Cairo, dia 3 de Fevereiro, 2010
“Killing me softly...”
Trânsito.
Poluíção sonora e do meio ambiente.
Cigarros.
Ambientadores nos carros.
É como envenenar o envenenado.
Combinação bombástica para o meu exausto sistema.
Acho que existem várias campanhas no Cairo:
1. Uma contra a Inteligência (daí ver-se tão pouca eficácia e lógica na esmagadora maioria dos seus habitantes). Resultados: FANTÁSTICOS.
2. Outra contra o assédio sexual nas ruas. Resultados: Medíocres e frustrantes para quem, como eu, caminha e é torturada diariamente por essas ruas a fora.
3. Outra campanha – lançada por algum inimigo ainda não assumido – para me eliminar suavemente. Não se trata de um atentado claro e brusco, não...
Esta é uma tortura lenta que actua sobre o meu exausto sistema de forma gradual.
Quem foi o otário que se lembrou de comercializar em massa os ambientadores (os pinheirinhos são os piores) que todos os taxistas do Cairo exibem, actualmente, no espelho da frente dos seus veículos?
Antes via-se um ou outro e eu recusava-me a entrar no táxi em causa porque sabia que me sentiria a ponto de vomitar mas, agora, não existe saída. TODOS levam o raio do pinheiro pendurado para “ambientar”, dar um cheirinho bom ao carro...grrrrrr.....
Existe algo no meu corpo que rejeita estes ambientadores. Isto teria de ser estudado, sei lá!
Eu entro num lugar com um destes ambientadores e começo a sentir dores de cabeça e náuseas fortíssimas.
Se combinarmos estes malditos ambientadores com o stress do trânsito constante, a poluíção extrema, os tubos de escape avariados que nos são cuspidos para a cara nas filas de trânsito e os cigarros baratos que os condutores insistem em fumar dentro dos automóveis temos a combinação perfeita para me eliminar.
Inimigo não identificado.
Resultados: FANTÁSTICOS (a par e passo com a campanha contra a Inteligência).
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