Thursday, March 1, 2012



Tenho dito.


E feito.

Como dança, escrevo, coreografo e ensino desde a minha mais profunda e corajosa intuição, é normal que de mim saiam informações inesperadas. Até para mim mesma.


Tenho dito e feito tanto no que respeita ao PRAZER no movimento/próprio corpo e à alegria de VIVER, tão obviamente expressa na Dança Oriental.

Enquanto ensino movimentos, cultura, coreografias e mais umas quantas proezas técnicas - que ajudam mas não são aquilo que DEFINE a Dança - escuto-me chamando a atenção para coisas tão simples quanto estas:


1. Antes de nos movermos, permitamos que os ouvidos tomem o seu tempo para beberem a música, jorrando-a dentro de nós. Só quando a SENTIRMOS em todos os nossos poros, veias, músculos, cabelos e corações (espalhados pelo corpo) é que podemos começar a movermo-nos.

A tendência mecânica do movimento desgarrado da música e da pessoa que dança é a mais comum e destrutiva de todas.


2. Largar o nosso EGO, deixá-lo ir para onde quiser, e permanecer balouçando/flutuando no espaço, no NADA onde não somos ninguém e somos já TUDO. Em vez de escutar a vaidade e a ânsia de querer agradar, deixemos tudo isso de lado, fechemos os olhos e permitamos que a música nos leve para longe de tudo o que PENSAMOS que somos. Aí, os limites do ego já não nos pertecem. Aí expandimo-nos porque encarnamos a imensidão infinita do espaço sem ESPAÇO. Aí acontece a DANÇA.


3. Perder a vergonha de usufruir dos prazeres que o nosso corpo nos dá. Na Dança, como na Vida! Nesse assumir claro e despreconceituoso do gozo de ESTAR em mim reside a maior e verdadeira SENSUALIDADE da DANÇA. Esta não se encontra na exposição do corpo, nas roupas ou em movimentos que julgamos ser sugestivos. Reside no ORGASMO interno, natural, positivo, engrandecedor que se dá quando começamos a sentir o nosso corpo como instrumento de prazer e expansão muito nossos.


4. Assumir o nosso CARISMA PESSOAL, não tentando ser o clone/cópia de outra pessoa, por mais talentosa e preparada que ela seja. Na ARTE, como na VIDA, temos o direito/dever de sermos nós mesmos. Essa peculiaridade, inimitável, de sermos nós mesmos oferecerá um EXTRA de magia*** à Dança.


5. Perder o medo de ser VULNERÁVEL, expondo o corpo, coração e alma enquanto dançamos. Na mais absoluta fragilidade existe a maior FORÇA.


6. SER FELIZ enquanto dançamos. Sempre.

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