WORKSHOP "BINT il BALAD" - como foi?

O dia começou estranho e numa nota pouco "positiva": esta Lua cheia (em Peixes) deixando-me doida - mais doida do que é o "meu habitual", se é que isso é possível (oh yes, it is!) -; uma noite sem dormir pelas piores razões (dois mosquitos irritantes a zumbirem-me aos ouvidos e uma rara insónia a ajudar à festa); uma hora e tal a andar de carro, meio perdida na cidade de Lisboa (embora seja a cidade onde nasci, já me é estrangeira...) e em busca de estacionamento. E o meu "Starbucks" ("caramel machiatto, ófaxavore") tão longe dali. Ai!

Depois foi chegar e ver que faltavam 10 almas dançantes que se tinham inscrito para o evento. Não foi nem uma e nem duas pessoas: foram 10: inscritas E ausentes. Bizarro...
Tudo bem: adiante: o Universo é perfeito (mesmo sem a minha dose de sono, cafeína e tranquilidade que me revelam humanamente operacional).

O dia que se seguiu passou como um trovão, um raio alucinante (e alucinado;)) que fez com que os relógios se esfumassem e as horas se comessem num snack miudinho, insignificante, veloz.
As Mulheres que lá estiveram comigo - cada uma com uma BELEZA e PRESENÇA muito sua* - fizeram a FESTA comigo, suaram, riram-se, surpreenderam-se e, espero, aprenderam um pouco mais deste Universo colorido, polémico e fascinante que é AS DANÇAS EGÍPCIAS.

 


Passámos - levemente - pela Dança com "Mellaya" sob um tema musical tipicamente Alexandrino (sobre a cidade mediterrânica de Alexandria) e pelo "Shaabi" ( o "street-dance" egípcio: um lado mais negro, visceral, zangado, divertido, brutal, sincero e socialmente desafiante da Arte a que associamos a beleza, a poesia e o Sol das coisas da vida).

Eu fico sempre um pouco à nora quando termino uma aula, workshop, curso, espectáculo. Nunca sei bem o que aconteceu - é como se tivesse saído de uma Alucinação colectiva da qual usufruí enormemente mas sobre a qual não consigo construir uma opinião objectiva. Foi bom, muito bom, assim-assim, mauzinho, ESPECTACULAR? Não sei. Mesmo. Cada vez mais menos. Não sei. Sei que me senti FELIZ e ISSO* basta-me.

Grata pelas Mulheres que comigo partilharam mais esta bela (e tresloucada) alucinação.
Elas sabem quem são*.