Cantei fados para os irlandeses em serões húmidos, alumiados por fogueiras de Beltane, de caras para o castelo encantado de Charleville. Perguntaram-me que tipo de música era tradicional do meu país e pediram-me que exemplificasse. Assim o fiz. Já não me deixaram calar!
Em vésperas de mais uma partida - regresso à minha louca casa cairota - vou aos FADOS (desta vez, cantados por profissionais) e respiro fundo face à perspectiva de encarar mais uma ronda de aeroportos e suas burocracias e inspecções crescentemente meticulosas e até invasivas.
Continuo com essa Vontade em mim: realizar todos os meus sonhos sem me desumanizar. Ser a flôr de lótus no meio da lama, incontaminada, intocada na sua pureza. Ser humana parece-me bem mais importante do que as vãs glórias que se esquecerão demasiado depressa.
Sucesso SIM, mas não a todo o preço.
Sigo lutando da forma que melhor me mantém a cabeça erguida e o coração tranquilo.
Regresso a um Egipto em plena transformação (regressão???), espectáculos, cursos e aulas regulares de Dança Oriental para Mulheres egípcias, o grande Festival mundial do Cairo "SALAMAT MASR" (vide: www.salamat-masr.com ) a decorrer já em Julho onde fui convidada a ensinar e actuar com os meus homens - vulgo orquestra - e a fase final (ufffffffffffffffffff!!!!!!!!) da escrita do meu LIVRO.
Oh, sim. Tenho imenso com que me entreter, se é que a palavra aqui se pode aplicar.
Digo um até já ao Ocidente, mergulhando - novamente - nessa 5ª dimensão onde TUDO é POSSÍVEL.
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