Isadora Duncan in : “A arte da dança e outros escritos”




Lilith está de volta!






Tem de estar. O seu regresso é urgente.


Consoante assisto, dia a dia, ao acentuar de tendências ditas "religiosas" extremistas e o consequente crescendo de repressão, ignorância, bloqueios de toda a ordem, sei que a URGÊNCIA deste regresso a casa grita alto e a bom som.




As Mulheres egípcias, em particular, levam dentro de si um imenso POTENCIAL criativo que tem sido, uma e outra vez, calado, esmagado e assassinado sob a mão de uma sociedade desumanizada onde o PODER FEMININO é visto, assumidamente ou não, como um perigo à "ordem pública". O CORPO da Mulher é "haram" (proíbido por Deus), o movimento que ele produz é "haram", a voz da Mulher é "haram", a circulação da Mulher em locais públicos ou na presença de homens que não sejam os seus proprietários legais (pai, irmão ou marido) é "haram". Parece que a própria EXISTÊNCIA da Mulher é "haram". Incomoda. Assusta. Envergonha sabe lá "Deus" porquê.


Não é por acaso que a Vida me empurra, sábia e ironicamente, para o trabalho de Dança Oriental com MULHERES EGÍPCIAS. Tal aventura jamais me havia passado pela cabeça...o meu mundo é, predominantemente, masculino e sinto-me perfeitamente confortável nele.

Saindo da minha zona de conforto, ousando ir contra o sistema egípcio que cala e imobiliza as Mulheres, vejo-me feliz com a ousadia de ENSINAR DANÇA ORIENTAL EGÍPCIA às EGÍPCIAS e, nesse processo, aprender com elas.




Lilith renasce do subterrâneo de cada Mulher que encontro. Ela aparece, de cabeça fora das águas ancestrais do SENTIR feminino, quando colocamos o corpo em movimento da forma orgânica, transparente e LIVRE que a Dança Oriental nos ensina.

Em cada cara de uma Mulher egípcia, vejo a sombra de Lilith rindo às gargalhadas face à ignorância que arrasta o feminino para a mais criminosa passividade. Rio-me com Lilith, através destas BELAS Mulheres que se re-descobrem através da Dança Oriental. Vejo-lhes o corpo adormecido reagindo, em extâse, à música e os sentidos despertando do seu longo sono de condenado sem justa causa. Reparo no PRAZER redescoberto no próprio corpo de cada uma delas, na mente que se une à sua alma e da Alma que se confunde com o seu Corpo.




Lilith sente que é ESTA a hora de renascer das cinzas pois é no meio da mais completa escuridão que a Luz mais se necessita.



É com imenso prazer e honra que sirvo Lilith (em mim e nas Mulheres com quem me cruzo) e lhe dou a mão para que, uma vez mais, ela possa ser COMPREENDIDA, AMADA, VIVIDA.



No Egipto. Como no Mundo.

Saturday, March 24, 2012



Colírios.



Johnny Depp.

Geminiano como eu.

Talentoso, humilde, engraçado, invulgar, original, lindo, inteligente e ainda...


Assumo as minhas quedas. Todas.

Esta é uma delas.

Ai!!!!!!!!!!!!!

Suspiro.

(Coisa de "gaja").


(Grata à Susana Vitorino por partilhar este colírio).






Ensinando Dança Egípcia às Mulheres egípcias...


(e aprendendo com elas, enquanto o faço).






Quem diria?!



É mesmo assim: uns caminhos levam a outros, ainda mais inesperados do que os primeiros.


Quem diria que, um dia (recém-chegado) eu estaria a ensinar Dança Egípcia às egípcias?!


Já não foi ousadia suficiente estabelecer a minha carreira como bailarina no Cairo e daí correr o mundo, espalhando aquilo que sei, intuo, sinto, descubro pela caminhada fora?


