Tuesday, August 14, 2012

Nascimentos e seus tempos.

É bom receber as mensagens de apoio, inspiração e curiosidade sobre o LIVRO que estou a escrever. De certa forma, todos os que seguem a minha carreira na Dança Oriental - primeiro, no Egipto, AGORA pelo mundo fora - também se tornaram fans antecipados de um LIVRO muito aguardado e que está prestes a nascer.
*

Claro que só quem o ESCREVE sabe que existem tempos próprios para cada coisa.
 O LIVRO nasceu, numa primeira instância, no meu coração ( quando, ainda em Portugal, SENTI que tinha de ir a fundo no que é a DANÇA ORIENTAL e que esse mergulho só se daria se vivesse e construísse uma carreira de bailarina no Egipto). Fui LÁ e, contra ventos e marés, RESGATEI-ME (assim como ao significado e ALMA da Dança Oriental ) e 
CUMPRI-ME através do público egípcio que, tão generosamente, me ofereceu um
 SUCESSO que ninguém previra. 

Este LIVRO, que agora se mostra palpável diante de mim, foi a primeira razão que me levou  a deixar tudo para trás e a atirar-me ao Egipto coma  cara e a coragem. Há que entender que é nesse acto de AVENTURA DESTEMIDA que reside a sua semente
Levaram oito anos (dois deles passados a actuar pelo Médio Oriente, até aterrar - definitivamente - no Egipto) até que recolhesse material e propósito que justificassem a sua GESTAÇÃO.

O potencial e a intenção estiveram lá o tempo todo mas havia que respeitar os tempos de plantação, rega, crescimento e colheita.

Quando a Revolução egípcia de Janeiro de 2011 rebentou - a metros da minha casa - o impulso de sentar-me e começar a TENTAR traduzir o que a Grande Escola do Egipto me ensinara - profissional e pessoalmente falando - chegou. Nada foi forçado ou previamente planeado. As águas rebentaram por si só, simplesmente, e eu aceitei dar à LUZ.


No ano e meio que passou, vi-me atarantada entre a ESCRITA deste LIVRO, as viagens de trabalho que se multiplicam, as aulas e espectáculos de Dança, os Festivais e ainda as politiquices absurdas que só o Egipto consegue criar. Entre um aeroporto e outro, uma coreografia e uma aula, fui escrevendo - paciente e amorosamente - aquele que AGORA já posso chamar o MEU LIVRO. 

Mas, como só APRENDE, quem faz, eis-me num parto também ele faseado. Senão vejamos:

* Primeiro criei a estrutura-esqueleto do livro com as ideias, episódios, capítulos que deveriam estar presentes. 

*Em segundo lugar, surgiu-me a ideia de dividir os capítulos de uma forma original (não, ainda não conto qual) que fizesse sentido para mim, enquanto actriz e observadora da minha própria JORNADA.

*Depois foi escrever, escrever, escrever (o rascunho inicial tinha 800 páginas!)

*Quando terminado o corpo do LIVRO, houve que re-escrevê-lo com outros olhos críticos. 

*Agora é deixar o cozinhado repousar um pouco (bem como o meu massacrado cérebro), apurar os condimentos, RESPIRAR.

* E então relêr mais uma e outra vez, seguir cortando ervas daninhas e QUESTIONANDO-ME até à exaustão até chegar ao ponto rebuçado que só EU poderei identificar.


Para quem espera, ansiosamente, pelo LIVRO, aqui fica o meu abraço cheio de amor e gratidão. 
Juntem-se  ao clube! Também eu o espero com o coração nas mãos e a lâmpada da consciência acesa.

1 comment:

  1. Eu vou querer uma cópia!!!! Você manda pro Brasil? ;-)

    Beijos e sucesso!

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