Sunday, April 10, 2011




Cairo, dia 9 de Abril, 2011



Mahmoud Reda, hoje e sempre!



Aqui vai mais uma declaracao de amizade eterna face ao meu querido amigo, professor, companheiro de Artes e Vidas, Mahmoud Reda.


Quem já nos viu juntos poderá ter uma ideia da cumplicidade, carinho, respeito e amizade profunda que nos une mas existem tesouros entre nós que só nos pertencem mesmo a NÓS e a mais ninguém.


Enquanto coreografava no estúdio do Mahmoud, fui interrompida por ele várias vezes apenas para assistir, pacientemente, ao que eu estava a fazer ou para me incentivar, dar um conselho ou sugestao relativos a essa arte que ele tao bem domina: COREOGRAFIA.


As licoes técnicas que dele usufruí estao marcadas no meu corpo e memória mas é o carinho e imenso respeito que ficam mais fundo dentro de mim, como uma marca indelével de um amor eterno, resistente a tudo e a todos os tempos idos e vindouros.


Nada paga a paciencia, o tempo, carinho imenso e admiracao que o meu querido amigo e professor sempre me ofereceu, independentemente da situacao em que nos encontrassemos.


Ao final da tarde de um Cairo estranhamente calmo, banhado por um sol manso que alegra até os mais distraídos, eu dei-me conta - uma vez mais - do privilégio que é poder contar com o Mahmoud na minha vida.

Enquanto coreografava uma peca musical rodeada de quadros da "Reda Troupe" e de todos os artefactos que compoem a magnífica história do Mahmoud Reda e do legado que ele já deixou inscrito na história do Folclore Egípcio, sorri ao ve-lo entrar pela sala dentro com aquele sorriso manso que é só dele. E assim me banha de uma ternura paternal que me dá alento nos momentos mais complicados de digerir e ultrapassar.


Senti, num instante, que a presenca física dele nao é eterna mas a PRESENCA DELE dentro do meu coracao está marcada para a Eternidade.


Num intervalo da minha -frustrante- sessao coreográfica, o Mahmoud viu comigo um vídeo antigo retirado de um programa de televisao onde passaram vários temas de "Muwashahat" coreografados por ele e interpretados, grande parte a solo, pela Farida Fahmy.



Assistimos, pela enésima vez, ao "Il k albi we il K amar" e fomos os dois por aí fora, sonhando e emocionando-nos com a música da forma como só dois artistas unidos podem fazer.



E aí senti essa GRATIDAO imensa pelos belos presentes que a VIDA me dá.

Pela presenca do Mahmoud no meu percurso, enquanto professor e companheiro de criatividades e muitos risos.

Acima de tudo, como AMIGO!


Ele faz parte desses tesouros quase invisíveis que só este país nos dá e que me prendem a esta terra milenar sem razao aparente.

Puro amor.

Pura magia...



4 comments:

  1. joana todos nós sentimos gratidão por aqueles que nos deram a mão e nos ajudaram a realizar os nossos sonhos,muitas vezes ficam nossos amigos para sempre e essa mesma gratidão e amizade não desaparece nem mesmo com a morte,esteja onde estiver ele estará sempre a acompanhar-te.

    ReplyDelete
  2. Querida Mariana.
    O Mahmoud Reda esta vivíssimo e recomenda-se.
    Gracas a Deus!

    Nem se trata de quem me deu a mao porque o Mahmoud nunca esteve directmente envolvido na minha carreira mas apenas a gratidao pelo carinho, amizade e ensinamentos partilhados.

    Ele é ETERNO. Pelo menos, para mim.
    Um abraco do Cairo.
    J.

    ReplyDelete
  3. Peço muita desculpa mas da maneira que o descreves pareceu-me que tinha falecido,mas ainda bem que está vivo.Fico muito feliz e viva ainda muitos e muitos anos.
    Mais uma vez peço desculpa a ti e a ele.

    Abraços de Lisboa

    Mariana

    ReplyDelete
  4. No problem, Marianinha.
    Eu sei que o erro não foi intencional.
    Sim, que o Mahmoud viva muitos e felizes anos e, já agora, nós também.
    Um abraço,
    J.

    ReplyDelete