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Sunday, April 22, 2012


Ainda me irritam...

Os medíocres que, coincidentemente ou não, tendem a ser arrogantes e a tratar os outros de cima para baixo. É um facto: quanto maior é a pequenez do personagem, mais impertigado e dado a "grandezas" ele é, como uma espécie de compensação da sua vacuidade. Sigmund Freud explicá-ló-ia melhor que eu. Limito-me a observar e a surpreender-me sempre com a humildade dos GRANDES e a arrogância ridícula dos pequeninos.

Cada vez mais, busco o ESSENCIAL e nele não cabem manias, "show off" gratuito, ares de superioridade, falsa altivez, arrogância. Apenas VALOR e PROVAS dadas no que se É e FAZ na Vida. Os factos falam por si e aquilo que SOMOS grita muito mais alto do que aquilo que queremos fazer parecer ser.

Saturday, April 21, 2012



Romeu e Julieta felino.


Que fazer quando um dos meus anjos (vulgo gatas) parece ter-se apaixonado por um Romeu que vem chorar por ela debaixo da nossa janela?
Tudo começou com pequenos gemidos e miaus suaves atirados à rua. Depois veio uma aflição existencial pouco usual na minha menina "Kenzi". Até que observei a razão de tão emocionado choro: um lindo gato branco que por ela cantava, na rua. Ele fitando-a, ela fitando-o a ele e uma paixão DAQUELAS***** no meio dos dois.

Há que convencer a rapariga que o matulão só está com o cio e que Romeus e Julietas só existem na imaginação dos Românticos e que ela, na condição de gata,não se encaixa nesse perfil dos perdidos da Vida e dos caídos no vale fatal da paixão.
Ai, aiiii....

Friday, April 20, 2012



Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde


"O médico e o monstro /" O Estranho Caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde" é um livro de ficção científica escrito pelo autor escocês Robert Louis Stevenson e publicado originalmente em 1886. Trata sobre um advogado londrino chamado Gabriel John Utterson, que investiga estranhas coincidências entre seu velho amigo, Dr. Henry Jekyll, e o misantropo Edward Hyde.

A obra é conhecida por sua representação vívida do fenômeno de múltiplas personalidades, divididas no sentido que dentro da mesma pessoa existe tanto uma personalidade boa quanto má, ambas muito distintas uma da outra. O impacto do romance foi tal que se tornou parte do jargão inglês, com a frase "Jekyll e Hyde" usada para se referir a uma pessoa que age de forma moralmente diferente dependendo da situação.

Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde foi um sucesso imediato e um dos trabalhos mais vendidos de Stevenson. Adaptações teatrais começaram a ser encenadas em Londres um ano após seu lançamento, e a partir de então o livro inspirou a realização de diversos filmes e peças.

Fonte: Wikipédia.


Muito mas...MUITO comum no Egipto, onde as pessoas são forçadas a irem contra elas mesmas e a viverem toda uma vida reprimidas, física, mental, emocional e espiritualmente. Não é por acaso que esta é a Casa Oficial da Loucura.
Bastantes Dr. Jekylls e Mr. Hydes espalhados pelas esquinas deste país, bastantes...

Thursday, April 19, 2012


Só para Mulheres.

Ou reminiscências de uma adolescência histérica que contou com ridículos episódios de desmaios e gritinhos diante de posters dos "New Kids on the Block".
Ryan Gosling. Olha... porquê?! Porque sim.
Belíssimo Actor. Belíssimo Homem. Capa do livro e história que lá vem dentro.
Como diria uma irmã Lilith (Susana Vitorino), esta agradável criatura causa-me piquinhos nos sítios mais indiscretos.
Como sou generosa e partiho sempre o que me INSPIRA, aqui fica o registo.

Suspiros (de adolescente, está claro!)...


E é assim que fico (olhar para a imagem à vossa direita)quando ouço o mítico "Inshah Allah..."

