Domingo lisboeta.
Para um/a Artista que saiba VER, tudo são potenciais inspirações.
De muito diversa estirpe se alimenta o corpo da minha Dança.
Este Domingo, a inspiração veio da minha cidade natal, Lisboa. Nascida a 13 de Junho, data que celebra o Santo Padroeiro de Lisboa (Santo António), como não sentir-me em casa no seio do meu berço original?!
Passeio pelo Chiado e arredores, almoço de comida portuguesa confeccionada com arte e amor, ida ao Teatro de São Carlos (lindo demais, douradíssimo, aconhegante e nobre ao mesmo tempo) para ver a Companhia Nacional de Bailado Portuguesa interpretando o "Romeu e Julieta".
Há séculos que não me emaranhava por Lisboa assim e quanto isso me alimenta!A prestação da Companhia de Bailado desiludiu-me (creio que o nível dos bailarinos não acompanhava a estrondosa exigência interpretativa da música de Prokofiev) mas deliciei-me com a coreografia de John Cranko, os figurinos, a iluminação, a orquestra dirigina por uma maestrina (Joana Carneiro, mundialmente re-conhecida e com mérito para tal), o quente e o aroma de um Teatro com história, vida, memórias.
Quanto mais viajo pelo mundo, através do meu trabalho, mais aprecio o meu país e cidade natais. Já dizia Jean Paul Sartre que a proximidade separa as pessoas e a distância as aproxima. Esta frase assenta que nem uma luva na relação que tenho com Portugal e Lisboa.
Para os turistas e portugueses curiosos, aqui fica a sugestão:
Passeiem por Lisboa, deliciem-se com a nossa gastronomia (uma das melhores do mundo, não sendo suficientemente reconhecida), vão aos nossos teatros exigindo mais e mais qualidade, estejam presentes nos eventos de quem se arrisca a realizá-los e arrisquem vocês fazer coisas novas e boas das quais todos nos orgulhemos.
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