Abro-me a todas as possibilidades que me ampliem enquanto ser humano, artista e formadora ao mesmo tempo que aprendo, com uma serenidade "relativa" inédita em mim, a identificar as invejas, cobiças e más energias sobre mim lançadas descartando-as com um riso largo e estridente.


Assim acontece o meu segundo WORKSHOP de DANÇA ORIENTAL para as MULHERES do CAIRO ( com a 2ª Noite Oriental no forno, a ser amorosamente preparada), evento com o intuito sincero de RESTITUIR o AMOR PRÓPRIO em cada Mulher e de DESPERTAR o feminino egípcio para o SAGRADO presente na sua dança ancestral.


Creio que esta nas maos destas Mulheres salvar a sua música, dança e a si mesmas. Eu serei apenas uma feliz e grata mensageira desse processo de RENASCIMENTO, tão urgente quanto a DEMOCRACIA e a LIBERDADE no Egipto...


Uma vez mais, o desafio apresenta-se GRANDIOSO: combater a mentalidade vigente que condena Dança Oriental e bailarinas como mensageiros de Mefistófeles não é tarefa para meninos do coro.


No entanto, acredito no PODER da convicção que me nasce da Alma e é sempre a partir desse lugar divino que eu danço, ensino, escrevo, VIVO.





2º WORKSHOP de Dança Oriental para as Mulheres do CAIRO:


Dia 6 de Abril na Escola Dansation.

Mais detalhes na minha "Joana Saahirah of Cairo" Fan Page do

Friday, March 16, 2012

























WORKSHOP de JOANA SAAHIRAH em PORTUGAL:


DIA 19 de MAIO, LISBOA.
Tema: ORIENTAL POP EGÍPCIO, A SENSUALIDADE da "Bint il Balad".


A Dança saída directamente das ruas VIVAS do Cairo, entre a Tradição e a Modernidade/Liberdade!


Pela primeira vez, ensinarei ORIENTAL POP egípcio (técnica e coreografia) de Dança Oriental moderna, "shaaby", "baladi" e uma linguagem gestual/corporal assimilada por mim através das MULHERES EGÍPCIAS que ainda mantêm o amor às suas raízes.






***Horário:


Dia 19 de Maio (Sábado) das 11h às 13h e das 15h às 18h.






***Programa:



Música e Dança POP egípcia. Técnica, expressão e contexto cultural do Egipto actual, coreografia e interpretação. Espécie de "street dance" egípcio, resultado da observação e experiência pessoal/profissional que adquiri vivendo com este povo.


Reunião de Dança, posturas e gestos do quotidiano egípcio, interpretação da música com o sentido de humor, sensualidade e jogo tão próprios da MULHER EGÍPCIA. O Egipto feminino em forma de DANÇA. Arte e brincadeira, "flirt" e auto-confiança com algum piri-piri "(felfel")!!!
Eis o primeiro resultado do trabalho que comecei a fazer com as MULHERES de cá. Enquanto lhes ensino Dança Oriental, a minha, elas ensinam-me a DELAS.



***Local:


INIMPETOS-Escola de Actores (Rua de Campolide, 27 A-Lisboa, perto do Centro Comercial das Amoreiras).


* Telf.:/Fax:213 157 815


*Email: inimpetus@netcabo.pt




***Preços:


PROMOÇÃO até dia 15 de Abril: 45 euros pelas 6 horas de formação.



65 euros para inscrições a partir de 16 de Abril até à data do evento.






***Forma de Inscrição:

Para inscrever-se no evento basta efectuar a transferência inter-bancária do valor relativo ao mesmo para o nosso NIB: 0007 0075 0001 1250 0053 6

Depois de ter efectuado a transferência, pedimos o favor que nos avise da mesma através do email: dancemagica@gmail.com ou do telemóvel: 96 642 7997

Alem do aviso da data da transferência e nome em que foi feita, pedimos que apresente o talão da mesma no dia do evento.




*** Organização:

Joana Saahirah do Cairo

http://www.joanabellydance.blogspot.com/

http://www.joanamagica.blogspot.com/

Encontre mais informações sobre

Joana Saahirah of Cairo no Face Book e no Youtube!



