Star dust*: onde está a Magia da Dança Oriental (e da vida, talvez)

 

Mais um ciclo encerrado: mais portas que fecho com carinho e gratidão e outras que abro com a fé (fogo) do costume.

Ontem encerrámos o curso inédito de Dança Oriental em Lisboa. A qualidade do que partilhámos (de início de Março até dia 6 de Julho) compensou pelo tempo limitado ao nosso dispor.

De tanto que abordámos - nas aulas práticas e nas aulas on line -, destaco o que ontem apelidei de STAR DUST: essa qualidade (quase) indefinível que transforma uma simples dança aeróbica de trazer por casa numa forma de arte que toca e une os corações humanos.

STAR DUST: pó de estrela...o que da nossa pele, cabelos e olhos se desprende e que está além do visível. Pode não ser visível mas é certamente perceptível pelos olhos do coração (o âmago da dança egípcia). Espero que esta não seja uma arte em extinção - tal como o amor, o romance e a esperança.
 

Agradeço a presença de quem esteve presente, de corpo e alma, no encerramento deste ciclo e desejo que todas levem consigo os conhecimentos de dança que passei mas, acima de tudo, a noção clara de que nada de GRANDIOSO se faz sem que acreditemos em nós  e no cunho original (único) que trazemos cá dentro.
 

Ensinar Dança Oriental sempre foi (para mim) muito mais do que a transmissão de técnicas e teoria; ensinar dança oriental é DESPERTAR seres humanos para a sua essência e guiá-los com amor por territórios onde se sintam seguros, amados e amantes, criativos e fortalecidos. Não existe evolução na dança sem evolução pessoal - continuo a acreditar piamente nisto.

Vaidade e ego não equivalem a autoconfiança;

Preguiça não equivale à capacidade de fluir com a vida (com a música);

Humildade e amor próprio não são elementos contraditórios. E por aí fora...não mais do que a reeducação física, mental, emocional e espiritual: é isto que define o ensino da Dança Oriental (ou a minha Visão do mesmo).

 

Agora é deixar assentar o pó de estrelas; permitir que ele se aninhe onde tiver de aninhar; que descanse um pouco e reencontre a razão pela qual brilha(mos)*********************

 

Grata pelas Jornadas.