Existe uma confusão imensa entre auto-confiança e arrogância ou egocentrismo. Muitos destes conceitos que tendemos a meter no mesmo saco deveriam ser esmiuçados, ensinados a partir do zero, digeridos e colocados em acção com inteligência.
Quando em - interessante - conversa com Nourhan Sharif (fantástica professora de Dança Oriental com escola em Nova Iorque e uma Mulher fascinante) fomos parar ao assunto dos palcos e do egocentrismo, não pude deixar de referir a QUESTÃO que coloco, cada vez mais frequentemente, a quem estuda ou trabalha na área da Dança Oriental:
Porque danças? Porque razão te apresentas num palco?
Claro que é rara a pessoa que se colocou estas questões. Na maioria das vezes, agimos por impulsos inconscientes e seguimos - cegamente - por caminhos que, mais tarde ou mais cedo, nos devolverão a cegueira-ilusão-inconsciência que nos motiva.
É importante - senão mesmo ESSENCIAL - estar-se na Dança Oriental para EVOLUIR, APRENDER e DAR - não para tirar: atenção, massagens ao ego, vaidade alimentada a seringadas de elogios e outros tantos ramos que florescem de uma mente ainda MUITO imatura e omni -potente e presente.
Gostarmos de nós não significa julgarmos ser o centro do universo; termos segurança em nós mesmos não significa diminuir o valor das outras pessoas e tentar eliminar a "competição" como forma de nos "afirmarmos" no nosso pequeníssimo reino; amar-se a si mesma não inclui a ARROGÂNCIA ou a PREPOTÊNCIA de achar que as pessoas ao nosso redor têm de pentear a guedelha do nosso famigerado ego.
Tanto Caminho pela frente...não é?
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