Estou à espera do meu "caramel latte" num Starbucks do Cairo quando reparo num "brownie" de aspecto apetitoso exposto na montra da comida. Pergunto ao empregado:
-Este "brownie" é fresco?
-"Inshah Allah" ("Se Deus quiser").
-Não entendeu a pergunta.Quero dizer: se o "brownie" é de hoje, se foi entregue recentemente ou se já aqui está há dias...
-"Inshah Allah".
-...Se estiver seco, volto cá e devolvo-o. Fica avisado.
-"Inshah Allah".
(Alguém desliga, por favor, o botão do "Inshah Allah" que ficou bloqueado em sistema de piloto automático. Muito obrigada.)

Conclusão: permiti que a minha gulodice ganhasse sobre o bom senso de experiência adquirida e levei o "brownie", descobrindo que estava, de facto, mais seco do que tijolos. O termo "Inshah Allah" é usado e abusado para desresponsabilização das pessoas que o usam. Quer dizer, então o "brownie" é fresco, se Deus quiser???!!! Mas que raio quer isso dizer?

"Bokra,Inshah Allah! (Amanhã, se Deus quiser!)" ou um solitário mas conciso "Inshah Allah" atirado ao ar são as desculpas perfeitas para quem não tem a mínima intenção de se comprometer. Está TUDO nas mãos de Deus e nada nas minhas. Reparem só que conveniente que é...

Sunday, April 15, 2012




Apanhada com a boca na botija (seja lá o que isso significa!).








Já comentei sobre o meu queridíssimo ginásio cairota e suas idiossincracias próprias de uma cultura às avessas...


Ginásio só para meninas, como manda a tradição, e muita coisa que nada tem a ver com exercício físico.


Raparigas de maquilhagem, jóias e salto alto tentanto correr na passadeira, intermináveis coscuvilhices, telenovelas turcas a alto som, aroma a cozinhados que se preparam na recepção do estabelecimento e mais umas quantas ocorrências estranhas que desafiam até o mais motivado atleta.




Assim sendo, admito: sou o Rambo lá do sítio. Surpresa das surpresas: vou ao ginásio para praticar desporto (!!!!!!!!). Por isso, sou pouco dada a convívios para meninas que não têm mais nada que fazer senão cochichar, comer e uivar de dor quando são levadas ao mais mínimo esforço físico.




O único momento tipicamente "feminino" a que me dou direito é o do abençoado banho turco, depois do meu treino. Sou rapariga de calores e trópicos. Sinto-me bem sob o sol, a humidade, as Caraíbas e seus vizinhos. Meter-me naquele quartinho sobreaquecido depois de duas horas de árduo trabalho físico sabe-me muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito bem. Tão bem que até me dá para cantar.


Preferência para os clássicos do jazz que conheço de cor graças ao meu vício musical denominado "Billie Holiday".




Por norma, uma empregada fica à minha espera à saída do banho turco, tipo dama de companhia da realeza de séculos passados, facto este que me irrita para lá da conta. Há qualquer coisa de feio no acto de esperar que outra pessoa nos calce os chinelos, nos bajule e enrole numa toalha quando já passámos dos dez anos de idade (excepção feita se tal ocorrência se der com alguém do sexo masculino e da MINHA ESCOLHA). Que sim, que o colonialismo ainda persiste no inconsciente colectivo do Egipto e que a maioria das dondocas egípcias QUER este tipo de tratamento mas eu sou campónia e disso me orgulho. Não gosto de criados que me limpem o traseiro, me apapariquem como se tivesse cinco anos de idade e sigam com olhos de açor cada um dos meus movimentos. Sou menina crescidinha e posso cuidar de mim, muito obrigada!




Mas já se sabe que o Egipto não faz agrados a quem quer que seja. Sabendo disso, como pude supreender-me quando, à saída do dito banho turco, encontrei empregadas e clientes do ginásio à porta do mesmo, encantadas por me ouvirem cantar lá dentro?!


Sim, diz que sim. Ouviram-me cantar dentro do quartinho maravilha e abancaram por lá, usufruindo do espectáculo como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. Vá lá não terem trazido bandeirinhas com o meu nome e isqueiros acesos para criar ambiente...vá lá...




