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opção de resguardar-me da chuva (a mim e ao cão que, às tantas, mais parecia uma foca marinha) e tentar encontrar um atalho que me levasse mais facilmente até casa ou enfrentar as condições atmosféricas adversas e continuar a corrida tentando encontrar no vento forte e frio e na chuva (chuveiral, será o termo mais exacto!) um aliado.
Curioso que as minhas corridas se tenham revelado autênticas metáforas para aquilo que sou, por norma, na minha Vida. Desistir apenas porque existem ventos contrários e chuvas torrenciais?!
Nem pensar.
Desistir porque é bem mais confortável ver nos obstáculos uma razão para me acobardar e encontrar atalhos?!
Nem pensar.
Desistir das minhas metas porque o caminho se torna pedregoso e difícil?!
Não é para mim.
Sempre tive em relação aos cobardes e desistentes a mesma sensação que os portugueses possuem, hoje em dia, em relação à política que des-governa esta país: desdém.
E corri com os olhos banhados de água, encharcada até aos miolos, sentindo o vento gelado bater-me no peito e sussurrando-me "desiste...vai para casa...".
E, sendo fiel a mim mesma, não escutei o que o vento me dizia porque sei que ele se disfarça de diabo.
Concluí o meu "jogging" refrescada com tamanho banho e terminei a tarde debaixo de um chuveiro de água quentinha.
Depois da tempestade, vem a BONANÇA. Tento não me esquecer disso.
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