Regressar é um verbo que, para mim, se conjuga apenas no gerúndio.
Vou regressando dos sítios onde a minha alma* se queda cativada, por razões que nem sempre sei destrinçar. Frequentemente, nunca chego a regressar desses sítios por completo e, assim sendo, tenho plena consciência que sou partilhada e, talvez, espartilhada (ou libertada!) pelos locais que cativaram o mais alto do Ser. Pecinhas de mim se encontram pelo Egipto, India, Argentina, Colômbia, Itália, México, Portugal e tantos outros etcs geográficos e, mais recentemente, Irlanda.
Vou regressando da Irlanda onde estive a ensinar, actuar e a dar uma conferência num castelo gótico encantado mas, acima de tudo, a SER FELIZ aprendendo com outras pessoas e mundos.
O puzzle desmancha-se um pouco mais e, curiosamente, reencontro-me com crescente claridade.
Não sei se alguma vez me despegarei do vento e dos fantasmas melancólicos irlandeses. Nem sei se o quereria.
Ainda por lá, na terra das fadas e da tristeza feita dança.
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