Timidamente, pedi lincença para passar por entre as pernas extasiadas das minhas novas admiradoras. Elas trincavam amendoins, bebiam refrigerantes e comentavam - por entre dentes - que bem que ela canta!


Sorri, escondi-me debaixo do chuveiro caladinha que nem um rato.




P.S. Apesar de tudo, adoro o Egipto, esta Quinta Dimensão onde o humor e o terror se encontram com desarmante frequência.


Thursday, March 15, 2012



Uma simples ida ao ginásio.



Nada, desde o mais quotidiano gesto ao mais significante evento da vida no Cairo, parece estar isento de uma marca cultural que me surpreende, anima, frustra ou choca.


Uma simples ida ao ginásio pode ser um desafio à força de vontade de qualquer Rambo que se preze.

Nos ginasios ocidentais, encontram-se estímulos ao exercício físico, palpáveis nos canais de televisão sintonizados, na música que ecoa, na actividade e energia do local, na atitude da maioria das pessoas que ali vai para, afinal, EXERCITAR-SE.

Se tudo fosse tao simples por cá...

No ginasio que frequento, reservado a mulheres (tipo "Clube do Bolinha" aplicado ao feminino), os estímulos ao exercício físico são nulos e as contradições estão por todo o lado.Os canais de televisão estão sintonizados em telenovelas sírias ou turcas de fazer chorar as pedras da calçada. Nada de música para animar a malta a mexer-se que diz que isso cansa muito, pa! E faz suar, o que diz que é um nojo e borra a maquilhagem.

Mulheres enfeitadas de jóias, envergando os seus telemóveis colados aos ouvidos, caminham langorosamente entre máquinas e pesos sem a mínima intenção de usá-los. O aroma a bolos acabados de coser invade o ginásio, vindo da cafeteria onde, em vez de "snacks" saudáveis, se vendem guloseimas e bebidas gaseificadas (sim, há muito boa gente que bebe Coca~Cola e familiares enquanto finge que se exercita). Criancas correm pelo recinto, berrando e instalando o caos, sob o olhar permissivo e orgulhoso da suas mãezinhas.

As treinadoras de serviço, igualmente langorosas e preguiçosas até à medula, escondem-se nos seus cubículos em amena cavaqueira com amigas e a venda de maquilhagem e "tupperwares" substitui aquilo para que serve o ginásio: PRATICAR EXERCÍCIO FÍSICO.

Ao lado destas mulheres, eu pareço uma mulher do Paleolítico, descabelada, sem maquilhagem ou enfeites, suada e com a atitude de quem se lança a um ringue de boxe.
Transformada em Rambo, coloco os auriculares do meu aliado IPOD, rezando para conseguir abstrair-me deste meio ambiente pouco ou nada estimulante. Mais um teste à minha força de vontade e concentração. Mais um...






P.S. Embora seja irritante, faz bem à alma aprender a ACEITAR as diferentes formas de vida, as incompetências de cada um e o seu olhar - ou dormir - sobre a Vida.

Wednesday, March 14, 2012

na casa do toy-tumba



Ah, pois é, bebé...foi assim que quase, quase apareci num destes delirantes
"Tesourinhos Deprimentes" dos malucos Gatos Fedorentos.
Que os/as Deuses/as preservem o bom senso que, de vez em quando, me protege de episódios potencialmente embaraçantes ou até mesmo fatais.
Então não é que, quando ainda vivia e trabalhava em Portugal, fui contactada para uma "participação especial" no programa "A casa do Toy"?
Queriam contratar-me para despertar o Toy com uma bela Dança do BENTRE. Sim, do BENTRE que isto nem era, sequer, do VENTRE. Seria uma coisa tresmalhada, macacada, invertida de todo o pudor e bom gosto.

