Não é por acaso que cresci entre "gangs", pancadarias, drogas e etnias ditas marginais - ou marginalizadas.
O pepino torceu-se de pequenino, sem dúvida. Circular pelo Mundo - mundos! - sem ser do Mundo tem destas exigências: não se pode ser sempre anjinha.
A cada situação, sua pessoa; a cada pessoa, sua resposta.
Sou doce, educada, honesta e flexível com todos os que me rodeiam até que me pisem os calos. Já circulei entre a nata da nata das realezas (como se estas existissem) e a nata das natas da sarjeta e com todas elas lidei o mais sabiamente possível: há que ser flexível, doce mas firme; humilde mas sem se deixar pisar; simples mas segura de si mesma; aberta q.b. para aqueles que não se aproveitarão de um momento de distraída vulnerabilidade; honesta mas não parva; positiva mas não ingénua; delicada mas preparada para partir para a ignorância sempre esse se revele o último e único recurso; a lista de pratos da balança continuaria por aí fora.
Conforme estendo a massa do bolo do meu palco e da minha vida, aprendo sobre a Humanidade - e sobre mim mesma, parte dessa Humanidade.
Surpresa das surpresas: não se pode estar de perninha aberta para toda a gente.
Apesar das más línguas - basicamente invejosos e ressabiados frustrados - teimarem em caracterizar-me como uma bruxa-cabra-"whatever fits your ego" a verdade é que não sou má pessoa (peço imensa desculpa pela desilusão causada a muito "boa" gente) e que sou amiga do meu amigo. Devido a esta condição, foi com surpresa que fui descobrindo que nem toda a gente é bem intencionada, de coração limpo, com a verdade e a bondade na boca. Existe pessoal doentiamente mauzinho - a sério!
Para mim, isto continua a ser uma supresa - apesar de já ter sido apunhalada nas costas umas milhentas vezes.
Aprendi com a rodagem que existe MAL no mundo e pessoas más - mazinhas como cascavéis. Admiti-lo dói-me, custa-me, é contrário às minhas mais doces ilusões.
Mas..."REALITY CHECK: deal with it, damn it!"
Já perdi a conta aos desavisados que presumiram que eu sou fácil de pisar depois de terem provado do meu mel. Nada os poderia preparar para a RESPOSTA que levam pela cara dentro. ;)
É assim mesmo: uma "street girl" será sempre uma "street girl". Quem quiser provar do fel, está à vontade: aproveite-se do mel e veja o resultado.
Avisos feitos à tripulação.
No comments:
Post a Comment