E é assim que eu quero que seja este regresso ao Cairo: colorido, doce, bonito, apesar da situação política actual do país a que chamo um pouco "meu".
Despedida em Lisboa numa Casa da Fados com bom bacalhau, família e um mergulho delicioso nas minhas raízes. Chegada a um Cairo indefinido, meio perdido, ainda que a Vida seja mais forte do que TUDO e persista em continuar.
Fala-se do Destino do país, da Dança Oriental - nitidamente ameaçada pela presença óbvia do extremismo religioso - e das direcções de todos nós.
Saí à rua de manhã cedo e cansei-me. O calor aperta e já não consigo andar coberta de lenços e mais lenços sem sufocar. Os comentários de cariz sexual-homens das cavernas não tardaram, mesmo numa das zonas consideradas mais "chiques" do Cairo. Remar contra tantas marés é cansativo...resta redefinir contra que marés quero remar.
Apesar de tudo- ou por causa de tudo - o Sol brilha no Cairo e a FORÇA que nos faz seguir adiante não é assim tão frágil quanto nos querem fazer crer.
Bem vinda ao Egipto, uma vez mais! - Sussurram-me as Pirâmides de Gizé, sorrindo com uma certa ironia genuinamente carinhosa.
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