Dublin ainda possui a memória das invasões, ataques, colonizações, destruições e emigrações brutalmente forçadas à Irlanda. não é que seja uma cidade triste, bem pelo contrário. Creio que a Irlanda passou para o lado de Lá, onde a dor já se transmutou e se revelou na outra face da sua mesma moeda: Alegria!
De cada bar sai o clique atabalhoado de copos de cerveja e whiskey, a música irlandesa explosiva e sensual de uma forma tão particular, as gargalhadas de quem bebe demais sem aspirar esquecer aquilo que faz sangrar o coração de um país, povo, pessoa(s).
Eis uma cidade viva, com fabulosos museus, teatros, pessoas de várias nacionalidades tratando o local por tu, bares e cafés charmosos onde se podem ler os grandes e muitos escritores irlandeses, o rio Finney the orienta o viajante e ainda ecoa vozes de barcos que chegavam com boas - ou aterradoras - notícias, mercadorias e visitantes.
É fácil apaixonar-se por Dublin. Homem maduro, boémio, barba e cabelo meio grisalhos mas com espírito de criança, pronto a emigrar, uma vez mais, e começar sempre de novo. Só quem sabe o significado da PERDA pode apreciar o MOMENTO que nunca é garantido.
Perdi-me em museus, bares onde tentei experimentar o famoso "irish coffee" (resultados catastróficos neste departamento) e restaurantes de rua. Levei comigo os livros - tinha de ser! - e a paisagem dos que por mim passaram de bicicleta, sussurrando ao meu ouvido histórias de outros tempo com os olhos brilhantes de sonhos e uma fé irracional no Presente e, quem sabe, no futuro!
Clicé do momento: Apaixonei-me pela Irlanda.
No comments:
Post a Comment