Comendo POESIA...

Nem todo o corpo é carne.






« Nem todo o corpo é carne... Não, nem todo.

Que dizer do pescoço, às vezes mármore, às vezes linho, lago, tronco de árvore, nuvem, ou ave, ao tacto sempre pouco...?

E o ventre, inconsistente como o lodo?...

E o morno gradeamento dos teus braços?

Não, meu amor...

Nem todo o corpo é carne: é também água, terra, vento, fogo...

É... sobretudo sombra à despedida; onda de pedra em cada reencontro; no parque da memória o fugidio vulto da Primavera em pleno Outono...

Nem só de carne é feito este presídio, pois no teu corpo existe o mundo todo! »


Natália Correia

Por: Rosa Leonor Pedro

Natália Correia morreu a 16 de março de 1993 - faz hoje 19 anos... ***

Thursday, March 15, 2012



Uma simples ida ao ginásio.



Nada, desde o mais quotidiano gesto ao mais significante evento da vida no Cairo, parece estar isento de uma marca cultural que me surpreende, anima, frustra ou choca.


Uma simples ida ao ginásio pode ser um desafio à força de vontade de qualquer Rambo que se preze.

Nos ginasios ocidentais, encontram-se estímulos ao exercício físico, palpáveis nos canais de televisão sintonizados, na música que ecoa, na actividade e energia do local, na atitude da maioria das pessoas que ali vai para, afinal, EXERCITAR-SE.

Se tudo fosse tao simples por cá...

No ginasio que frequento, reservado a mulheres (tipo "Clube do Bolinha" aplicado ao feminino), os estímulos ao exercício físico são nulos e as contradições estão por todo o lado.Os canais de televisão estão sintonizados em telenovelas sírias ou turcas de fazer chorar as pedras da calçada. Nada de música para animar a malta a mexer-se que diz que isso cansa muito, pa! E faz suar, o que diz que é um nojo e borra a maquilhagem.

Mulheres enfeitadas de jóias, envergando os seus telemóveis colados aos ouvidos, caminham langorosamente entre máquinas e pesos sem a mínima intenção de usá-los. O aroma a bolos acabados de coser invade o ginásio, vindo da cafeteria onde, em vez de "snacks" saudáveis, se vendem guloseimas e bebidas gaseificadas (sim, há muito boa gente que bebe Coca~Cola e familiares enquanto finge que se exercita). Criancas correm pelo recinto, berrando e instalando o caos, sob o olhar permissivo e orgulhoso da suas mãezinhas.

As treinadoras de serviço, igualmente langorosas e preguiçosas até à medula, escondem-se nos seus cubículos em amena cavaqueira com amigas e a venda de maquilhagem e "tupperwares" substitui aquilo para que serve o ginásio: PRATICAR EXERCÍCIO FÍSICO.

Ao lado destas mulheres, eu pareço uma mulher do Paleolítico, descabelada, sem maquilhagem ou enfeites, suada e com a atitude de quem se lança a um ringue de boxe.
Transformada em Rambo, coloco os auriculares do meu aliado IPOD, rezando para conseguir abstrair-me deste meio ambiente pouco ou nada estimulante. Mais um teste à minha força de vontade e concentração. Mais um...






P.S. Embora seja irritante, faz bem à alma aprender a ACEITAR as diferentes formas de vida, as incompetências de cada um e o seu olhar - ou dormir - sobre a Vida.

Tuesday, March 13, 2012



WORKSHOP de JOANA SAAHIRAH em PORTUGAL: DIA 19 de MAIO, LISBOA.


Tema: ORIENTAL POP EGÍPCIO,

A SENSUALIDADE da "Bint il Balad".



O programa será disponibilizado, brevemente, neste blogue.


Sunday, March 11, 2012




Ensinando/Relembrando Dança Oriental às maravilhosas Mulheres do Egipto.






