Friday, April 20, 2012
A caminho do desapego das coisas materiais.
Não sou, por natureza, materialista. Não fico doida com uma sessão de compras, não entro em lojas para experimentar roupa ou sapatos, nem tenho ânsias de possuir este ou aquele adereço. O meu dinheiro é gasto em luxos particulares e, mesmo esses, se tornam cada vez mais dispensáveis. A compulsão dos livros, de aprender, uma massagem aqui e ali porque me lembro de agradecer ao meu corpo as coisas fantásticas que ele faz por "nós" diariamente mas não vou além disso.
Prezo a qualidade, em vez de quantidade.
Prezo as pessoas de QUALIDADE, nem tanto as coisas de qualidade.
Prezo as emoções e o que vai no coração e na mente de quem está ao meu lado, mais do que as roupas, mala, penteado dessa pessoa.
Nunca reparo no que os outros trazem vestido, muito menos no que eu trago vestido. Foco-me noutras coisas, insignificantes para a maioria. Por isso tendo a mergulhar fundo dentro dos peitos alheios e a ver mais do que desejaria mas até mesmo nesses momentos já consigo ter compaixão, entender e ACEITAR a Imperfeição humana.
Sei que não sou, definitivamente, apegada às coisas materiais quando me deixo roubar à descarada e não permito que isso me tire o sono.
Sei que não sou, DEFINITIVAMENTE, apegada às coisas materiais quando me roubam uns óculos caríssimos "Gucci" (que eu adorava, ADORAVA!) e penso para mim mesma:
-Que a ladra/ão lhe faça bom proveito, tanto como eu fiz.
Não sei se isto é bom sinal ou simples salto para o território vago da demência mental. Sei que fico mais leve, com menos coisas materiais e muito MAIS de REAL VALOR dentro de mim.
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