Cairo, dia 7 de Julho, 2010

Saudades do nosso mar

Saudades das nossas praias e do som das ondas quando quebram na areia.
Saudades do sal seco na pele e dessa cor bronze que so se me pega em Portugal.
Saudades dos pasteis de nata do Martinho da Arcada onde o nosso Fernando Pessoa escrevia e se prolongava observando o absurdo da logica da vida.
Saudades de ver o por do sol nas nossas praias...saudades do vermelho banhando o mar com essa languidez que so pode ser portuguesa.

Saudades.

Saudades da familia e dos amigos verdadeiros que apenas nos querem pelo abraco, pela simples presenca do nosso corpo e do nosso coracao.

Saudades da avo e de tudo o que ela representava e sempre representara: as minhas origens de campo e toda a riqueza que foi nascer e crescer tao perto da natureza e de tudo o que sera sempre REAL.

Saudades do cheiro a maresia e de adormecer na praia matinal, acordando ao sabor das ondas selvagens que so o nosso Atlantico tem.

Saudades da nossa simplicidade e profundidade portuguesa.
Saudades das nossas SAUDADES.
Saudades de mim, quando estou em Portugal.

Saudades de mim.
E ponto.