Monday, September 16, 2013

Escapes e realidade (bizarra)



Escape # 1 : Blue Jasmine.

Então é assim (tipo telegrama): o génio de Woody Allen combinado com o génio de Kate Blanchet resulta num filme devastador e FANTÁSTICO (nem precisei das costumeiras pipocas).
 Quando a cabeça e o corpo começaram a acusar exaustão que roça a demência clínica eu soube imediatamente que era altura de retirar-me para um dos meus escapes de eleição (cinema, leitura, corridas no meio da natureza, caféééééééééééééééé´... e uma indiferença deliciosa face a tudo e todos que não mereçam a minha atenção: OH: bliss!).

Escape # 2: "O Botequim da Liberdade" de Fernando Dacosta (e outros cinco livros "on the side" - que sim, que tenho a mente de um esquizofrénico: já é mais que sabido: Gemini rules!)

Natália Correia - essa Mulher-FOGO - e os seus fascinantes universos.
Nunca me canso de Pessoas GRANDES.

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Realidade bizarra, just for the record:
 
Devo ter tendência para freira (e não sabia). Eu sei, eu sei...desconcertante. Acreditem que ainda estou a tremer (tremelicar, vá...). Eu: freira: é caso para dizer:
"Be afraid, be VERY AFRAID."
 
A minha mãe já tinha dito:
"Já viste bem a tua vida, Joana?! Tu vais do Cabaret para o Convento e do Convento para o Cabaret, como aquela actriz - como é que ela se chama?! -, a Woopy qualquer coisa..."
 
Epá, e não é que a minha mãe tem razão? Ando sempre nesta dança (que me estrafega) entre o isolamento e as multidões, o EXTERNO e o INTERNO, a DANÇA e a ESCRITA - a primeira obriga a entrar e sair de mim de forma muito física, visível, dinâmica e a segunda obriga-me a uma introspeção e imobilidade física (pelo menos, na fase presente) que chega a dar-me cabo dos nervos. Ambas as Artes partem da Criação Solitária ou Isolamento do Mundo (na origem, pelo menos) mas  dirigem-se para a Partilha com o Mundo (tenho a cabeça às voltas...).
Nesse isolamento encontro um Prazer insuspeitado que me faz pensar, seriamente, senão serei uma potencial Freira virada do avesso (se bem que a mera ideia de abdicar dos prazeres e alegrias mundanos - que de tão mundanos se revelam Divinos - me põe os cabelos em pé). Não sei; epá, não sei. Estou confusa, como a Floribela.
 
 

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