Sunday, August 5, 2012

Hipérbole de Amor...

Ah, tenho descoberto tantas coisas no decorrer das minhas travessias pelo deserto!
Que escrever o meu LIVRO é uma mistura cinematográfica entre Epicuro e Marquês de Sade (como podem conviver, tão loucamente, o mais extremo prazer e o sofrimento pela Dúvida e pelos fantasmas causada?!).

Que hoje se lembra a morte física de  Marylin Monroe, minha querida companheira astral (geminiana como eu) e símbolo eterno da VULNERABILIDADE.
Que ninguém nos diz que a realização dos sonhos tem um preço, que não existe alegria sem tristeza e que nenhum grande feito - ou vitória meritória desse nome - se alcança sem uma valente dose de TRABALHO DURO.

Ah, queria ser "cool" e relatar horas glamourosas de escrita onde sou a mais feliz das mulheres mas isso seria desleal. Para comigo mesma e para quem me lê. Enquanto reescrevo o meu LIVRO, sofro tanto quanto me alegro, sinto dores no corpo (há algo de anti-natura nisto de uma bailarina profissional passar horas com o corpo imóvel, todos os dias!) e remorsos por me dar ao luxo da reclusão para ESCREVER. 
Ninguém diz que o que VALE a PENA não fica bem em fotografias, nem vende revistas côr-de-rosa. A profundidade e a qualidade dão trabalho, acarretam suor, olheiras, perdas de paciência e fé recorrentes, momentos de êxtase intercalados com episódios de depressão transitória mas convicta.
Desperto às 7h da manhã, disciplinadamente (abençoado ascendente em Capricórnio!), e obrigo o cérebro cansado ao retomar da PAIXÃO e da CONCENTRAÇÃO TOTAL.

Escrever o meu LIVRO é maratona, corrida de longo curso comigo mesma, uma paixão que se espraia para o AMOR e dele extravasa, solidificando-se numa HIPÉRBOLE de AMOR a manter enquanto a porta final não se fechar.
Uma chávena de café e os primeiros raios de sol irrompem pela janela do quarto onde montei a minha corajosa Torre de Marfim. Respiro fundo e acredito que o AMOR é possível. Repetidamente, a cada dia, a cada segundo onde a convicção se renove e consiga LEVANTAR VOO...
P.S. O segredo para se conseguir VOAR?
Ah, é seguir CAMINHANDO...

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