Pagavam bem e a equipa era organizadinha. Consta que sim. Se calhar ainda dali saía um dueto musical "Odalisca-Toy". Oh, sim...as promessas e garantias eram aliciantes.
Eu irromperia pelo quarto do Toy feita odalisca da Damaia e o resto seria história ou...temo deduzir...Tesourinho Deprimente. Do que eu me livrei!
Imaginem a mistura da odalisca com as sopas de cavalo cansado e a barrasquice pegada que para ali vai...

P.S. O convite para pousar descascada para uma revista masculina da praça portuguesa também já surgiu, devidamente recusado que sou rapariga descontraída, apalhaçada com os meus, com a veia de gozo compulsivo e maluca e tal..."ma non troppo!".
Uff!!!

Wednesday, March 7, 2012



Provocações/saudações

à moda portuguesa.



Imagem enviada por Pedro Tenreiro Biscaia via Facebook.


Sem comentários. Quem for português, entende;).


P.S. Com canela. Com vista para o Tejo. Servidos mornos em cima de uma mesa do "Martinho da Arcada", o melhor sítio de Lisboa para se comer...coisas doces destas. Tão nossas.


Friday, March 2, 2012



Coisas inúteis e deliciosas.






SABIAS que :






As botas até a coxa eram originalmente usadas pelos piratas e contrabandistas que escondiam nelas valores roubados (booty em inglês) - uma prática que deu origem ao termo bootlegging (contrabando.)
Por: Nelson Neto da Cunha

Tuesday, February 28, 2012

A verdadeira* razão do sorriso enigmático de Monalisa.

Monday, February 27, 2012

Saturday, December 31, 2011




Imagem preferida de 2011.




Sim, é esta mesma, pá. E este "pá" vem carregado de significado e uma valente palmada nas costas da pessoa a quem o digo: "pá!".


Tradução do que lá está escrito:


"Eles riram-se dos nossos óculos.


Nós rimo-nos dos seus gritos."




E "´mai nada" que isto de VIVER tem o seu lado prático. Se tivesse de escolher uma imagem FAVORITA deste conturbado ano de 2011 não penderia para a Revolução egípcia pela qual passei - oh, sim, estou a passar ainda! - nem para a crise económica mundial, nem tão pouco para uma fotografia minha de espectáculos ou eventos espalhados pelo mundo.


A minha imagem favorita é mesmo esta: a mãe e o filho com óculos "à totó" e roupas de "fugir à polícia", troçando de quem se ri deles.


Isto porque a imagem carrega em si MUITA coisa boa, "pá"!


Que SEJAMOS mais de nós mesmos e que se lixe quem critica, fala mal, deita a baixo porque são esses quem nunca REALIZA nada e se odeia a si mesmo através da crítica aos que se MOVEM.




Terminando este ano com a imagem "im-perfeita" desta mãe e filho dos anos setenta.


Mais AUTENTICIDADE e CORAGEM para 2012. Que falem e os deixemos enterrar-se nos mexericos. Enquanto os cães ladram, a caravana passa.




Desejando que as vossas caravanas AVANCEM na direcção dos vossos sonhos e que os vossos PASSOS vos levem onde reside a FELICIDADE. Dentro e fora de vós.


Pá!

Tuesday, December 27, 2011







"Quem quer casar com a Corachinha?" que é como quem diz:

"Voulez vous coucher avec moi, cet soir?"










É daquelas confusões "danadas para cacete" (como dizem os nossos irmãos brasileiros).





Os intercâmbios culturais são, potencialmente, enriquecedores e direi até fatais. Tão enriquecedores que se tornam fatais. Como se a mente e o corpo não tivessem capacidade de armazenamento e processamento de tanta riqueza... (upps! Hoje devo ter apanhado essa doença contagiosa da "diplomacia"...espero que passe com uns comprimidos naturais e umas tisanas da avózinha).










Confusão recorrente entre homens e mulheres egípcios e árabes:



-" Quero casar contigo." - Diz o homem, mal acabou de conhecer a mulher na sua mira.



