Monday, May 23, 2011





Cairo, dia 23 de Maio, 2011









Do Tango para a Danca Oriental...









Aprofundar os meus conhecimentos e prática na Danca Oriental nem sempre passa por estudar ou praticar MAIS DANCA ORIENTAL.



As luzes mais surpreendentes e os avancos mais inesperados surgem, com curiosa frequencia, dos sítios ou circunstancias mais adversos ou longínquos.






O silencio pode afinar os ouvidos mais insensíveis.

Uma paragem - imobilidade penosa para qualquer bailarino profissional - pode dar ao corpo o tempo de assimilacao/digestao necessários para dar vida ao muito que se aprende e acumula em palco na vida.

Outras dancas e gestos quotidianos aos quais possamos atribuír significado podem ILUMINAR uma técnica gasta e já perdida de entusiasmos e reinvencoes.


Por isso, nao estranho quando preciso do meu silencio ou quando reparo tudo o que o TANGO me tem dado e que eu, instintivamente, uso na minha Danca Oriental.


A interpretacao da música, o ataque, a suspensao do movimento e até da respiracao de acordo com um voo musical que se encontra na música, o escutar do próprio corpo, o equilíbrio e autonomia combinado com o saber ler sinais dados pelo som e pelo par que danca connosco, etc...

Aquilo que comecou por ser apenas um divertimento, algo que eu continuo a aprender sem pressas nem pretensoes, acabou por ser um instrumento de aperfeicoamente na minha área, embora estas duas dancas estejam - aparentemente - tao afastadas uma da outra.


A ARTE é sempre transversal e intercomunicável em todas as suas formas de expressao. Quem se limita ao mundo pequenino do que faz perde a possibilidade de CRESCER, ir mais FUNDO e expandir-se pessoal e artisticamente.


Sempre de olhos e coracao abertos.

Sempre.




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