É que esta mania de não me armar ao pingarelho e não me comportar como uma Diva - vulgo cabra insuportável que faz da sua arrogância e mesquinhez sua bandeira e valor - prejudica-me de sobremaneira.
Descubro, a uma velocidade perturbante, que a generalidade das pessoas do meu meio (primeiramente apenas no Egipto, agora pelo mundo todo) leva mais a sério a FACHADA de uma DIVA do que a HUMILDADE do TALENTO e das PROVAS DADAS.
Vejo que há que vestir o "personagem" da super star e que ser-se uma imitação pirrónea e triste de uma "drag queen" de ego insuflado parece ser mais importante do que a competência, a Arte no que se faz, o VALOR prestado e provado. As aparências parecem reinar sobre os FACTOS e os reis e rainhas continuam a sair nus pela ru fora, sobejamente aplaudidos pelas massas dormentes - adormecidas. Desolador...
A simplicidade e a gentileza são frequentemente interpretadas como fraquezas e permissão para desrespeitos e subvalorização de quem somos. Que triste, não é?
Sendo eu filha de camponeses e cigana de outras vidas acabo por mandar a mediocridade às urtigas e termino por ser eu mesma. Se me "lixo"?! Então não?! Mas fingir ser uma diva foleirota que se acha a última coca-cola no deserto em vez de concentrar-me na minha ARTE parece-me incómodo excessivo. Não estou para isso: por falta de jeito, paciência para parvoíces, seja pelo que for.
Entretanto, porque o meio em que me movo assim o exige, avisem se souberem de alguma escola de formação de DIVAS (unhas postiças, narizes empinados, invejas penduradas ao cinto e saltos agulha incluídos).
O mundo REAL é uma chatice; pior ainda é ter nascido artista. :/)
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