Dança Oriental: muito mais do que uma "simples" dança...

O ensino da Dança Oriental tem sido uma escola para mim. Ser melhor aluna que professora tem destes benefícios. Aprendo mais do que ensino, não há como evitá-lo.Viajar pelo mundo todo actuando e ensinando poderia ser considerado uma universidade na medida em que contacto com públicos e alunos de todas as cores, feitios e mentalidades. Neles encontro deliciosas diferenças que enriquecem a cada bailarina/o e algo particular em comum: Uma relação estrangeira com os seus corpos. A ideia de pecado e culpa amarradas ao corpo por séculos de falsas religiões e ignorância fazem-se sentir, mais do que nunca, quando é pedido que um corpo se expresse livremente e se sublime, não pela negação de si mesmo mas pela CELEBRAÇÃO de si e pelo assumir total de todos os Prazeres e Saberes que ele traz consigo, em potência. Ensinar a Dançar passa a ser, então, mais do que passar conhecimentos técnicos e artísticos mas fazer com que os alunos re-aprendam a AMAR-SE na sua totalidade, corpo e alma.Mente e coração.Sangue e músculos. Sentidos e Espírito.O que está em cima e o que está em baixo, espelhos uns dos outros. O ensino da Dança Oriental revela-se-me, cada vez mais, de uma importância quase assustadora de tão revolucionária. Não se trata de uma Dança apenas mas de um DESPERTAR para o que significa SER-se HUMANO. Mulher, Homem, Gente, Amor.

LUZ...............................