Doçuras.
Ser recebida, à porta de casa, pela família de gatinhos de quem tenho cuidado desde que a sua mãe os trouxe até mim.
Mãe desaparecida, só ficaram os bebés.
Doçura das doçuras: reparar como aqueles que, desde o início, se aproximaram de mim e pediram mimos cresceram e engordaram o dobro dos dois petizes que, depois de terem sido aterrorizados pelos vizinhos, se mantiveram sempre a uma distância de segurança.
Ronrronares (meus e deles), miminhos, fala doce, brincadeira, olhos nos olhos com muitos "tu és uma coisa boa demais", massagens nas barriguitas pintadas com manchas "cappuccino" , festas nas orelhas e apertos de mão/pata traduzem-se em maior desenvolvimento físico e mental.
Os dois pequenotes que se mantiveram, com medo, a salvo do contacto humano são franzinos e as suas reacções são lentas, como que bloqueadas. Os que têm participado nos festins loucos de mimalhadas comigo cresceram a olhos vistos, são ágeis, fortes, velozes, VIVOS.
Prova de que o amor e o contacto físico com ternura fazem milagres e DÃO VIDA e SAÚDE a todos os seres vivos.
Mais ternurento, não existe.
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