O que acontece quando uma estrangeira - diz que sou eu - tem a ousadia de, não só dançar para egípcios e com egípcios mas também presumir que pode ensinar-lhes a sua própria dança?


Definamos o termo: prefiro a palavra RELEMBRAR porque, no fundo, as mulheres deste país carregam a memória genética e de alma do que foi e é, na verdade, a Dança Oriental.




Ainda bem que meti o medo no bolso e o coloquei a dormir com palavras mansas.


O workshop de Dança Oriental que dei, este Sábado, aqui no Cairo recebeu mulheres egípcias - maioritariamente - algumas estrangeiras. Eu esqueci-me que também sou estrangeira e tratei de ensinar-lhes tudo o que sei, de expência, estudo e alma. A sua reacção não poderia ter sido mais surpreendente e amorosa: completamente disponíveis e curiosas por aprender, estas lindas Mulheres entregaram-se à Dança como um pássaros que sonham VOAR há demasiado tempo.


Ganharam asas, as SUAS asas. Talvez aquelas que lhes pertencem mas que alguém lhes amarrou atrás das costas da ignorância.




Para mim, foi extremamente emocionante ver cada uma delas florescendo, conforme se movia e SENTIA*** a música no corpo.


"Temos de nos embebedar com a música e não ter vergonha do nosso corpo...também ele é divino e criador."


Elas entenderam-me, sentiram-se, assimilaram-me a mim e ao legado que pretendo transmitir-lhes.




Embora, como estrangeira, tenha passado pelo preconceito de quem julga que "bailarinas estrangeiras não sentem a música como as egípcias...parecem marionetas.Bonitinhas mas sem conteúdo algum e por aí fora....", a verdade é que - quando rodeada de mulheres egípcias - elas não me fazem sentir estrangeira mas uma delas, guiando-as em direcção a si mesmas.




Lindo demais verificar como uns simples pares de horas de introdução à Dança Oriental podem ter um efeito MÁGICO e TRANSFORMADOR em relação a estas lindas Mulheres.




A convicção de que esta Dança é um veículo saudável e urgente de REVOLUÇÃO da Mulher Egípcia persiste na minha mente, fortalecendo-se ao passar de cada experiência.


Através da aprendizagem desta Dança, estas Mulheres re-conectam-se os seus corpos, mentes, coração e alma, deixando de usá-los para atraír a atenção masculina mas para se sentirem bem com elas mesmas.




Através desta arte antiga, quase destruida e distorcida, elas começam a perder a vergonha das suas formas, da criatividade e sabedoria que o corpo encerra, do PRAZER a que têm direito, da alegria de DANÇAREM para si próprias sem querer agradar a quem quer que seja.




Novos mundos, força, criatividade e coragem se abriram, diante dos meus olhos, no decorrer do Workshop. Cada mulher, única. Cada flor, abrindo as suas pétalas ainda temerosas mas ávidas de sol e água.




O ambiente não podia ter sido melhor: em vez da competição e invejas entre mulheres, aquilo que conseguimos foi uma UNIÃO, camaradagem e AMOR à toda a prova. O poder que esta música e dança possuem sobre estas mulheres é MILAGROSO e perigoso para quem deseja mantê-las submetidas a um sistema patriarcal onde elas servem apenas para servir e procriar.




A missão expande-se para além dos limites que eu havia avistado, inicialmente. Já não são só os meus espectáculos por cá que contribuem para a DIGNIFICAÇÃO desta ARTE que amo mas também, de forma muito especial***, o trabalho específico com as Mulheres deste país, autênticos poços de potencialidades, inteligência, sensibilidade e força.




O que ficou, em mim, deste primeiro Workshop para as mulheres egípcias: um coração palpitante, entusiasmado, com propósitos renovados e reforçados. Mais um caminho de Luz...para o qual sou desafiada.


Saturday, March 10, 2012



- Vai!...Vai!...Chegou a hora!



Vai unir-te às humilhadas filhas da noite, tuas ...irmãs!



