Thursday, October 27, 2011




Truques paternos.




Ora bem, o meu pai tem uma óbvia costela egípcia. A justificacao para esta declaracao seria larga demais para explanar aqui no blogue mas o importante a reter é o seguinte:


O meu pai sente -se como peixe dentro de água no Egipto e faz amigos a cada esquina, embora nao fale árabe, nem ingles e assim fique sem um idioma conhecido da raca humana com o qual comunicar com o pessoal de cá.


No entanto, ele desenvolveu uma linguagem meio extra-terrestre que só ele mesmo e os egípcios entendem (isso explica as enigmáticas conversas telefónicas entre o meu pai e um dos meus percussionistas egípcios que só fala árabe).




Um dos truques que o meu pai me sugeriu (sim, a minha veia para o gozo e as piadas compulsivas vem do lado paterno) para fazer face aos assédios dos egípcios consiste em responder-lhes sucintamente num idioma que eu invente, estilo japones fora do prazo e bem a minha moda, mas com a seriedade de quem está a falar ingles ou árabe na maior perfeicao gramatical.




Nada de risos ou denúncia de que estou a gozar. Seriedade total.


Abrir a boca e responder-lhes com sons que se assemelham a gatafunhos sonoros, deixando-os completamente a nora, perdidos entre a curiosidade de entender que idioma "era aquele" e a inaptidao de me responder (por razoes óbvias).




Tentei. Funciona, excepcao feita aos momentos em que expludo as gargalhadas comigo mesma ao ver a cara de espanto e confusao dos tarados, transformados em vítimas de uns genes danados para a brincadeira. ;)


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