Saturday, June 9, 2012

O que se ensina, afinal?

Quanto mais conheço do universo da Dança Oriental a nível mundial mais me apercebo que existe um equívoco, consciente ou não, na forma como se pratica esta Arte e como é ensinada. 
Continuo a acreditar na boa fé da maioria das pessoas que trabalham na área. Acho que existe muito boa gente que CRÊ que o pouco que sabe é muito e que Dança Oriental não passa de um punhado de movimentos básicos e divertidos que qualquer avózinha bem disposta pode dominar. Nem tão pouco sou contra isso, contra o que quer que seja. Cada pessoa tem o seu CAMINHO e há que respeitá-lo, mesmo que com ele não concordemos.

Mas a convicção que me trouxe até ao Egipto fortalece-se. Primeiro, actuando cá com a minha orquestra para um público maioritariamente egípcio que tanto me ensina. Agora com a expansão da minha carreira por outras paragens fora do Egipto. ENSINAR Dança Oriental revela-se, uma e outra vez, uma MISSÃO que não pretende gerar CLONES, MÁQUINAS vazias e vaidosas que se orgulham de poder manusear os músculos do abdómen como se essa fosse façanha digna de um prémio Nobel. 

Ensinar DANÇA ORIENTAL passa por fazer RELEMBRAR a autenticidade e criatividade única de cada BAILARINA, providenciar o treino físico/mental/emocional/até espiritual que as prepare para serem MAIS ELAS e nelas redescobrirem uma LINGUAGEM SAGRADA que a maioria ignora. 
Sinto-me honrada e humilde nessa busca. Para mim mesma, para as bailarinas interessadas que encontro pelos caminhos cada vez mais amplos da minha Vida.


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