Tradução: "Quero ir para a cama contigo (e não me refiro à partilha de um belo soninho reparador...ok?) e assinar uns papéis legais que te definam como minha esposa evita esse embaraço de sermos mal falados e, eventualmente, irmos presos (no Egipto, um homem e uma mulher não podem viver juntos ou sequer partilhar momentos de intimidade dentro de uma casa sob a ameaça de serem denunciados por vizinhos maldosos e presos).





Esta intimidade é proíbida por LEI (não sabiam que, no Egipto, a intimidade entre duas pessoas é assunto público?! Pois ficam a saber.).


Ora no que dá esta invasão do Estado entre homem e mulher?! Dá no assédio sexual brutal em todos os espaços públicos do Egipto e dá nessa confusão, essa sim FATAL, entre o desejo sexual puramente animal e o amor. Confundem-se os dois, não se sabe onde começa e acaba um e outro. Os homens e as mulheres estão tão sedentes de sexo e contacto humano que se casam, precipitadamente, sem conhecer o seu futuro marido/esposa, sem sentimentos profundos de nada sobre nada apenas para poderem ir para a cama um com o outro.


Se o casamento é a única porta legal para o sexo, então que venham os casamentos.



Vejo o teu rabo e apetece-me saltar-te para cima mas não posso fazê-lo.





Que fazer, que fazer?!





CASAS-TE COMIGO e o assunto está resolvido.










É impressão minha ou isto é i-lógica de loucos?!





Bem vindos ao Egipto!!!

Thursday, December 22, 2011




Notícias do Egipto.






O caso dos ladrões alexandrinos que mereciam um Óscar de Hollywood.


Se há qualidade que não falta aos egípcios é a IMAGINAÇÃO e uma capacidade assustadora para REPRESENTAR de forma tão convincente que deixaria o Anthony Hopkins e a Meryl Streep desempregados, caso competissem com os egípcios nas lides teatrais.




O carácter neptuniano deste povo, com seus enlevos mentais, divagações poéticas, extremismos românticos, amor pela evasão e pelo sonho têm muito que se lhe diga.


O sentido de humor é outra arma de sobrevivência deste povo que tem, para não enlouquecer totalmente, de rir-se das maiores barbaridades e até do sofrimento.




Saiu nos jornais, há cerca de uma semana atrás, a notícia de um par de ladrões de Alexandria que roubaram um táxi da seguinte maneira:




Um taxista fazia a sua ronda pela cidade (numa zona permeada por cemitérios islâmicos), buscando potenciais clientes. Entrou um homem para o veículo, indicando onde pretendia ir. Poucos metros depois deste primeiro cliente ter entrado, outro homem mandou parar o táxi pedindo a mesma direcção do cliente que já se encontrava dentro do táxi.




No Egipto, é comum um mesmo táxi levar um ou mais clientes simultaneamente, se os seus destinos pretendidos forem idênticos ou ficarem na direcção um do outro.




O taxista parou o veículo para recorrer o segundo potencial cliente e perguntou ao primeiro se este se importava que levassem outra pessoa, visto que ambos se dirigiam para a mesma zona.


O cliente original, sentadinho que nem um anjo no banco de trás do carro, sorriu docemente e disse que não, não se importava nada, que deixasse lá entrar o homem que eram todos compatriotas e amigos e coisa e tal.




Postos a caminho, o taxista comentou com o segundo cliente que teria de levar o senhor do banco de trás ao seu destino e que depois seguiriam para o local onde ele queria ir. Teriam de dar prioridade a quem entrou primeiro no táxi, como manda o código cortês dos taxistas egípcios.




O segundo cliente, sentado no banco ao lado do condutor, ficou em silêncio por momentos, até irromper da seguinte forma:


-De que senhor está a falar?!


-O senhor que chegou primeiro e está no banco de trás do carro. Não reparou nele?- Afirmou o taxista, apontando para o banco de trás.


-Mas nós estamos sozinhos no carro, não existe nenhum senhor no banco de trás do carro. - Insistiu o segundo cliente, olhando para trás, fingindo fitar o vazio.


- Como não existe nenhum senhor no banco de trás?! Não o vê? - Respondeu o taxista, confuso.


- Não vejo ninguém. O senhor deve estar cansado, bem vejo!


