Cairo, dia 17 de Outubro, 2010
Que máfias!
Fazer parte deste núcleo dos "famosos" da Dança Oriental sem me misturar com a máfia de que ele é composto requere mais jogo de cintura do que o Carnaval do Rio de Janeiro.
É obra!
Quanto mais conheço a máfia que reside no topo da montanha, mais vontade me dá de me manter à margem, isenta das tesouras que tudo e todos cortam e da inveja/maldade/punhaladas nas costas que caracterizam a escada de subida em direcção ao sucesso comercial.
Fui sempre uma "outsider", sempre. Já em Portugal o era e, agora, no epicentro da Dança Oriental mundial, vejo o meu nome circulando com cada vez mais intensidade e protejo-me, na mesma proporção, das armadilhas deste universo que de DIVINO (como a Dança Oriental) nada tem!
Não sou deste mundo, desta máfia, destes "amiguismos", negócios escusos e facas aguçadas. Não pertenço a nada disto e, no entanto, devido às circunstâncias afortunadas (graças a Deus!) em que me encontro, estou cada vez mais perto do abismo.
Peço a Deus que nunca caia nesse precipício que me rodeia, onde tudo e todos são alvos a atingir e abater.
O sucesso, para mim, foi sempre feito APENAS de TALENTO, TRABALHO ÁRDUO, CORAGEM, HUMILDADE e PERSEVERANÇA.
Passar por cima de outros para chegar onde quer que seja é algo que abomino e que jamais virei a fazer.
Sinto-me triste quando vejo que a BELEZA da DANÇA ORIENTAL não é equivalente à BELEZA da maioria de quem a pratica. Numa ARTE cheia de LUZ e AMOR, existe toneladas de escuridão e ódio.
Custa-me aceitá-lo mas é o mundo em que eu vivo e, quanto mais se sobe, mais se depara com o macabro, com o mafioso e com o contrário de tudo aquilo que sempre vimos nesta mágica linguagem da Alma que é a Dança Oriental...
Fico sempre confusa e abananada quando me caem em cima bombas destas. Doses de realidade demasiado pesadas para as minhas asas...
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