Momento especial: uma das meninas órfãs que assistiram ao espectáculo em Astrakhan observa-me atentamente enquanto danço* |
Parece lugar comum mas a verdade é que a Vida é mesmo uma escola e o Saber que julgamos possuir é nada mais do que miragem, um vento que passa e amanhã toma outra forma ou, simplesmente, se esvai dançando no Vazio.
De todos os propósitos que possamos ter só o AMOR me parece interessante. Mais uma viagem de trabalho à Rússia (Astrakhan e Moscovo) recordou-me disso mesmo.
Traje do Cazaquistão* |
Ter sido recebida como a uma rainha ajuda a sentir-me amada, claro!, mas a história vai muito além da forma maravilhosa como me tratam pelo mundo fora (e, em particular, na Mãe Rússia).
Os momentos de vitória (sucesso) multiplicaram-se - em público e em privado; a qualidade de pessoas que encontrei pelo Caminho foi a mais elevada de sempre (o que diz muito* sobre a minha própria elevação); a generosidade e respeito recebidos foram muito além das minhas expectativas e eu rendo-me, verdadeiramente, à grandiosidade (e eterno fascínio) desta Vida que nos surpreende a cada segundo.
Workshops, shows, competições e aulas particulares misturadas com momentos de partilha que estão além das palavras. Olesya - organizadora do Festival "Spring of Oriental" em Astrakhan - fez questão de mimar-me até à exaustão: as minhas comidas favoritas; massagem e tratamento estético com produtos naturais; sessão fotográfica com "look" russo; bouquets de flores que transformaram o meu quarto de hotel num jardim em pleno início de Primavera; ida ao ginásio (onde experimentei uma aula "peculiar" centrada nos glúteos das moçoilas lá do bairro); festa de despedida com direito a cantorias (eu cantando Fado e Jazz e os convivas russos cantando músicas tradicionais do seu país)...e a lista continua...
De todos os momentos inesquecíveis, destaco a aula particular que dei a uma menina de 7 anos (vídeo já partilhado aqui no blogue); a Leila, apesar da sua tenra idade, foi a mais talentosa, generosa, corajosa e bela futura bailarina que já me passou pelas mãos.
O vestido pelo qual me apaixonei (compradíssimo!)* - uma mistura de tecidos e bordados típicos russos. |
Perguntam-me frequentemente porque gosto tanto de trabalhar na Rússia: eis uma das razões: o TALENTO imenso que lá existe, devidamente acompanhado por corações que estão ávidos de VIVER, SENTIR, ABRIR-SE através da música e dança orientais. Depois vem aquela mania que continuo a alimentar: aprender sempre e jamais deixar de surpreender-me. Há quem tire imenso prazer dos elogios e das aparências mas não é nesse jardim que floresço. O sucesso é uma consequência maravilhosa do que faço mas o que me, verdadeiramente, me alimenta é suplantar-me permanentemente e estar rodeada de pessoas que me inspiram a fazer cada vez melhor e com maior humildade.
O talento entusiasma-me; a ousadia e a VONTADE de excelência também - é isso (e muito mais) que recebo sempre que vou à Rússia*
Bendito seja este chão onde numa vida anterior devo ter sido santa benemérita* (karma bom!).
Atiro um até já caloroso para o ar e preparo uma pequena surpresa para a mamã Galina (que chorou ao ver-me dançar e ao ouvir-me cantar).
O talento entusiasma-me; a ousadia e a VONTADE de excelência também - é isso (e muito mais) que recebo sempre que vou à Rússia*
Bendito seja este chão onde numa vida anterior devo ter sido santa benemérita* (karma bom!).
Atiro um até já caloroso para o ar e preparo uma pequena surpresa para a mamã Galina (que chorou ao ver-me dançar e ao ouvir-me cantar).
Momento do espectáculo em Astrakhan* |
Grata pela forma como sempre me recebes, amada Rússia!* |
Momento "zaar" no palco* |
"Are you talking to me?" - momento Marilyn Monroe durante o espectáculo* |
"Ya baladi ya wad"...baladi mood no espectáculo* |
Com especiarias, paixão e o fogo que me faz viver/dançar/amar* |
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