- Como não vê ninguém? Está um senhor sentado atrás de si.


-O meu amigo está confuso, asseguro-lhe que não existe ninguém neste táxi, excepto nós os dois.


A conversa de "malucos" continuou durante uns instantes até se ter instalado a maior confusão.




Neste momento, o primeiro cliente, tranquilo e de expressão angelical, informou o taxista:


-Não se preocupe. Ele não me consegue ver. Sou um espírito. Uahhha, ahhha, ahhha, ahh, ahhha!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!




Foi neste momento que o taxista travou a fundo, deixando o táxi no meio da estrada e correndo, aterrorizado, aos gritos pela rua fora, gritando a este e a outros mundos paralelos por socorro.




Os dois cúmplices (o espírito e o segundo cliente) viram o pobre homem fugindo, à beira de um ataque de coração, e riram a bom rir, enquanto roubavam o táxi e todos os bens que lá se encontravam dentro.


Não se trata de ficção: isto aconteceu. Isto É o Egipto.


"Welcome to Egypt!"






Monday, October 31, 2011






Nao, nao é o "Tal Canal"...é o "Tal Piquinho a Azedo, sim senhores"!




Muitos pensavam, inocentemente, que a Revolucao egípcia tornaria este país iluminado, moderno, justo, subitamente transformado de inferno em paraíso.


Reconheco e apoio a Revolucao como um passo essencial que foi dado por um povo desde há muitos séculos explorado pelas elites políticas, estrangeiras e egípcias.


Admiro a forma como os egípcios manejaram, e continuam a manejar, a seguranca pública de um país entregue ao caos e o pacifismo (relativo) com que conseguiram levar avante todo o processo revolucionário.



Atravessei a "Praca Tahrir" ("Praca da Libertacao") com emocao aquando dos primeiros dias em que a Revolucao irrompeu e espero, como todos os egípcios, que este enorme passo tenha sido dado no sentido de uma melhoria REAL das condicoes de vida no Egipto.



O que eu nunca acreditei é que a ignorancia, mentalidade medieval e extremismos religiosos desaparecessem como se de um passo de magia se tratasse.


A mentalidade das massas leva séculos a moldar, geracoes de lavagens cerebrais insistentes, valores incutidos a revelia do exercício da inteligencia e autonomia individuais.


Nao foi surpreendente que assistisse a mais uma conversa para a qual nao encontro adjectivos apropriados, enquanto tomava o meu cappuccino com um amigo, num café cosmopolita do Cairo.


Um canal de desportos radicais estava sintonizado na nossa frente e podíamos apreciar o bizarro espectáculo de homens barbudos, bronzeados e untados de óleo, hiper musculados, de tanga cor de rosa, tentando atirar-se uns aos outros para fora de um ringue de boxe.


Cocha de veias sobressaindo para cá, peitoriais inchados de hormonas e químicos colados ao rabiosque quase inexistente de mais um Rambo e por aí fora... uma patetada "daquelas"!






Um grupo de amigos egípcios, homens, mal dizia os homossexuais que conheciam e apontavam os exemplos dos personagens no ecra de televisao como uma demonstracao da masculinidade que todos deveriam seguir.


A homofobia dirigida as mulheres ainda é assunto pouco discutido no Egipto (sendo certo e sabido que existem amplas práticas lésbicas entre mulheres que vivem em meios altamente segregados, como é o exemplo da Arábia Saudita) mas o ódio e repúdio que se dedica a homossexualidade masculina nunca deixou de me supreender e já me rendeu umas quantas mensagens "a la Diácono dos Remédios" acusando-me de herética e desavergonhada defensora dos gays.



Curioso, curioso é também confirmar que sao os mesmos homofóbicos que levam, frequentemente, vidas duplas de senhores casados com suas esposas e relacoes secretas com homens. De dia, apontam as facas aos homossexuais, de noite fazem a visita ao gay da esquina e ainda lhe pagam pelos momentos de sexo partilhados e pela boca fechada.






