Saturday, April 21, 2012
Enquanto multidões se juntaram ontem à tarde na famosa "Praça da Libertação" (baixa do Cairo) pedindo o regresso de uma personagem ridículo (Abou Ismail) à corrida presidencial, eu ensinava DANÇA e LIBERDADE a um grupo restrito de mulheres que comigo partilharam o 3º Workshop de Dança Oriental do Cairo.
Os níveis de ignorância e estupidez, amplamente observados nos dias que correm, assustam-me para lá da conta do riso que conseguia extrair dos mais absurdos episódios desta sociedade tão "sui generis".
De repente, já não tem graça a forma como se usam palhaços enlouquecidos como iscos políticos que manipulam a mente do povo egípcio com a facilidade com que se convence uma criança de dois anos a comer a papa. Não tem piada...é triste, simplesmente.
É certo que o sistema des-educativo egípcio sempre seguiu as directrizes do Governo que nunca desejou um povo instruído e livre (coisa perigosa para qualquer ditadura)mas a ingenuidade e a idiotice de quem crê em balelas pseudo-religiosas (que de religioso nada têm) eleva-se a graus insuportáveis. Dolorosos.
Os cérebros parecem ter-se congelado, definitivamente. Os corações também. A alma já se perdeu há muito, desde que os VERDADEIROS egípcios foram invadidos, aniquilados, explorados, humilhados na sua própria terra. É uma longa história de ocupações, colonizadores ladrões, tiranos que não suportaram a GRANDEZA deste país...os egípcios já não são EGÍPCIOS. São um produto mal amanhado e distorcido que, um dia longínquo, foram.
Resta a esperança e a crença, também ela ingénua, em MILAGRES.
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