Ovelha negra. Eu sou.
Nem me falem de Outonos, castanhas assadas e folhas secas avermelhadas que caem das árvores e do romantismo do frio que se anuncia, entranhando-se nos nossos corpos e almas com a volúpia dos esfomeados de amor.
Eu nao sou de Outonos e Invernos. Nao sou ursa das estepes nem pinguim.
Eu sofro com o frio e os dias mais curtos. Tremo, ando encolhida e olho mais vezes para o chao.
Nasci tropical cá por bem dentro, coberta de temperaturas altas e ares húmidos que transformam a água em céu que inspiramos e o céu em água. Eu nasci de Cuba ou do México, nao fui feita para tremer de frio e andar encasacada que nem um chourico.
Sou de noites de Salsa, charutos cubanos pendurados na boca e banhos de mar quente e azul turquesa. Sou de Gabriel Garcia Marquez e do "Amor em tempos de cólera".
Sol. Muito SOL. Sim, sou eu.
Ai, sim. Queria tanto dizer as Boas Vindas ao Outono mas isso seria apenas agradável e desonesto.
Alguém estará interessado em hibernar comigo e só acordar na Primavera?!
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