Ao som dos tambores do sangue ide acordar a Grande Mãe!



Quebrai o vidro tumular em que o tirano coroado de louro aprisionou a sua augusta ira!



Chegou a hora!



Libertai a fúria exilada nos cristais do seu sono milenar!



Chegou a hora!



Com o tirso do ódio excitai as matilhas do instinto!



Lançai as ágeis cadelas de Lyssa aos calcanhares do déspota solar!



Que o seu poder decline e o cadáver seja de novo oferecido à vingativa rapina das bacantes!






In : A MADONA de Natália Correia
Via: Rosa Leonor Pedro



Por qué las mujeres no se han liberado todavía?







"Una de las razones por las que las mujeres no se han liberado todavía es que no pueden formar una fuerza juntas: se compadecen del hombre; pero su compasión no se dirige a las demás mujeres.


Con las demás mujeres tienen una relación de celos, a ver si tienen ropa mejor, si tienen mejores accesorios, si tienen un buen coche, si tie­nen una casa mejor. Su única relación con otras mujeres es una re­lación de celos.Pero si toda mujer está celosa de las demás mujeres, natural­mente esta es una de las causas de su esclavitud...


No pueden formar una fuerza juntas; de otra forma, constituyen la mitad de la gente del mundo, podrían habérselas arreglado para liberarse hace mu­cho tiempo. En cualquier momento que quisieran liberarse no ha­bría nada para impedírselo.


Ellas son sus propios enemigos.Una cosa que toda mujer debe recordar es que el hombre las ha dividido de una manera tan astuta que nunca puedan formar una fuerza. Estan celosas unas de otras; no sienten ninguna com­pasión las unas por las otras. Prefieren sentirla por los hombres, y menos por su marido, por supuesto! Tiene que ser el mari­do de otra".


Osho


Via: Rosa Leonor Pedro


MULHERES & DEUSAS

Thursday, March 8, 2012



Lua cheia que celebra as Mulheres.




Hoje.

Deveria ser sempre.

Homenagem sentida à FORÇA contida na assumida fragilidade feminina, mais parecida à água que contorna e ultrapassa montanhas do que ao ímpeto infantil dos que julgam poder ir contra a corrente para onde a VIDA nos leva.Celebração feita às Mulheres que me inspiram, servindo de exemplo da AUTENTICIDADE, CORAGEM, LUTA do BEM e BELEZA que gosto de ter como hábitos meus.




Celebração em relação à minha mãe que, à sua maneria imperfeita e sincera, fez de mim TANTO do que sou. Admito, com amor e admiração, que me espelho nela. Nesse espelho onde me miro, vendo a minha mãe, encontro tesouros genéticos que dela herdei:




1. Ancas e "derrière" fartos, poderosos e criativos.



2. Feições parecidas (com uns olhos azuis que fui buscar a parte, até hoje, desconhecida).



3. Um lado directo, honesto, por vezes brutal de encarar tudo na vida.



4. Amor ao trabalho e aos desafios. Mãos à obra!



5. Pés bem assentes na terra e lealdade à prova de bala em relação a todos os que amo.



6. Persistência, auto-confiança e uma ausência total de dotes diplomáticos.



7. Insatisfação comigo mesma, o querer ir sempre além de mim mesma, jamais comparando-me a quem quer que seja.



8. Repúdio pelo mal dizer e pela maldade.



9. Amor à terra, às coisas simples que são, na verdade, as mais sofisticadas bençãos do DIVINO.






A todas as Mulheres do mundo e à minha mãe, em especial, envio um ABRAÇO regenerador lançado pela Lua cheia que anuncia NASCIMENTOS, CRIAÇÕES, PAIXÕES consumadas, o explodir do mundo que se reparte, assim, em novos amanheceres cheios de POSSIBILIDADES.






Esta noite dançarei à Luz da Lua, parindo-me a mim mesma, largando os passados e lançando os medos às estrelas que, com jeitinho de fadas, deles farão bordados de cores, forças renovadas e AMOR***....