Vejamos, usando o nosso cérebro, se for possível:


Toda a gente tem direito a escolher o seu parceiro sexual e esse é um assunto privado que nao diz respeito a ninguém, excepto aos envolvidos na relacao.


Em segundo lugar, aqueles Rambos de tanga cor de rosa com bordados que dizem "juicy" e "bite me" cheiram-me, a mim que nada sei, a muito MAS MUITO gay.


Sim, sao eles que negam a existencia ou naturalidade da homossexualidade. Mas também sao muitos deles que nao possuem uma sexualidade bem resolvida e feliz cujas tendencias gays nao podem ser disfarcadas pela sua histérica homofobia.







Aos rapazes egípcios do café com desejos homossexuais reprimidos, que tanto criticam os "gays" mas que, no fundo, queriam dar uma mordidelazita num peitoral dos Rambos que se desunham na televisao, eu digo apenas isto:Assumam-se, pá! Deixem de criticar outros homens ou mulheres pelas suas escolhas privadas e soltem a "franga" que saltita, animada e reprimida, dentro de voces.


Vivam e deixem viver.




Quando encontrarem o homem dos vossos sonhos (Rambo ou Chico Fininho com fio dental padrao tigre), deixem-se de homofobias (que nao passam do ódio a voces mesmos e aos vossos desejos recalcados) e digam, cara a cara, como homens de barba rija e de H maiúscula:


E mai' nada!



Thursday, October 27, 2011




Truques paternos.




Ora bem, o meu pai tem uma óbvia costela egípcia. A justificacao para esta declaracao seria larga demais para explanar aqui no blogue mas o importante a reter é o seguinte:


O meu pai sente -se como peixe dentro de água no Egipto e faz amigos a cada esquina, embora nao fale árabe, nem ingles e assim fique sem um idioma conhecido da raca humana com o qual comunicar com o pessoal de cá.


No entanto, ele desenvolveu uma linguagem meio extra-terrestre que só ele mesmo e os egípcios entendem (isso explica as enigmáticas conversas telefónicas entre o meu pai e um dos meus percussionistas egípcios que só fala árabe).




Um dos truques que o meu pai me sugeriu (sim, a minha veia para o gozo e as piadas compulsivas vem do lado paterno) para fazer face aos assédios dos egípcios consiste em responder-lhes sucintamente num idioma que eu invente, estilo japones fora do prazo e bem a minha moda, mas com a seriedade de quem está a falar ingles ou árabe na maior perfeicao gramatical.




Nada de risos ou denúncia de que estou a gozar. Seriedade total.


Abrir a boca e responder-lhes com sons que se assemelham a gatafunhos sonoros, deixando-os completamente a nora, perdidos entre a curiosidade de entender que idioma "era aquele" e a inaptidao de me responder (por razoes óbvias).




Tentei. Funciona, excepcao feita aos momentos em que expludo as gargalhadas comigo mesma ao ver a cara de espanto e confusao dos tarados, transformados em vítimas de uns genes danados para a brincadeira. ;)




Riso e amor.



Ah, eu adoro esta rapariga da fotografia.Riso e amor com tamanha candura.

Se existe, ou nao, um erro ortográfico (oh, sim, existe!) eu nao me importo.

"MIM BEIJA" é tao bom, tao engracado, tao infantil e de regresso ao ESSENCIAL que parece ser uma das minhas mais recentes paixoes : REGRESSAR ao ESSENCIAL em tudo. Tudo.


Também gosto do olhar meloso, dos brincos de bolinhas cor de rosa choque, da pele achocolatada da rapariga. Lindo, acho lindo.

E pergunto-me para onde parece que se foi esconder este lado ingénuo e puro do amor e das relacoes amorosas (entre casais, amigos, familiares). Para onde foi o "mim beija"???

"MIM quer saber" (e beijar muito, claro está!).

Monday, April 4, 2011

Nelo, Idália e as Ciências Exotéricas

Dedicado a minha Dedinha! Para chorar a rir como uma verdadeira "placeba" e alinhar os "chacas".