Saturday, September 17, 2011



Decepcoes literárias e regresso as origens.







Quem diria que a obra prima de um dos meus escritores favoritos - Gabriel Garcia Marquez- poderia desapontar-me ao ponto de insistir ler a dita cuja mais por teimosia de burro do que por prazer?



Já li quase tudo do G.G.M. e adorei cada um dos livros em que peguei como se adora uma fruta doce numa tarde quente de Verao. Quando, entusiasticamente, pego no "Cem anos de solidao" do Prémio Nobel da Literatura, acabei por bocejar de aborrecimento e sentir que carrego - tal como o supra citado burro - uma carroca pesada as minhas costas.



Eis a questao: teimar em terminar a leitura do livro, apesar do torpor e desinteresse que me causa ou colocá-lo de lado, ignorando as críticas mundiais que o descrevem como a grande obra prima deste autor maravilhoso?!




Se bem que as minhas leituras sejam caóticas - com uma ordem interior que é a única que me interessa - errantes e vagabundas, viajando de estilo em estilo e de idioma em idioma, existe esta regra que eu sempre mantive: se um livro me aborrece para lá da sua metade, entao eu abandono-o. Nao sem um sentido de culpa estranho...




Ao mesmo tempo, delicio-me por enterrar os olhos e a mente num clássico da Filosofia : "Fédon (ou Acerca Da Alma)", de Platao.

Filosofia grega no seu melhor, indo ao encontro de um grande amor meu que, nao fosse a paixao pela Representacao, me havia de ter tornado uma Senhora Doutora Filósofa.



Aqui nao há como aborrecer-me porque a BOA filosofia provoca-nos como pimenta fresca, acorda o cérebro das suas estrututas usuais já a cheirar a mofo e estimula-me de forma global (mental, física, emocional...). Como puro exercício da inteligencia que é, a Filosofia encanta-me...

Encontrei este livrinho precioso nos saldos da "Bertrand", aquando da minha última visita relampago a Portugal. Assim como a boa poesia, a filosofia é para ser comida e bebida com a avidez dos apaixonados.

Delicioso.


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