Wednesday, January 11, 2012






Marte e Plutão exaltados!












Este "post" é dedicado à Sininhos, também conhecida por Yolanda Rebelo, linda pessoa e artista por quem nutro um imenso carinho e respeito.








A Sininhos colocou uma declaração zangada, ainda que perfeitamente justificada, no seu Facebook denunciando o caso de bailarinas e "bailarinas" (com aspas muito fraquinhas) que aprendem com os seus professores/as e depois os eliminam do Universo, não reconhecendo que estudaram com eles, fingindo que não os conhecem e outras mesquinhices ridículas que tais.








Ainda bem que a Sininhos teve a ousadia de expôr a sua indignação de forma tão cáustica. Embora incomode muita gente e diga sempre a verdade, doa a quem doer, não me poderia dar ao luxo de ser eu a DIZER AQUELAS COISAS. Se o fizesse, já estaria crucificada como o santo Jesus na cruz. Há muitas coisas que não se me perdoam a mim, especialmente a comunidade portuguesa de Dança Oriental que me vê mais como uma inimiga do que como um orgulho.








Ninguém me perdoa, especialmente o meu país natal, por ter saido da comodidade em que me encontrava e ter atingido o sucesso que atingi até hoje. No Egipto, por todas as partes do mundo onde viajo para actuar e/ou ensinar. Ninguém me perdoa essa ousadia e todos parecem torcer para a minha eventual queda.




-Epá...aquela gaja já irrita...nunca mais pára de crescer, de ter sucesso, de expandir-se...uma coisa insuportável! - Escuto-as, entre dentes, remoendo-se por dentro.








Não só consegui realizar tudo aquilo a que me propus - com a cereja em cima bolo que é o meu LIVRO sendo publicada este ano - como o fiz sem perder a minha dignidade e a Humanidade que me permite ser simples, acessível e amante dos OUTROS, apesar de tudo.








Quantas bailarinas, ó Sininho, omitem o meu nome dos seus currículos (alegando até que nunca ouviram falar de mim!), depois de anos a estudarem comigo?




Quantas bailarinas ou pretensões a tal (é mais adequado dizê-lo assim) do mundo inteiro não vêm estudar comigo, em aulas privadas nas quais entrego tudo o que sei e ainda bocados da minha Alma, para depois me mal-dizerem ou ignorarem?




Quantas "super stars", construídas pelo marketing dos Festivais e ajudas financeiras debaixo da mesa, não vêm aos meus espectáculos como espias (não estou a brincar, pessoal...isto ACONTECE!) para TENTAREM copiar o que dança e como danço, difamando-me posteriormente, enviando-me a polícia para tentarem cortar-me as pernas e eliminar-me como competição incomodativa?








Quantas bailarinas PORTUGUESAS não vêm aos meus espectáculos do Cairo, quase em segredo, e nem sequer me cumprimentam? Eu vejo-as, a essas minhas alunas, na audiência e elas fazem que não me conhecem, morrendo - por dentro - de inveja?




Pessoas a quem ensinei, mulheres do meu país a quem eu dei tudo o que sabia com amor e total entrega agindo como cobras vingativas que não suportam o sucesso alheio! Dói muito, Sininhos, dói. É que eu sou toda durona por fora mas o meu coração SENTE mais do que se poderia suspeitar. Choro de tristeza pela mesquinhez, maldade, poder destrutivo da inveja de quem vê em mim aquilo que elas não conseguiram realizar por si próprias.








E a lista poderia continuar por aí fora que estes nossos Martes em quadratura com Plutão têm baterias Duracell (passo a publicidade).








Querida Sininhos, és uma das RARAS bailarinas em Portugal que me aponta como sua professora (sendo que a maioria estudou comigo e não o faz) e por isso eu respeito-te como respeito todos os meus professores por quem terei uma dívida de gratidão eterna.








Sabes que mais? A inveja e a mesquinhez fazem parte da natureza humana. Quanto mais se sobe, mais inimigos se acumula. Quanto mais talento se mostra ter, mais idólatras-odiosos reunimos ao nosso redor. Quanto mais FAZEMOS, mais acumulamos pessoal que "gostaria de fazer como nós".




O ser humano é frágil, como eu e tu. Há que saber compreender as falhas do pessoal e seguir com a tua/nossa caravana, deixando os cães - cadelas - ladrarem à nossa passagem, mordendo-se a si mesmos, mais do que a nós cujo passo não acompanham.








O Egipto ensinou-me muitas coisas preciosas. Eis uma delas que partilho contigo:




Usa o negativo para teu próprio benefício. Sente o elogio por trás da máscara da cópia que de ti tentem fazer. Encara a desonestidade alheia como estímulo para que continues a ser honesta, criando e trabalhando a partir desse ponto de integridade.




Se vês que o pessoal aprende contigo e depois faz que não te conhece - "join the club, babe!" - dá-lhes ainda mais razões para virem até ti, ainda que de forma negativa. São os vampiros, minha querida, os vampiros deste mundo. O que eles não sabem é que tens sangue e carácter para dar e vender e é com eles que continuarás o teu CAMINHO de LUZ e SUCESSO.








Avé, avé, Sininhos!




E sejamos gratos aos nossos Professores, Mestres, Alunos (os assumidos e os "tímidos" cuja admiração por nós é tão grande que chega a tocar o ódio).




E avé aos que seguem avançando com as suas caravanas, enquanto os cães ladram e se descabelam de invejas inúteis e patéticas.




Tenho dito.




Aguardo as ofensas, acusações de arrogância e outras delícias que tais do costume!




P.s. Love you, Sininhos! Dá-LEs.

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