Tuesday, March 23, 2010









Cairo, dia 22 de Marco, 2010

Nova orquestra

Como ja aderi a mania da proteccao contra o mau-olhado, nao comento o quanto estou a AMAR trabalhar com a minha nova orquestra.
Suponho que sentirao a dimensao desse amor pela ausencia de comentarios.
Ficam apenas algumas imagens dos primeiros espectaculos.

Mudar radicalmente toda a estrutura do meu espectaculo nao sera das coisas mais faceis mas, como sabem as minhas amigas da astrologia (a quem eu mando um beijo enorme e quem eu menciono varias vezes por aqui), eu sou a Sr. Plutonica por excelencia.
Tudo o que seja para crescer e melhorar tem o meu aval.
Mudar de musicos significa muita coisa:

1. Novas personalidades com quem eu tenho de lidar, a quem eu tenho de conhecer e com quem tenho de me entender (sendo que os musicos egipcios sao conhecidos por serem excelentes dores de cabeca para qualquer bailarina que se preze).
Nao nos esquecamos que estas sao as pessoas com quem eu passo mais tempo.
Sao a familia, companheiros, camaradas combatentes *(agora pareci-me com o maravilhoso falecido lider comunista Alvaro Cunhal) de todos os dias.

2. Adaptar-me a novas aptidoes, estilos, ritmos, gostos e limitacoes. Cada musico, um mundo a parte. Aprender como cada um sente a musica, como a escuta e como me ajuda (ou nao!) a traduzir o que quero dizer quando danco.

3. Guiar estes novos musicos atraves do meu complexo mundo musical,emocional, pessoal, criativo. Ensinar-lhes quem sou, o que quero da musica e deles.

4. Aprender com este novo grupo. Cada musico traz experiencias artisticas e de vida riquissimas. Todos eles sao, pelo menos, 25 anos mais velhos que eu e trazem uma experiencia que eu nao possuo (ainda!).
O equilibrio entre saber guiar, seleccionar o que me interesse e, ao mesmo tempo, estar aberta aos ensinamentos e sugestoes que eles possuem para mim nao sera nada facil mas representa um dos maiores prazeres que alguma vez senti na vida.

5. Unir a orquestra.Criar sinergias, equilibrio de personalidades, ritmos, gostos, tendencias, stresses pessoais e necessidades de expansao de cada um.
Como um orquestrador divino, eu comando - docemente, de forma venusiana mas tambem com Marte as minhas costas - as tropas e crio, uma vez mais, um mundo que passa a ser so NOSSO, meu e dos meus musicos.

Que prazer infinito...
E que cansaco...:)

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