Thursday, April 12, 2012




Apetites (fantasias privadas)...




Que isto de dançar e viver no Egipto é fascinante (e extenuante!) mas cria em nós um outro conceito de exótico, longe das tamareiras e dos pôres-do-sol sobre as Pirâmides.





Dia de chuva.


Paris e Edith Piaf ecoando sobre o interior de um café de cor sépia a partir do qual se avista o rio Sena. A água e os lugares comuns do romantismo europeu passam por nós e nós, inconscientes, só queremos o ABRAÇO.





Esquecemo-nos que estamos em Paris, estando em Paris. Isso SABE bem.SABE...


Deixamos de lado a Catedral de Notre-Dame e a livraria "Shakespeare" de onde o cheiro de livros apetitosos se desprende.


Dançamos à chuva, uma dança endoidecida onde só entra a lucidez de ESTAR VIVO. Uma dança sem sentido, nem vocabulário, sem ordem nem rumo, descordenada como o caos da Paixão acesa.


Um homem de barrete vermelho às florzinhas toca acordeão e nós sorrimos-lhe, encharcados até aos ossos do coração.


E somos FELIZES.







Ponto infinito..................................................................









2 comments:

  1. Sangue quente a jorros...
    Poesia puríssima.. muito bom!!!

    Até à próxima partilha..
    Abraço-te.

    Filó

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  2. Sangue quente, SEMPRE. Qualidade e defeito de nascença.:)
    A poesia tem o ritmo do bater do meu coração.Sai de mim como música e gargalhadas sonoras.
    Abraços. Muitos. Agora. Para ti.

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